Vigésimo Segundo Capítulo- Hugo

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"A gente só da valor ao que tem quando perde"

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Emma!!

Grito varias vezes vendo o fogo se espalhando cada vez mais.

Novamente não obtenho resposta.

Continuo me contorcendo para ver se consigo sair. Não vou parar de lutar, vou salvar a Emma de um jeito ou de outro!

Ele me prendeu com o que? Aço?

Ouço um grito super alto vindo da Emma. Parece que a garganta dela saiu pra fora dando um grito tão forte assim. Ela deve estar se machucando. Por que não consigo sair?!

Ela se machucou e eu não consigo salvá-la.
Se ela morrer a culpa é minha!

Ela não pode morrer, por favor, não!

O Jack é um covarde! Fugiu na hora que viu que fez a porra de uma casa ser destruída com uma pessoa dentro.

Não ouço nenhum barulho além de passos atrás de mim. O covarde voltou?

Stephany passa por mim e vai até a porta, seu rosto está todo borrado de rimel como se estivesse chorando.

Ela encosta na maçaneta mas solta um grito quando se queima.

Stephany tenta quebrar o vidro ou derrubar a porta mas não consegue.

Ela vem até mim e vai desamarrando meus braços e pés da cadeira.

- Salva a minha irmã, Hugo! Salva ela!- Sua voz está repleta de medo.

Aquela garota, não parece ser a mesma de antes. Ela consegue soltar os meus dois braços. Ela começa a soltar uma perna e eu solto a outra.

Ouço outro grito de Emma.

Na hora que vejo que estou solto, vou direto para a porta e começo a dar socos na porta e ver se consigo algo.

Minha mão começa a sangrar e eu não consigo abrir a porta. Então começo a me jogar na porta e a porta se abre com tudo.

Saio correndo quando vejo Emma no chão com um pedaço de sua roupa com fogo.

Ela está toda queimada e cada vez choro mais.

O braço do lado esquerdo (o lado que me joguei na porta) esta latejando. Não sei se quebrei o braço, se torci o braço ou algo do tipo. Mas eu não ligo para minha dor agora.

Eu só quero salvar a Emma. Só quero que minha Loirinha esteja viva.

Dou talinhas na parte com fogo e queima a mão. O fogo de apaga e eu me preparo para pegá-la.

Coloco meu braço machucado embaixo de sua cabeça e a outra pego suas pernas.

Minha mão sangrando pelos socos- que não adiantaram- passam por seus cabelos. Aquele mesmo braço que devo ter quebrado.

Mas que, se eu não aguentar a dor, vou deixar o amor da minha vida morrer.

Pego-a no colo e Stephany me ajuda a colocá-la lá fora.

Vou para a estrada e coloco-a no chão.

Dou um gemido alto e estridente pela dor do meu braço.

Mas logo a esqueço quando não vejo Emma abrir os olhos.

Ela morreu?

Tento checar seu pulso e vejo que está bem fraco. Como se ela estivesse parando de respirar.

- Emma, por favor. Eu estou com você! Não morre!

Stephany pega seu celular e me entrega.
- Desculpa, eu não sei o que fazer.

Meu para SempreOnde histórias criam vida. Descubra agora