One more light

Capítulo 32 - Você tem certeza?

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Centro de Valorização à Vida - 188

Central de Atendimento à Mulher - 180

Sofi

A culpa foi minha, toda minha.

Eu achei que estava bem, que estava seguindo em frente, mas como ele disse, eu só estava esperando o próximo cair na minha armadilha.

As roupas que eu escolhi para trabalhar, as idas às festas, os sorrisos, a educação. Eu ainda compartilhava minha vida nas redes sociais. Eu dancei livremente, eu brinquei.

Tudo serviu como uma teia para prender eles em minha armadilha.

Eu fiz isso com o embuste, né? Eu parecia triste, me mantinha distante e quando ele começou a cuidar de mim eu me abri pra ele. Eu o tratava com carinho, eu sorria, eu estava sempre bem arrumada.

O Namjoon tem razão.

Eu sou uma vadia.

Eu mereci tudo o que aconteceu comigo.

Eu devia ter deixado o embuste ficar comigo, ele tinha esse direito.

O Namjoon disse que ter me comido era um direito dele.

Eu provoquei isso.

Eu fiquei com os três, eu quis os três. Não tinha trauma, não tinha dor, não tinha cura. Só o meu desejo de ficar com os três.

Talvez eu devesse voltar para o Brasil e procurar o embuste. Talvez eu deva pedir desculpas pelo mal que eu fiz ele passar.

Eu lembro dele me apertando com raiva, o Namjoon também me apertou com raiva. Se não estivéssemos na rua...

Não quero pensar nisso, mas minha mente me trai.

Eu sinto a língua dele em meu rosto, sinto o membro dele nas minhas costas.

Eu abro os olhos e estou no estúdio do Namjoon, nossos olhares dizem que não é só sexo e eu me entrego.

Estou de joelhos com ele passando seu membro em meu rosto. Ouço ele gritar me mandando chupar ele.

Ouço o Namjoon gritar que eu queria foder com a rap line completa.

Eu quero gritar, mas não consigo.

Então eu me rendo à essa dor, à essa culpa.

E aí eu lembro que o Chaz também se foi porque não queria que eu sofresse.

Tudo é minha culpa...

Eu estou só em uma praia.

Olho para o mar.

Eu anseio pela água, mas eu tenho medo do mar.

Eu ouço ele me chamar.

Chaz: Sofi...

Eu não olho. Não posso olhar.

Eu só quero que a dor acabe.

Chaz: Sofi, minha menina. Ei, o que você está fazendo? Sofi, para...

Eu ando em direção à água.