- Majestade, o que faz com a prisioneira? - perguntou o guarda.
Os dois permaneceram em silencio, pensando no que diriam para evitar que aquele guarda falasse ao rei sobre os encontros do príncipe com a prisioneira. Legolas abria a boca para processar as palavras, mas nada dizia. Lira fora mais rápida em pensar em uma desculpa plausível
- Não vê o que ele está fazendo? – pegou a cesta do chão e jogou em direção ao guarda – Ele veio me torturar para tirar informações sobre meu colar. Comeu isso em minha frente mesmo sabendo que não me alimento a dias – olhou para Legolas, que se encontrava perdido ainda – Saia daqui elfo, nunca irá tirar nada de mim – empurrou o elfo – Saia daqui!
Depois de um tempo relativamente grande, Legolas entendeu o plano de Lira. Teve que fazer um grande esforço para não rir das feições bravas da jovem e do espanto do guarda, que ainda permanecia da entrada da cela
- Tenha respeito comigo, humana! – gritou para entrar no papel. Olhou para o guarda – E você, o que faz aqui? Afinal meu pai ordenou a todos os guardas do reino que não viessem aqui, somente eu e Tauriel tínhamos a permissão – andou calmamente em direção ao elfo de armadura, que estava começando a ficar muito nervoso – Responda logo
- D-desculpe s-enhor – fez uma reverencia exagerada – Seu pai ordenou que te procurasse para participar das festividades, e como um dos guardas viu o senhor descendo aqui.... – parou no meio da frase com medo da ira de seu príncipe – Não ira se repetir. Deveria ter esperado na estrada da masmorra até o senhor retornar. – outra reverencia
- Ainda bem que sabe o seu erro. Vamos, já acabei com a humana – olhou de relance para Lira, que escondia um sorriso. – Tenha uma boa morte – fechou a cela atras de si e desapareceu escada acima com o guarda ao seu encalço
Lira segurou a risada até o máximo que conseguia. Achou deveras engraçado aquela encenação dos dois para com o guarda. Mas, mesmo com a diversão, ficou preocupada do elfo desconfiar da historia e começar a seguir Legolas, seria o fim de suas refeições novamente.
...
Bilbo, entretanto, não se sentia nem de longe esperançoso de sair daquele lugar. Não lhe agradava que todos dependessem dele para sair e queria muito que o mago estivesse por perto. Mas isso não adiantava nada: provavelmente toda a distância sombria de Trevamata estava entre eles. Sentou-se e pensou, e pensou, até que sua cabeça quase explodiu, mas nenhuma ideia brilhante veio. Um anel invisível é uma coisa muito boa, mas não serve de muita coisa se for dividido por quatorze pessoas.
Um dia, fuçando e vagando por ali, Bilbo descobriu uma coisa muito interessante: os grandes portões não eram a única entrada das cavernas. Um riacho corria sob parte das regiões mais baixas do palácio e se unia ao Rio da Floresta um pouco mais ao leste, além da encosta íngreme na qual a entrada principal se abria. Onde esse curso d'água subterrâneo saía da encosta do monte, havia um portão d'água. Ali, o teto rochoso descia até ficar perto da superfície do riacho e, a partir dele, um rastrilho podia ser baixado até o próprio leito do rio, para impedir que qualquer um entrasse ou saísse por aquele caminho. O rastrilho frequentemente ficava aberto, pois uma boa quantidade de tráfego saía e entrava pelo portão d'água. Se alguém entrasse por aquele caminho, ia se achar num túnel escuro e grosseiro que levava fundo ao coração da colina; mas, em certo ponto por onde passava sob as cavernas, o teto tinha sido cortado e coberto com grandes alçapões de carvalho. Estes se abriam, do lado de cima, para as adegas do rei. Ali ficavam inúmeros barris, pois os elfos, e especialmente seu rei, eram grandes apreciadores de vinho, embora nenhuma videira crescesse naquelas partes. O vinho e outros bens eram trazidos de longe, de seus parentes do Sul, ou das vinhas dos homens em terras distantes.
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O Chamado Da Terra Média - Vol.1
FanficAs únicas aventuras que Lira Smith teve foram as contidas nas páginas dos livros de fantasia. Bom, até agora! Tudo começou quando Lira recebe um pedaço de papel com algumas frases escritas em um dialeto desconhecido. A jovem, pensando que são apen...