Capítulo 22

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- Majestade, o que faz com a prisioneira? - perguntou o guarda.

Os dois permaneceram em silencio, pensando no que diriam para evitar que aquele guarda falasse ao rei sobre os encontros do príncipe com a prisioneira. Legolas abria a boca para processar as palavras, mas nada dizia. Lira fora mais rápida em pensar em uma desculpa plausível

- Não vê o que ele está fazendo? – pegou a cesta do chão e jogou em direção ao guarda – Ele veio me torturar para tirar informações sobre meu colar. Comeu isso em minha frente mesmo sabendo que não me alimento a dias – olhou para Legolas, que se encontrava perdido ainda – Saia daqui elfo, nunca irá tirar nada de mim – empurrou  o elfo – Saia daqui!

Depois de um tempo relativamente grande, Legolas entendeu o plano de Lira. Teve que fazer um grande esforço para não rir das feições bravas da jovem e do espanto do guarda, que ainda permanecia da entrada da cela

- Tenha respeito comigo, humana! – gritou para entrar no papel. Olhou para o guarda – E você, o que faz aqui? Afinal meu pai ordenou a todos os guardas do reino que não viessem aqui, somente eu e Tauriel tínhamos a permissão – andou calmamente em direção ao elfo de armadura, que estava começando a ficar muito nervoso – Responda logo

- D-desculpe s-enhor – fez uma reverencia exagerada – Seu pai ordenou que te procurasse para participar das festividades, e como um dos guardas viu o senhor descendo aqui.... – parou no meio da frase com medo da ira de seu príncipe – Não ira se repetir. Deveria ter esperado na estrada da masmorra até o senhor retornar. – outra reverencia

- Ainda bem que sabe o seu erro. Vamos, já acabei com a humana – olhou de relance para Lira, que escondia um sorriso. – Tenha uma boa morte – fechou a cela atras de si e desapareceu escada acima com o guarda ao seu encalço

Lira segurou a risada até o máximo que conseguia. Achou deveras engraçado aquela encenação dos dois para com o guarda. Mas, mesmo com a diversão, ficou preocupada do elfo desconfiar da historia e começar a seguir Legolas, seria o fim de suas refeições novamente.

...

Bilbo, entretanto, não se sentia nem de longe esperançoso de sair daquele lugar. Não lhe agradava que todos dependessem dele para sair e queria muito que o mago estivesse por perto. Mas isso não adiantava nada: provavelmente toda a distância sombria de Trevamata estava entre eles. Sentou-se e pensou, e pensou, até que sua cabeça quase explodiu, mas nenhuma ideia brilhante veio. Um anel invisível é uma coisa muito boa, mas não serve de muita coisa se for dividido por quatorze pessoas.

Um dia, fuçando e vagando por ali, Bilbo descobriu uma coisa muito interessante: os grandes portões não eram a única entrada das cavernas. Um riacho corria sob parte das regiões mais baixas do palácio e se unia ao Rio da Floresta um pouco mais ao leste, além da encosta íngreme na qual a entrada principal se abria. Onde esse curso d'água subterrâneo saía da encosta do monte, havia um portão d'água. Ali, o teto rochoso descia até ficar perto da superfície do riacho e, a partir dele, um rastrilho podia ser baixado até o próprio leito do rio, para impedir que qualquer um entrasse ou saísse por aquele caminho. O rastrilho frequentemente ficava aberto, pois uma boa quantidade de tráfego saía e entrava pelo portão d'água. Se alguém entrasse por aquele caminho, ia se achar num túnel escuro e grosseiro que levava fundo ao coração da colina; mas, em certo ponto por onde passava sob as cavernas, o teto tinha sido cortado e coberto com grandes alçapões de carvalho. Estes se abriam, do lado de cima, para as adegas do rei. Ali ficavam inúmeros barris, pois os elfos, e especialmente seu rei, eram grandes apreciadores de vinho, embora nenhuma videira crescesse naquelas partes. O vinho e outros bens eram trazidos de longe, de seus parentes do Sul, ou das vinhas dos homens em terras distantes.

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⏰ Última atualização: Jan 12 ⏰

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