ATRAPALHANDO O CASAL | 12

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Jade de Fonollosa | Viena20 minutos desde o início do assalto

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Jade de Fonollosa | Viena
20 minutos desde o início do assalto.

Eles estavam conversando como se fossem um casal.

— Eu to atrapalhando o casal aqui? Só foi eu entrar que os dois ficaram quietos. Quero saber o assunto também. — Eu falo dando um sorriso sínico.

— Não estávamos conversando nada demais. — Rio fala.

Eu decido não debater, apenas fico na minha, observando tudo que estava acontecendo.

Uns dez minutos depois, estava na hora de fingirmos para a polícia que nós estávamos só fazendo um assalto, que deu tudo errado.

— Rio, vamos! Tá na hora. Deixa ela aí. — Eu o chamo, e ele só assente, calado.

— Tá com ciúmes é? — Ele me pergunta.

— De quem? Do Denver? Sim, muito. — O semblante dele chega a mudar.

Ele não fala mais nada, apenas caminha.

— Vamos, senhores. Está na hora. — Meu pai fala, e Rio se posiciona na porta para abrir.

E eu fico no meio.

Mas, Rio parece que estava com a cabeça em marte, e só sai andando. E só depois ele se dá conta do que fez.

Nós fomos dar cobertura, mas um policial acertou ele, e Tóquio, praticamente se jogou no chão para pegar ele. Ela acerta dois policiais, e puxa Rio para dentro, enquanto Denver e eu continuamos dando tiro a queima roupa.

Quando nós voltamos para o lado de dentro, Tóquio estava do lado dele. Será que ela gosta dele? Parece que sim. Será que ele gosta dela?

— PORRA, A PORRA DA REGRA CARALHO. VOCÊS ENTRAGARAM O PLANO PORRA. — Denver e Nairóbi repetiam essa frase.

— PORRA TÓQUIO, PORRA! E A PORRA DA REGRA CARALHO? VOCÊS QUEBRARAM A PORRA DA REGRA— Nairóbi dizia na cabeça de Tóquio.

— Sai daí. — Eu digo para Tóquio que estava de joelhos ao lado de Rio.

Ela sai.

— Fica parado.— Eu falo para Rio.

Primeiro eu começo tirando a minha blusa, e ficando só de sutiã,  porquê eu precisava colocar pressão com um pano, que é justamente a minha camisa, foi a primeira coisa que eu pensei.

Meu pai enquanto isso pegou o kit de primeiro socorros para mim, que fiz um curativo. Não foi um machucado muito sério, foi de raspão.

— Se eu soubesse que para você me tocar eu precisava levar um tiro, eu ja teria atirado em mim mesmo à muito tempo. — Ele fala com um sorriso sínico.

—Da próxima eu te deixo ficar sem o braço. — Eu respondo ele.

Eu o ajudo levantar, — vou te deixar lá em cima de novo, anda. — Eu falo para Rio.

Quando nós chegamos lá em cima, o meu pai estava falando com o professor.

— Parece que Tóquio e Rio tem um caso, professor.— Meu pai diz no celular. Sinto meu coração doer tanto quanto igual quando eu era criança.

— Vocês tinham um caso? — Meu tio pergunta.

— Não porra, claro que não.— Rio responde.

— Eu só defendi ele, como um colega de equipe! Eu nunca teria um caso com um moleque, o amor da minha vida morreu em um assalto, por culpa minha. — Tóquio diz, desliga o telefone e sai sala.

— Ri- Viena? O que você está fazendo sem camisa? — Meu pai iria falar com Rio, mas aí só agora viu que eu estava sem camisa.

— Eu tirei a minha camisa para estancar um pouco do sangue que estava saindo do tiro que Rio levou. — Eu falo e meu pai sai da sala.

— Tem um caso com a Tóquio? — Eu pergunto.

— Você tem um caso com o Denver? — Eita porra, tinha me esquecido desse menino.

Não respondo nada, só vou até um banheiro que tinha lá em cima, justamente, esse banheiro não tem câmera.

Como nesses primeiros momentos eles não vão precisar de mim, eu resolvo ajeitar o meu cabelo e cantar, para me distrair um pouco.

— Só bandido gostoso, essa tropa tá demais, vou ter que escolher em qual eu quero sentar mais, uni duni te, uni duni te, hoje o bandido escolhido foi você, que me bota, bota—

Essa música me lembra TANTO quando eu fazia uns rolês de procedência duvidosa com a minha prima.. Saudades.

— Só bandido gostoso.. Vou ter que escolher em qual eu quero sentar mais? —. Rio pergunta enquanto me olha.

— E a privacidade? Cadê? — Eu falo enquanto volto a minha postura normal.

— Você não deve ficar cantando "só bandido gostoso essa tropa tá demais" só de sutiã em um banheiro, no meio de um assalto. — Ele fala enquanto se encosta na porta.

— E você não deve tomar conta da vida dos outros. — Eu falo enquanto cruzo meus braços. — Ou toma conta da vida da sua mulher, Tóquio. Ou a refem? Qual das duas você ta comendo? Ou são as duas? — Eu falo enquanto me aproximo dele.

— Meu lance com a Tóquio foi o mesmo que o seu com Denver. Foi só um beijo.— Não, ele está mentindo.

— Não, ela parece gostar de você. — Eu só quero ser amada, meu Deus.

— Mas eu não gosto dela. Tá vendo essa porra aqui? — Ele tira a correntinha de baixo da roupa. — É porquê eu nunca deixei de te amar.

— Desculpa, mas eu não acredito. — Eu queria tanto poder acreditar nele.

— Tudo bem. Toma, Berlim mandou te entregar. Parece que ele se preocupa bastante com você. — Ele fala e me entrega a camisa.

LA PASIÓN DEL NIÑO - Rio & VienaOnde histórias criam vida. Descubra agora