CIUMES | 13

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— Pelo menos um pessoa tinha que se preocupar comigo. — Eu falo enquanto coloco a blusa.

— Eu me preocupo. — Rio afirma.

— Sim, com Tóquio, Alisson. — Eu falo me olhando no espelho.

Quando ele iria falar alguma coisa, eu apenas passo do lado dele e saio até a sala onde estavam nossas coisas. Lá estavam, meu pai, Nairóbi, Denver e Tóquio. Pela primeira vez esses quatro estavam tendo uma conversa civilizada.

— Se uma mulher fica com cinco homens na mesma festa, ela é galinha, mas se um homem fizer o mesmo, ele é o que? — Denver pergunta enquanto se apoia na mesa.

— Solteiro, assim como a mulher. Isso é machismo. — A Tóquio diz.

— Galo. — Nairóbi completa.

— Eu acho que ele é gay. — Eu falo e todos caem na risada.

...

— Bom, quando sairmos daqui, eu vou querer dirigir um filme! — Denver fala.

— Qual gênero que você gosta? — Nairobi pergunta.

— De mulher né, tá me estranhando. Sou gay não. — Denver diz olhando para Nairóbi.

— Eu estava perguntando de gênero de filme seu tonto! Mas para que tudo isso ? Denver você é muito homofóbico! — Nairóbi fala.

— É verdade, Denver não gosta dos gays. — Tóquio diz rindo.

— Não sei porquê vocês acham isso, eu adoro o Helsinki, e eu adoro os gays, eles deixam mais mulheres para mim. — Ele fala e eu começo a rir, MUITO. — O que foi, Viena? Tá com ciúmes é?

— Eu não, longe de mim. — Eu levanto os braços em forma de rendição.

Estava um papo gostoso, sabe, todo mundo tava conversando na paz.

— Ei, Viena, posso falar com você? — Tóquio me chama.

— Pode sim. — Eu a respondo.

Ela me puxa para irmos até o banheiro, onde não tinha ninguém.

— Olha, hoje quando o Rio levou um tiro, eu notei que você ficou um pouco puta e desconfortável com a situação.. Eu não sei se você e o Rio tem algo, mas eu realmente não sinto nada por ele.. Nunca rolou nada demais entre a gente, só um beijo.— Ela diz um pouco apreensiva.

— Tá tudo bem, eu não ligo. — Eu falo enquanto ela me olha. — É sério, se vocês se gostarem ou coisa do tipo, é problema de vocês. — Eu falo e ela assente com a cabeça.

Então eu saio do banheiro e vou até o salão principal aonde está os refens.

— O que é fuck you? — Denver pergunta enquanto olha a tatuagem que eu tenho no pescoço.

— Vai se foder. — Eu falo e ele faz cada de indignado.

— Grossa do caralho. — Ele fala e se senta na escada.

— E grande. — Denver arregala o olho. — Fuck you é vai se foder. — Eu explico.

— Por que você tatuou vai se foder. — Ele pergunta.

— Também não sei—.

— Eu estou morrendo de frio. — O insuportável do Arthuro fala.

— Porquê quer ne, por que eu estou doidinho pra te cobrir de porrada. — Denver responde, e eu não consigo segurar a risada.

20 Horas desde o começo do assalto.
Jade | Viena

— Berlim? — Eu pergunto assim que entro no escritório que meu pai pegou para ele.

— Oi, filha. — Ele responde.

— Então, eu estava pensando.. Quando nós sairmos daqui, nós podemos fazer uma tatuagem juntos? Tipo, alguma coisa de pai e filha? — Eu pergunto enquanto vejo ele me olhar.

— Claro que sim, meu bem. — Ele responde, e eu abro um sorriso de orelha a orelha.

— Que bom, pai. Te amo. — Eu falo e quando eu ia abraçar ele, Denver entra na sala.

— Berlim, o Nairóbi está te chamando. —  Ele fala e meu pai sai da sala.

Enquanto isso, eu aproveito para ir até a sala aonde ficam os celulares.

Chegando lá, vejo novamente, Rio, e Alisson. Esses dois me dão ânsia.

— Viena, tem um minuto? — Rio me chama.

— Para você? Não. Seja breve— Eu respondo e ele parece se desanimar um pouco.

— Por que você não me procurou? — Ele pergunta.

— Para que eu iria te procurar? Para você me trocar pela Maddelyn de novo? — Eu respondo me lembrando daquele dia caótico.

— Você não me quer, não é? Tranquilo, mas também não fica enchendo a porra do meu saco falando de quem eu beijo ou deixo de beijar. — Antes de eu pensar até no que responder para ele, eu olho para a frente e vejo alisson com o celular na mão.

— Coloca a máscara agora. — Eu falo para rio enquanto coloco a minha.

— VOCÊ ESTÁ LOUCA PORRA? — Eu falo enquanto tiro o celular da mão da Alisson, eu jogo o celular no chão. E aponto a minha arma na cabeça dela.

— Se você continuar de gracinha, eu juro garota que você não sai viva desse lugar. — Eu vejo ela tremer de medo.

— Viena para com isso. — Rio grita.

— O que é, Rio? Essa garota poderia ter exposto a porra da nossa cara para a polícia. — Eu falo enquanto me viro pra ele. — Eu tenho que acabar com a vida dessa vagabunda. — Rio aponta a arma para mim. — Atira. Vai, Rio, me mata logo.

Ele não consegue atirar,e eu só saio da sala, empurrando ele.

Eu vou a caminho do salão principal, e agora nós iríamos distribuir as comidas para o pessoal comer.

Eu entrego comida à todos, minha função aqui dentro, era mais organizar as coisas com os refens, caso alguém se machucasse e se precisasse atirar, mas fora isso, eu não tinha nada de muito importante para fazer.

LA PASIÓN DEL NIÑO - Rio & VienaOnde histórias criam vida. Descubra agora