LA PASIÓN DEL NIÑO - Rio & Viena

RECOMEÇAR| 21

Fim do assalto.
Jade | Viena.

Rio e eu saímos juntos, nós estávamos disfarçados de casal. Agora todos nós já estávamos dentro do caminhão. Eu estava sentada bem no canto, enquanto estava com os braços em volta das pernas e com minha cara no meu joelho, chorando.

Eu perdi a minha mãe, com onze anos, e agora perdi meu pai com vinte e três anos. Meu coração estava doendo, eu só sabia chorar.

De tanto que o meu coração doeu nesse assalto, depois daqui eu vou direto a um cardiologista.

Tóquio chegou aonde eu estava e me abraçou.

—Sinto muito pelo seu pai. — Eu a abraço de volta.

— Tudo bem.. E me desculpa pelo dia em que eu te bati.. Bom, agora você entende o porquê eu fiquei tão puta de você ter mexido com ele.. Ele e o professor eram minha única família. — Eu falo enquanto dou um sorriso.

— Me desculpa. — Ela fala e me abraça de novo.

— Eu não tenho raiva de você, Tóquio. — Eu falo enquanto nós nos abraçamos.

— Agora o sol explode, Tóquio e Viena na paz— Denver brinca e vem me abraçar.

— Sinto muito, Vi. Saiba que pode contar comigo, te considero uma irmã. — Denver fala deixando um beijo na minha cabeça.

Eu vou até aonde os demais estavam, e entro um pouco no clima.

Depois disso, nós fomos para um barco que meu tio tinha alugado para nós irmos para outro país.

Quando nós subimos no barco, eu abracei meu tio. Logo depois, eu me sentei, até que meu tio começou a explicar como seria a nossa nova vida de bilionários fugitivos.

— Acabamos de cruzar terras portuguesas. — Meu tio diz com felicidade.

Nós abrimos latinhas de cervejas para comemorar. Eu me levanto para propor um brinde.

—Eu gostaria de pedir um brinde! Primeiro, um brinde a nós, por termos feito esse trabalho foda, e agora estamos todos bilionários! — Nós brindamos sorrindo. — E outro brinde à Berlim, Moscou e Oslo! — Nós brindamos novamente.

Nós sentamos e começamos a conversar.

— Até que enfim vou conseguir dormir em uma cama bem confortável. — Nairóbi diz. — Não aguentava mais acordar de manhã com as costas doendo.

— Então acorda de tarde, ué. — Denver fala. Nem ele se tocou da lerdice que ele acabou de falar, e todos nós começamos a rir da cara dele.

— Qual é a coisa mais difícil para vocês falarem? — Mônica pergunta.

— Eu te amo. — Tóquio responde.

— Desculpa, eu errei. — Eu falo.

— Você nunca falou isso. — Denver diz.

— Pois eu sempre estou certa. — Eu respondo balançando os ombros.

—incostitucionalissimamente. — Rio fala, se embolando todo com as palavras.

— Que porra é essa. Tá invocando o capeta aí. — Denver brinca com Rio.

— Meu Deus. — Mônica falando rindo. — E a coisa mais idiota que vocês já fizeram? —

— Eu escorreguei no banho, e tentei me segurar na água. — Denver fala, e todos nós rimos muito.

...

— Eu me atraio por homem inteligente— Eu falo com Nai.

—Prazer, Rio. — Rio fala brincando.

— Boaaa Rio, conseguiu fazer ela gostar dos burros. — Tóquio brinca, e ele manda o dedo do meio para ela.

...

Nós chegamos agora na nossa penúltima parada, antes de cada um ir para seu destino. Uma casa.

Eu estava pensando, eu não posso me privar de amar o Rio...

Enquanto eu olhava ele, do outro lado da sala, eu comecei a refletir.

Por que não tentar com ele?

No dia que Rio acreditou na Madellyn, e não em mim, eu me prometi, que nunca mais acreditaria no amor. O que seria o amor? Uma verdadeira ilusão?

Não desacredito que o amor possa ser uma ilusão, tanto é que, quando nós amamos demais, acabamos nos deixando passar por coisas que não eram para passarmos.

Para mim, uma coisa que eu não aceito em uma relação, é a falta de respeito, por mais que tenha amor, sem o respeito, não é nada. Entretanto, Rio sempre me respeitou, e cuidou de mim.

Por que eu vou me privar de viver com Aníbal, sendo que, ele quase morreu por mim quando voltou para me buscar?

Ele poderia simplesmente ter me deixado lá, mas ele fez questão de voltar, mesmo com os polícias chegando perto, e me colocou em seus braços, só para ter certeza que eu iria sair de lá viva.

Quando meu pai morreu, ele me abraçou tão forte, que parecia que os meus ossos iriam todos se repartirem.

Eu amo ele, e não vou deixar o meu orgulho, me fazer morrer uma pessoa amargurada. E se for para morrer, que morramos juntos.