PROFESSOR |20

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Denver eu descemos para terminar o que Moscou começou, bom, eu não era ótima em cavar um buraco, mas eu estava tentado, buraco esse em que nós iríamos fugir.

Eu estava quase desistindo até que eu consigo quebrar uma parte, e eu vejo ali, o meu tio. Quando eu vejo ele, eu tiro forças de onde eu nem sabia que tinha.

Quando ele me vê, e eu vejo ele, nós começamos a escavar como loucos, até que conseguimos tirar tudo.

Quando eu já estou lá, eu pulo para abraçar ele.

— Que saudades, tio! — Eu falo baixinho e ele me abraça.

— Estamos conseguindo, Viena! O plano do seu avô. — Eu o abraço mais forte ainda. — Você está bem?— Ele pergunta e olha para o meu machucado.

— Sim, estou! — Eu falo, e ele sorri de orelha a orelha.

— Você sabe que eu te amo, sobrinha. — Ele diz.

— Eu te amo muito, tio. — Eu falo sorrindo fraco.

Então eu volto lá para dentro da casa da moeda, e nós começamos a colocar os pacotes de dinheiro para fora.

Quando nós já tínhamos colocados todos os pacotes lá, nós voltamos ao salão principal. A polícia estava invadindo.

— Todos coloquem as máscaras e capuz, agora! — Eu ordeno, e saímos correndo.

Por conta de uma das minhas pernas estar feridas, eu acabei caindo no chão, e de verdade, eu não iria gritar pedindo ajuda.

Eu preferia morrer ali, minha vida já não fazia mais sentido. O homem que eu amava, tinha que ser feliz com alguém melhor, eu sabia que ele queria ter uma família, e eu não poderia dar isso à ele.

Mas Rio chegou, e eu nem entendo como, ele estava na minha frente, e então ele meu puxou, me levando em seus braços até o túnel, chegando la, Professor me ajudou a subir, e me abraçou, como quem não iria soltar nunca mais.

Só faltavam Nairóbi e meu pai para subir, até que ela sobe, sem meu pai.

— Cadê o Berlim, Nairóbi? — Eu grito.

— Ele falou que iria ficar lá, para distrair os policiais, por quê se não eles iriam chegar aqui.. Ele não quis vir. — O que? Meus olhos se enchem de lágrima.

Meu pai fala na escuta dele, que o som ecoava lá dentro de onde nós estávamos.

— Vão embora, já! Filhinha, irmãozinho.. Eu passei a minha vida inteira sendo um pouco filho da puta, mas hoje, eu quero morrer com dignidade. Pela minha família.— Meu pai fala, e eu só abraço Rio com toda a minha força enquanto chorava.

— Viena e eu não iremos sem você! Você sabe. — Meu tio diz. — Entra no túnel Andrés!

— Desculpa, mas estou muito ocupado no momento. Helsinki, pode explodir o túnel. — Meu pai fala.

— Não Helsinki, não faz isso! — Meu tio grita.

— ANDA HELSINKI. — Meu pai manda.

— NÃO, PAI, NÃO. — Eu grito. — PAI POR FAVOR SOBE, NÃO ME DEIXA! OU ME DEIXE DESCER, PAI EU NÃO QUERO APRENDER A VIVER SEM VOCÊ— Eu grito, e meu tio me abraça.

Eu me solto dos braços de meu tio, e tento correr até o túnel, mas Denver é mais rápido e me segura.

— Jade De Fonollosa, eu te amo. Você me fez acreditar no amor de novo, no amor mais sincero. — Ele dá uma pausa e escutamos os tiros. — O amor de pai, o único amor que nunca me decepcionou. Eu tenho orgulho da mulher que você se tornou.

— Pai, por favor.— Eu imploro chorando.

Quando eu falo pai, todos parecem não acreditar, afinal, ninguém sabia que éramos uma família.

— Sérgio, Jade, nunca se esqueçam que eu amo vocês. Sempre seremos uma família. — Ele diz antes de começarmos escutar os disparos mais perto.

— Helsinki, explode o túnel! — Ele manda e Helsinki vai, mas Professor o segura. — Helsinki, anda soldado! É uma ordem.

Helsinki explode o túnel.

— PAI! — Eu grito, e me jogo no chão, e começo a chorar. — Pai...— Eu já não sentia mais as minhas forças.

Rio me puxa novamente.

— Vamos, está na hora.. — Meu tio se recompõe.

LA PASIÓN DEL NIÑO - Rio & VienaOnde histórias criam vida. Descubra agora