dezessete

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Ser underboss era como um trabalho burocrático infinito

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Ser underboss era como um trabalho burocrático infinito. Não que eu não tivesse acostumada com papelada, afinal, eu era uma advogada. Lidava com esse tipo de coisa fazia tempo.

Mas eu esperava que Theo me deixasse ser uma underboss na prática também, sem me tratar como uma boneca de porcelana que quebraria caso caísse.

Eu estava em uma reunião interminável por territórios. Lansing havia sido atacada por um moto clube há alguns dias, conseguimos neutralizar os ataques, mas precisava conversar com o presidente do tal clube para que as coisas não escalas sem ainda mais.

Pelo menos Theo me deixava livre pra decidir o que quisesse, e negociei o território que estávamos de olho na fronteira com Lansing, e o cara concordou com nossa aliança.

Desde que comecei em Lansing há três meses, alguns homens da máfia não me levavam tão a sério apenas por ser mulher, mas esse homem aqui na minha frente me levava a sério, e estava disposto a me levar a sério e selar o acordo.

Eu dei um passo a frente na sala de reuniões do nosso prédio corporativo na cidade. Estendi a mão para o presidente do moto clube, marcando oficialmente nossa aliança. Ele apertou minha mão com firmeza, e pude sentir a validação que isso trazia para minha posição como underboss em Lansing.

Eu mandei mensagem para Theo, dizendo que a aliança estava feita. Era um acordo que eu tinha com ele: Sempre atualiza-ko sobre os acontecimentos.

Do mesmo jeito que Dante precisava fazer quando estava como underboss em Columbus.

Eu me despedi do presidente, e ele foi escoltado para fora do prédio, e ordenei que meus homens o escoltassem até a fronteira da cidade, porque não confiava inteiramente nele.

Apeguei meu celular para me atualizar das últimas notícias em Chicago. Theo me contou que ficou sabendo que Matteo acordou uma aliança com os Arescos e que ele ficou noivo de Sophia há três meses.

Quando me ligou pra dar as boas novas, senti meu coração ser arrancado do peito.

Eu chorei por três dias seguidos, porque alguém podia ter o meu lugar. O lugar que eu jamais poderia ter, ou eu perderia as pessoas que eu mais amava no mundo.

Era dilacerante me sentir assim. Dividida entre meu irmão e Matteo.

Droga. Eu não sabia como era possível que Matteo não entender. Ele sabia que se estivesse no meu lugar, faria o mesmo, já que sempre foi leal a irmã dele.

 Eu ajeitei o colarinho do meu blazer oversized branco, que eu usava como uma espécie de vestido, e sentei na minha enorme cadeira de couro marrom, cruzando as pernas enquanto discava o número de Dante.

Ele atendeu rapidamente, sua voz firme ecoando pelo telefone.

— O presidente do moto clube concordou com a aliança.  — informei de maneira concisa.

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora