vinte e sete

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Eu não deveria ter concordado com aquela reunião

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Eu não deveria ter concordado com aquela reunião.

Era demais pra mim, muitas informações que me fizeram duvidar do meu próprio julgamento.

Não fazia ideia de em quem acreditar. No Theo, que foi meu maior inimigo por anos?

Em Beatrice, que sempre me contava tudo? Bem, o marido dela estava falando com a maior convicção sobre a infidelidade dela.

Mas o maior questionamento de todos era sobre o meu consigliere.

Massimo esteve calado durante a reunião inteira. Não que se provasse que a versão dele estava errada, iria mudar alguma coisa sobre meu desprezo por Theo Bianchi, mas eu podia realmente confiar nele?

Eu estive a semana inteira duvidando sobre a minha capacidade de analisar as pessoas.

Talvez eu realmente devesse jogar a toalha.

Eu queria conversar com Massimo novamente sobre a versão dele da história. Mas se eu estivesse pensando em aceitar dissolver a Colombo pela Marcella, deveria considerar a opinião de Diego, já que ele herdaria a família um dia e fazia algum tempo desde que eu o liguei para vir até meu escritório.

Como Marcella disse, era hora de eu ser sincero com o meu filho.

Abri a gaveta da minha escrivaninha, e peguei uma foto que já estava guardada ali dentro há anos, desde que trouxe Diego pra casa comigo, e depositei em cima da mesa quando ele apenas abriu a porta sem bater, e passou a mão pelo cabelo.

— Nunca é boa coisa quando você me chama pra conversar de repente. Principalmente quando é aqui. — Ele disse, sentando na cadeira a frente da mesa.

Arqueei a sobrancelha, estudando o rosto de Diego por um momento antes de responder.

Mas não questionei.

Empurrei a foto para ele, onde Tatiana tinha um sorriso contagiante e olhos iluminados qual me fez apaixonar por ela quando eu ainda era um garoto. Sua pele branca contrastava com o cabelo escuro, e ela sempre tinha um jeito gentil e acolhedor de olhar para o mundo.

Diego pegou a foto, seus olhos percorrendo cada detalhe com uma expressão pensativa.

— Tatiana Ivanova. — Eu disse a ele.

Meu filho franziu as sobrancelhas e me olhou, confuso.

— Eu... eu não entendi, pai.

— Sua mãe. — Esclareci — Ela era filha de um membro da Bratva. Quando nos conhecemos, foi como se o mundo inteiro desaparecesse e só restasse ela e eu. Eu a amava mais do que qualquer coisa neste mundo. Eu tinha vinte e três anos quando ela ficou grávida de você e ela tinha dezenove. Seu avô, meu pai, não aprovou nosso relacionamento. Ele queria que eu me casasse com uma italiana, filha de um amigo dele, alguém que pudesse fortalecer nossas alianças e garantir o poder da família. Mas eu escolhi Tatiana, e quando você nasceu, eu sabia que faria qualquer coisa por vocês dois.

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora