vinte e nove

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Aproveitei que estava em Chicago para os exames no hospital da Genovese, e resolvi que deveria resolver algumas coisas

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Aproveitei que estava em Chicago para os exames no hospital da Genovese, e resolvi que deveria resolver algumas coisas.

Eu estava dando meus empurrões por conta própria, para que Matteo se decidisse logo sobre o que ele queria fazer. Ficar comigo ou com a Colombo.

Ele agia como se eu não estivesse arriscando nada e apenas ele arriscando tudo. Eu sabia qual eram os riscos, não era leiga nos negócios da Máfia.

Mas eu só precisava de uma resposta para que eu pudesse ter certeza de que eu poderia relaxar parcialmente.

Nicolo estacionou meu carro na frente da mansão Salvatore, e destravei a porta que foi aberta abruptamente.

O corpo masculino que entrou no carro havia ficado mais forte nos últimos meses, e o casaco de moletom que o cobria assim como seus jeans se ajustavam aos músculos.

Ele tirou o capuz da cabeça assim que Nico arrancou com o carro. Revelando seu rosto perfeitamente desenhado como o de seu pai, o cabelo loiro e os olhos azuis. Diego era a cópia perfeita de Matteo.

Eu sorri, impressionada pela forma como ele teve coragem de entrar em contato comigo nas últimas semanas.

Ele queria entender como as coisas funcionavam e uma família da máfia quando ele não sentia desprezo por ela, como ele disse que sempre sentiu pela Colombo, como se ele soubesse a vida toda que foram eles que mataram a sua mãe.

— Você fez o que combinamos? — Perguntei.

Ele assentiu, recostando no banco do carro,

— Não que eu ache que fazer fofocas vão fazer meu pai apressar a decisão. — Ele respondeu.

— Acredite em mim, ele vai. Mesmo que não seja a decisão que eu e você estamos esperando.

Ele torceu os lábios em uma expressão de dúvida, mas não argumentou.

— Você vai me ajudar a entender como funciona as coisas? —  Indagou. — Eu queria entender a causa por qual meu pai tanto luta. Eu tenho vontade de sair, mas por mais que eu me aproxime e chegue perto de pedir a ele, tem um imã que me puxa de volta e uma voz que isso é quem eu sou e que eu preciso ser o que eu nasci pra ser.

— Você já matou, Diego?

Diego franziu o cenho, como se não esperasse uma pergunta tão direta.

— Uma vez.... — Ele hesitou, me olhando com cautela — Na minha iniciação.

— Ok.... como você lidou com isso?

Ele hesitou mais uma vez, e coloquei uma mão em seu ombro como uma garantia de que eu não o julgaria.

Meus três irmãos faziam isso o tempo inteiro, e eu nunca poderia julgar um deles.

— Antes da iniciação.... — Ele engoliu em seco — eu achei que odiaria, achava injusto mesmo que meu pai garantisse que essas pessoas mereciam. O homem que eu matei era um traidor que havia vendido a própria filha. Bem, eu tentei me concentrar nisso. Mas no momento em que apertei o gatilho, tudo ficou... estranho. Eu nunca senti uma mistura de poder e culpa como naquele momento. Mas depois passou. E eu... me senti diferente, mais próximo de meu pai, talvez. Eu não pensei que iria gostar disso, mas gostei e fiquei assustado por ter gostado. Mas eu não quero a Colombo. Esse é meu legado, mas não quero ser capo da Colombo especificamente.

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora