quarenta e três

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Ter outro filho depois de dezessete anos era tão assustador quanto o primeiro

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Ter outro filho depois de dezessete anos era tão assustador quanto o primeiro. Principalmente porque Ottavio era tão pequeno que eu até tinha medo de segurá-lo.

E se eu acabasse o quebrando?

Sabia que ele era um bebê forte. Ele já nasceu lutando e sabia que ele lutaria ainda mais até chegar em seu tamanho ideal.

Bianchi podia ser o que for, mas ele era um bom apoio para Marcella e se certificando de que ela e meu filho tivessem o melhor cuidado que eles poderiam ter.

Observei Marcella olhando para o nosso filho. Seu olhar para ele aquecia a minha alma, ela era uma mãe amorosa, e por sua reação quando saímos do hospital, não apenas isso. Ela se tornou uma verdadeira leoa, protegendo nosso filho com uma ferocidade que eu nunca tinha visto antes.

Isso era uma grande coisa. Por um momento, ao descobrir a forma como ela engravidou, pensei que ela pudesse se tornar indiferente ao bebê. Principalmente porque ela nunca foi uma mulher com instintos maternos evidentes. Mas ali estava ela, segurando Ottavio com tanto amor e cuidado que era impossível não perceber o quanto ele significava para ela.

Mas eu não podia negar que esse momento era algo que sempre sonhei. Ter a nossa família. Que ela fosse minha.

Sabia que apesar de tudo ela era desde sempre, no entanto, ver Marcella com nosso filho nos braços tornou tudo muito mais real, mais tangível.

Ver que ela estava usando o meu anel, me tornava ainda mais possessivo sobre ela.

Enfiei as mãos no bolso, e inclinei a cabeça, olhando ela alimentar Ottavio.

- Achei que você estivesse planejando usar mamadeira. - Eu disse com um tom de brincadeira.

Marcella riu suavemente, sem desviar o olhar de Ottavio, passando o indicador na cabeça careca dele.

- Pensei nisso, mas depois de tudo que passamos, quero dar a ele o máximo de conforto e segurança que puder - respondeu, seu tom carregado de ternura. - Além disso, ele precisa de todos os nutrientes que puder receber para crescer forte e saudável. - Talvez eu o amamente até que ele tenha um ano. É o nosso momento juntinhos.

Eu sorri, sentindo uma onda de admiração por Marcella.

- Olha só para você. Quem diria que você se tornaria essa mãe?

Marcella sorriu, um brilho suave nos olhos enquanto olhava para Ottavio, ainda aninhado em seus braços.

- Ele se parece com você, sabia? - Ela disse - Os genes Salvatore são muito fortes, huh?

Eu ri, mas antes de responder, batidas vieram da porta.

Marcella olhou para mim, e eu percebi a breve preocupação em seus olhos, mas logo ela suavizou o olhar, provavelmente lembrando que estávamos em um lugar seguro, rodeados pela família.

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora