trinta e nove

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Eu estava tentando ser compreensível

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Eu estava tentando ser compreensível. Mesmo quando estava comigo em Chicago, Matteo parecia estar no outro lado do mundo. Mesmo tendo passado semanas, ela ainda me olhava com aquela desconfiança como se eu pudesse fazer alguma merda a qualquer momento.

Ele estava sentado do outro lado da sala de estar, me olhando como se estivesse me analisando, mexendo o copo de uísque que estava quase no fim.

Ele soltou um suspiro, bebendo um gole, antes de falar.

— Tem dormido direito? — perguntou — Ou se alimentado direito? Ou tá focada demais no trabalho?

— Eu vou trabalhar até entrar em trabalho de parto.

— Como estão as coisas por aqui?

— Quietas demais. Não diga ao Massimo, mas eu tenho que concordar com ele quando diz que estão armando alguma coisa. — Respondi — Agora ele anda atrás de mim o tempo inteiro a espera de que possamos fazer alguma coisa antes que soframos danos muito fortes. Eu já entendi que você não confia em mim, mas poderia tirar seu consigliere do meu pé?

Ele bebeu mais um gole do uísque, mas sua expressão não vacilou. Ele manteve a seriedade intacta.

— Percebeu que vocês dois são as pessoas que mais confiei, e ambos quebraram a minha confiança? — Retrucou, apoiando o copo que agora estava vazio, na perna.

Engoli em seco, odiando que ele me comparasse ao Massimo.

Meu coração deu pulos violentos, dentro da caixa torácica e meu rosto ficou quente.

Matteo sabia muito bem a minha opinião sobre aquele homem.

— Você está tentando testar nós dois ou o que, Matteo? — Perguntei, com um tom de irritação. — Está achando que eu vou dar para o seu consigliere? — Meu tom de voz subiu duas oitavas.

Eu poderia aguentar qualquer tipo de desconfiança, exceto que eu o trairia com outro.

Fixei meus olhos nele, e seu pomo de Adão se moveu, então ele finalmente desviou seus olhos de mim, se levantando e indo até a mesa de bebidas para se servir com mais uísque.

Ele ficou um longo tempo em silêncio, quando voltou para se sentar no mesmo lugar que estava antes.

Bebeu um gole do uísque e voltou a olhar para mim.

— Eu não disse isso. — Respondeu simplesmente.

Mas eu não acreditava, e estava decepcionado que seu nível de desconfiança pudesse chegar tão longe.

Ele cruzou a perna, e começou a balançar o pé, me analisando por completo.

— Acha que eu fosse fazer tudo o que estou fazendo, que eu fosse deixar a minha família pra ir pra longe com você, que eu fosse engravidar, pra no final jogar tudo fora por uma traição?

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora