trinta e sete

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Matteo estava um pouco distante ultimamente

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Matteo estava um pouco distante ultimamente. Eu podia sentir isso. Desde que ele voltou para Newport a primeira vez e depois voltou para Chicago mais duas vezes nas últimas duas semanas. Ele estava me preocupando mais do que já preocupou alguma vez. Não era apenas o fato de ele estar mais reservado do que o habitual, mas também o modo como ele olhava para mim, como se estivesse tentando decifrar algo.

Eu mandei uma mensagem para ele há algumas horas, mas ele não me respondeu. Ele não costumava demorar a responder.

Sentei-me no sofá na área externa da casa do Theo. Todos os meus irmãos e suas famílias estavam por perto, então a volta nós tínhamos correria, gritaria e choros de bebê.

Acho que eu deveria me estar me acostumando com essa nova realidade. Afinal, logo seria a nossa vez de ter um bebê e toda a agitação que vem junto.

Minha mãe se sentou ao meu lado com Mia berrando em seu colo, tentando acalmar a pequena com um movimento rítmico.

— O que aconteceu com ela? — Perguntou, olhando para os pezinhos de Mia apoiando no colo de minha mãe.

— Os dentes estão nascendo. — Respondeu minha mãe, sorrindo pacientemente. — Ela está um pouco irritada por causa disso, mas é normal.

Eu assenti, sentindo um pequeno calafrio de preocupação ao pensar nas dores e desafios que viriam com a chegada do meu próprio bebê.

Fallon e Luca se juntaram a nós e minha cunhada abaixou na frente da minha mãe, passando algo na gengiva da filha.

— É um gel para aliviar a dor. Ajuda bastante. — Explicou Fallon, com um sorriso tranquilizador. — Em breve você vai ficar boa, bebê.

— Isso funciona? — Perguntei, curiosa.

Fallon assentiu, continuando a massagear suavemente a gengiva de Mia.

— Sim, funciona muito bem. É uma pequena ajuda para ela durante esse período difícil. — Fallon respondeu, dando um sorriso gentil para Mia, que parecia começar a se acalmar um pouco.

— Você pode começar a pegar as dicas, Marci. — Meu irmão disse, pegando sua filha do colo da minha mãe e a balançou, envolvendo-a em seus braços enquanto ela se acalmava lentamente.

Eu ri, sacudindo a cabeça.

— Acho que preciso de todas as dicas que puder conseguir. Não sei se estou pronta para lidar com tudo isso. — Confessei.

— Certamente. Você não tem instinto materno, quando outras garotas estavam brincando de boneca, você brincava de lutinha com seus irmãos e praticava tiro ao alvo. — Minha mãe respondeu com desdém.

Rolei os olhos, me sentindo frustrada pelo comentário e pelo modo como ela fazia questão de menosprezar a minha vida, minha carreira, meus hobbys e o fato de eu não ser o tipo de mulher que ela era. Eu cresci no meio de três irmãos. O que ela esperava que acontecesse comigo? Era mais fácil eles me incluírem em suas brincadeiras de lutinhas do que todos brincarmos de boneca.

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora