Território neutro queria dizer qualquer lugar fora de Chicago ou de qualquer território da Genovese.
Foi difícil pensar num bom lugar que não estivesse tomado por uma família ou que não soaria como desrespeito.
Esse tipo de coisa é sempre complicada, mas decidi que seria melhor fazer isso em Rockford, porque ficava perto de Chicago e, ao mesmo tempo, não pertencia a nenhuma família específica. Reservei uma sala de reuniões de hotel, e achei que estaríamos confortáveis.
O problema era que aqueles três juntos em uma sala, era como jogar uma bomba e esperar a explosão.
Eram três líderes, tensos, desconfiados e nenhum deles estavam dispostos a ceder o controle.
Nós já estávamos num impasse e silêncio há meia hora, e não havia motivos para desconfiança já que mandei desarmar todos eles e revistá-los antes de deixá-los entrar no hotel.
Massimo estava encostado ao lado da porta, Matteo sentado na cadeira da cabeceira da mesa e Theo olhando pela janela, de braços cruzados.
— Vocês sabem que sairemos daqui apenas quando chegarmos a um acordo ou esclarecimento, certo? Não vejo motivos para prolongarmos essa situação tensa por mais tempo do que o necessário. — Eu interrompi o silêncio desconfortável na sala, tentando aliviar a tensão.
— Você tem noção de que eu sou um viúvo com filhos e um deles é um bebê? — Massimo expressou suas preocupações, mantendo uma postura defensiva.
Eu soltei uma risada irônica, sem que eu pudesse controlar.
Sei que eu deveria ser parcial, já que ele era o único entre os três que não tinha uma ligação comigo. Mas ele era cínico num nível irritante.
— Tenho certeza de que você não passa nem trinta minutos com seus filhos, Massimo. Por que não começamos com você nos contando o que se lembra de ter acontecido naquela noite?
Ele suspirou, parecendo desconfortável, mas ao mesmo tempo, desafiador.
— Seus irmãos loucos sequestraram a minha irmã, me sequestraram e é isso o que eu me lembro.
Agora foi a vez de Theo rir, caminhando até a outra cabeceira e sentou-se. Ambos sabíamos que Massimo estava se fazendo de vitima. Eu só queria entender o como ele conseguia entrar na cabeça do Matteo.
— Se você quer começar com o motivo de estar no nosso galpão, porque não começa falando sobre o atentado contra o Luca na nossa boate, as diversas vezes que vocês nos atacaram e roubaram nossas cargas, Massimo? Você causou isso e agora nem é capo mais.
— A questão é que Dante matou meu pai. — Matteo interveio.
— Dante estava defendendo o Luca, já que seu pai o queria morto apenas porque Luca não quis casar com a Anna. — Theo respondeu.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Proibido Desejo - 4
RomanceUma mulher apaixonada pelo inimigo e uma guerra a ser vencida. Marcella Bianchi precisa decidir entre a lealdade aos seus irmãos e o amor de sua vida. • Sinopse completa no sumário estendido no primeiro capítulo. ©