quarenta e dois

461 52 6
                                    

Eu nunca fui o tipo de mulher que se deixa intimidar por homens, principalmente os homens do meu mundo que nos tratavam como suas prioridades, alguém que foi feito para servi-los

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Eu nunca fui o tipo de mulher que se deixa intimidar por homens, principalmente os homens do meu mundo que nos tratavam como suas prioridades, alguém que foi feito para servi-los. Mas aqui estava eu, com meu filho recém-nascido e prematuro no colo, berrando a todo pulmão, eu estava quase pegando aquele telefone e implorando para que Theo cedesse a qualquer coisa que Enrico estava pedindo.

Eu faria qualquer coisa, até mesmo ajoelhar aos pés dele se fosse necessário para garantir a segurança do meu filho.

Mas parecia que Enrico era maníaco o suficiente para sequer se importar que um recém-nascido estava chorando nos meus braços.

A pediatra ainda estava ao meu lado, implorando que eu entregasse o meu bebê a ela, mas eu não confiava em ninguém naquele momento.

Enquanto mantinha Ottavio no meu braço, mantinha a arma empunhada em outra mão, mas hesitei em atirar para não estressar o meu bebê ou afetar os ouvidos dele.

Enrico caminhava de um lado para o outro, claramente irritado pela situação. Ele olhava para mim com um misto de desprezo e algo que eu não conseguia decifrar. Ele parecia saborear o poder que tinha naquele momento, o que só aumentava meu desprezo por ele.

— Por Deus, faça essa criança calar a boca. — Ele disse, irritado.

— Se você acha que vai conseguir alguma coisa tratando meu filho assim, está muito enganado — respondi com firmeza, embora meu coração estivesse disparado.

Ele se aproximou de mim, sua presença intimidante aumentando a pressão. Seus olhos estavam fixos nos meus, frios e calculistas.

— Você não está em posição de negociar, Marcella. Eu não vou repetir. Entregue o bebê à pediatra, agora.

Eu olhei para a doutora, que ainda me encarava com aquela preocupação genuína. Meu coração apertou.

— Acho que ele pode estar com fome. — Disse a enfermeira.

Ela sugeriu isso com a voz trêmula, claramente intimidada pela presença de Enrico, mas também determinada a ajudar.

— Você escutou, eu preciso amamentar meu filho. — Apontei a arma para ele — Se você der qualquer passo em falso, lembre-se que eu também posso aturar em você.

Ele hesitou por um momento, então deu um passo para trás, fazendo um gesto impaciente com a mão.

— Faça o que precisar, mas faça rápido. — Ele disse com uma voz fria.

Com cuidado, fui até uma cadeira no canto da sala e me sentei, tentando ignorar o olhar penetrante de Enrico e o choro insistente de Ottavio. Comecei a amamentá-lo, sentindo um misto de alívio e desespero. O pequeno começou a se acalmar, e pela primeira vez em horas, senti uma onda de tranquilidade.

Eram apenas as primeiras horas de sua vida, e ele já estava lidando com esse tipo de situação.

Enquanto ele se alimentava, meus olhos não deixavam Enrico um segundo sequer. Sabia que a qualquer momento ele poderia fazer algo imprevisível.

Proibido Desejo - 4Onde histórias criam vida. Descubra agora