Six

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"Você não vai perceber o que perdeu até descobrir o que tinha. Vai ser arrasador."

Faziam pelo ou menos dez minutos que eu estava do lado de fora da cafeteria, ainda tentando processar o fato de que Hinata construíra uma família sem mim.

A culpa era toda minha de qualquer forma. Hinata me amava incondicionalmente, foi eu quem decidiu ir embora e não voltar. Anos atrás, eu não imaginei que fosse ser tão ruim assim, era isso que eu queria para Hinata, alguém melhor do que eu. Mas, hoje vendo que ela está de fato com outro alguém, faz meu coração dilacerar. É como uma dor que não tem fim, o peito fica apertado e a respiração tensa. Será que ela o ama da mesma forma que me amava?

Cerro as mãos em punhos, tentando afastar esses pensamentos. Hinata é feliz, não é isso que eu queria?

Nós não temos mais nada haver um com outro, talvez eu devesse parar de tentar me intrometer em sua vida. Ela já tinha deixado claro que queria distância de mim, e de qualquer forma, eu não queria que ela tivesse problemas com o marido.

Sasuke veio até aqui porque queria se casar, se ele não saísse da cidade com uma noiva, eu o obrigaria a se casar com a primeira prostituta que visse. Eu já estava querendo ir embora. Konoha havia sido uma péssima ideia, eu sabia que seria desde o início. Ainda havia Neji...

Dou um soco no ar. A pressão do vento não me machuca e desejo estar em uma academia, socando qualquer coisa que possa aliviar minha raiva.

Minha atenção é atraída até a porta quando ela é aberta com força. Desvio o olhar para lá e engulo em seco. O filho de Hinata sai para fora do estabelecimento, ele parece estar animado com algo e o pai vem logo atrás, sorrindo para criança. Desvio o olhar deles, é demais para mim.

— Boruto! — o ouço chamar. Meu olhar novamente é atraído até eles.

O pequeno Boruto está correndo na frente, seu rosto está sujo do que parece ser chocolate.

Vejo-os atravessar a rua. O homem está segurando a mão de Boruto. Eles param em um ponto de ônibus.

Tranco o maxilar.

Este inútil não teve a capacidade de dar um carro  a Hinata? Ele e a criança vão mesmo andar nesses ônibus caóticos de Konoha? Eu não me espantaria se um deles perdesse a roda no meio do percurso, essa é a segurança que ele dá ao próprio filho?

Antes que eu possa prever, meus pés estão me conduzindo até o outro lado da rua. Me aproximo do banco aonde estão. Boruto está de pé sobre o banco, esticando-se para pegar uma flor roxa de uma árvore atrás, mas ele é baixinho e não dá altura. Seu pai não percebe o esforço que está fazendo, está entretido com algo no celular.

Me aproximo devagar. Pego a flor que ele está tentando alcançar. Seus pequenos olhinhos azuis vagueiam em minha direção. Ele olha para a flor em minhas mãos, minhas roupas e por fim o meu rosto. Não a conhecimento em seu olhar.

SmithereensOnde histórias criam vida. Descubra agora