Twenty One

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Desde de que Naruto entrou naquele avião, passei os próximos três dias chorando

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Desde de que Naruto entrou naquele avião, passei os próximos três dias chorando.

Consegui ir ao bar porque não queria que Shikamaru aparecesse de repente em minha casa, fazendo perguntas. Mas, todo o tempo em que eu passava sozinha, eu estava chorando. Pensando nele para para ser mais precisa.

Naruto havia aparecido do nada em minha vida, chegou com um sorriso bonito, oferecendo-me um copo de bebida. Aceitei. Achei que ele seria só mais um. Então, ele me perguntou desde quando eu tocava piano.

Sério?!

Estávamos em um bar e a maioria dos caras que aproximavam-se de mim eram diretos. Pagavam uma bebida e perguntavam se eu não estava afim de ir para algum lugar mais reservado, como um quarto de motel talvez. Pessoas assim me davam nojo. Mas, Naruto foi diferente. Eu vi que ele tinha sim interesse em mim, mas ele parecia fazer questão de saber quem eu era e quando eu olhei em seus olhos e percebi tristeza ali, eu senti vontade de saber quem ele era.

E ele era incrível.

Ouvi a campainha soar e afundei meu rosto no travesseiro. Pensei em fingir que não tinha ninguém em casa, mas no geral, ninguém me visitava. Só poderia ser Shikamaru ou Kurenai e eu não negaria abrir a porta para nenhum deles, além de que se fosse mesmo Shikamaru e eu não abrisse a porta, ele pularia facilmente meu portão.

Eu gostava do carinho que eles tinham por mim, mas no momento, eu estava deprimida demais para conversar com alguém, quem quer que fosse.

Resmunguei e pus os pés para fora da cama, levantando-me depressa. Minha cabeça girou e meu estômago ficou enjoado de repente. Corri para o banheiro e só tive tempo de me ajoelhar em frente ao vaso antes de colocar todo meu almoço para fora.

O gosto do vômito era horrível. Cambaleei para trás e me sentei no chão, esperando a náusea passar.

— Você está bem, Hinata?

Olhei para o lado, assustando-me quando vi Shikamaru ali.

Normalmente eu soltaria uma risadinha e o repreenderia por ter invadido minha casa. Mas, agora eu estava com a boca suja de vômito, minha cabeça girando e uma bela obra de arte dentro do vaso sanitário.

Me levantei, dei a descarga e fui até o lavabo. Peguei minha escova de dentes e comecei a me higienizar. Shikamaru estava de olho em mim.

— Você não pode ficar invadindo minha casa assim, Shikamaru! — eu disse a ele, cuspindo a pasta de dente.

Enxaguei a boca e o vi passar os olhos por todo meu banheiro.

— Eu sei que você é meu amigo, mas não preciso que fique em cima de mim o tempo todo.

Eu queria sim a amizade dele o tempo todo. Só não queria que ele me visse vomitar. Era constrangedor.

— Você está com virose? — ele me perguntou.

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