Twenty

100 10 0
                                    

Passavam das duas da manhã e Neji não havia chegado ainda

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Passavam das duas da manhã e Neji não havia chegado ainda. Hinata saiu do quarto, vestindo-se com suas roupas e perguntou o porquê eu não havia voltado. Puxei seu corpo para perto do meu e a abracei com força. Hinata imediatamente entendeu que tinha algo de errado.

Neji não demoraria tanto assim, não sem avisar. E já faziam mais de três horas que ele havia saído para buscar as bebidas.

"Não aconteceu nada com ele, não aconteceu nada com ele!" — repeti em minha mente, como forma de mantra. Ainda estava abraçado com Hinata, usando-a como suporte.

— Está tudo bem. — ela murmurou, beijando o topo da minha cabeça, assim como eu costumava fazer com ela.

Quis mais que tudo acreditar naquelas palavras.

A porta da sala abriu com força, estávamos todos sentados no sofá e nos viramos para ela, com expectativa de ver Neji passar por ali. Era Hizashi quem chegou.

— É melhor ligar para polícia. — ele falou.

Quando havia se passado duas horas que Neji não havia voltado, Hizashi saiu para procura-lo tanto no bairro quanto perto do mercado.

— Neji não está em lugar nenhum. — completou. Havia preocupação em seu olhar.

A mãe de Neji voltou a se sentar no sofá. Suas mãos estavam tremendo.

— Por que ele está demorando tanto, meu deus?! — ela questionou em voz alta.

Me levantei do sofá, incapaz de ficar quieto naquele momento. Eu só conseguiria descansar quando Neji estivesse de volta ao lar.

— Eu vou procurar por ele. — falei.

Hinata olhou preocupada para mim, mas não disse nada para me impedir. Sasuke se levantou do sofá também.

— Eu vou junto.

Assenti e caminhei em direção a porta, mas antes que pudéssemos sair, o telefone começou a tocar. Recuei meus passos e voltei para sala, esperando que Akari atendesse a ligação.

— Neji? — ela sussurrou.

Akari ficou quieta por alguns segundos, ouvindo o que quer que a pessoa do outro lado estivesse dizendo. Todos estávamos na expectativa. Seus olhos marejaram e ela começou a chorar.

— O que?! Como?... Não... Não... Não... Não.... Isso não pode...

Quando Hizashi correu para ampara-la, Akari já estava ajoelhada no chão e suas lágrimas escorriam desenfreadas. Seu choro era angustiante e doloroso. Eu não sabia o que havia acontecido, mas jamais me esqueceria daquela cena, a mãe do meu melhor amigo chorando a plenos pulmões depois de receber um telefonema no meio da noite.

Senti o ar ficar escasso, entrando com dificuldade em meus pulmões. Eu estava começando a me desesperar e se não me acalmasse, eu cairia ali no chão, tão abalado quanto Akari.

SmithereensOnde histórias criam vida. Descubra agora