Twenty Two

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"Era o seu sorriso que me dava forças

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"Era o seu sorriso que me dava forças."

Fiquei observando Hinata se afastar da porta de casa, mergulhado em pensamentos.

Estava voltando tudo de uma vez. A morte dos meus pais, o início da minha carreira no exército, o Haiti, meu primeiro encontro com Hinata, a morte de Neji, nossa despedida... Somado ao fato de que agora eu sabia que tínhamos um filho e que eu deveria escolher entre ele e minha carreira, estava começando a hiperventilar.

— Você está bem Naruto?

Puxo a respiração com força, sentindo-a entrar com dificuldade.

Sinto um toque sutil em minhas costas e sou puxado para dentro de casa.

— O que houve, Naruto? — ouço Temari perguntar. Ela fecha a porta atrás de mim e me viro num impulso, socando a madeira com força.

Temari se afasta de mim, e eu fico vendo o estrago que causei. A madeira rachada e o sangue das minhas mãos pingando no carpete.

— O que houve, Naruto? — Temari volta a repetir.

Tento inalar o ar devagar e então, sinto meu rosto ficar molhado.

— Você está chorando? — ela pergunta, surpresa. — O que houve?

— Temari, por favor, me dê um tempo! — grito.

Ela levanta as mãos em rendição, nem um pouco afetada com meu mal humor.

Eu não estava de mal humor. Na verdade, estava confuso.

Quando beijei Hinata ontem a noite, pela primeira vez depois de muitos anos, senti como se tudo fosse ficar bem. Então, tivemos uma noite intensa e no dia seguinte ela simplesmente se arrepende. Além, me fazer escolher entre as duas coisas mais importantes da minha vida.

É claro que Boruto viria em primeiro lugar. Eu jamais o abandonaria, não agora que sabia sobre sua existência.

Percebo Temari sair da sala, ainda estou parado em frente a porta, encarando meu sangue no chão. Acho que surtei um pouco.

Eu deveria ter dito para Hinata que escolheria nossa família em primeiro lugar. Se tivesse dito, talvez ela estivesse aqui, mas não... Agora ela deve estar indo de encontro ao almofadinha do Toneri.

Fecho meu punho com força. Meus olhos estão fechados e imaginar aqueles dois juntos me mata por dentro. Eu não deveria me sentir assim tão possessivo em relação a Hinata, apesar de tudo, aquele cara parece ser importante para ela e o meu filho, mas simplesmente não consigo. Não consigo aceitar a ideia de ter outro homem a consolando ou tocando-a. E é tudo minha culpa. Se eu tivesse voltado como prometi anos atrás, hoje estaríamos casados e quem sabe com um segundo filho. Mas, eu preferi ficar me remoendo em culpa e decidi sozinho o que era melhor para Hinata. Por ironia, talvez um merda como eu pudesse ser o melhor. Ela me ajudaria a cuidar das minhas cicatrizes e seríamos uma família feliz, unida e saudável em todos os sentidos.

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