Hinata é uma mulher com questões mal resolvidas em sua vida e quando em um dia aleatório da semana ela vê um cara loiro atravessar a porta do bar aonde se apresenta, todos os seus fantasmas voltam a tona. Naruto e Hinata tem uma história mal acabada...
A maioria dos capítulos do arco passado serão narrados pelo Naruto já que estamos falando dele.
Nenhum conflito narrado por Naruto é verdadeiro ( me refiro as guerras) serão todos fictícios, assim como peguei um lugar aleatório.
Continuo pedindo paciência para vcs, vou tentar ser breve nesse arco, embora esteja esperando conseguir passar os sentimentos necessários para vcs!
Boa leitura! Votem e comentem! 🫡💗
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Subo no púlpito* assim que ouço o padre chamar meu nome. Não há muitas pessoas na igreja, mas mesmo assim fico nervoso.
— O meu pai... — travo.
Eu havia planejado um discurso fúnebre de última hora, mas as palavras fugiram-me da cabeça. Acho que era querer demais de um garoto de dezenove anos que ficou sabendo da morte do pai há exatas seis horas atrás. Eu simplesmente não sabia o que dizer. Nem o que sentir.
Meu pai não era um homem ruim, mas depois que minha mãe morreu, eu mal o conhecia. Éramos dois estranhos morando na mesma casa.
Eu poderia simplesmente fingir nervoso e descer do palco correndo. As pessoas acreditariam que eu estava abalado demais para discursar, mas então meu pai ficaria sem suas últimas palavras de homenagem.
Respiro fundo.
Meu pai teve um infarto no meio da noite, ele estava sozinho em casa e não havia ninguém para ajuda-lo. Tento não imaginar a cena, é angustiante e eu nem sequer sabia que ele estava doente. Achei que seu coração fosse bom, assim como o resto da saúde.
— Quando eu era criança... — tento recomeçar — Não entendia o porquê meu pai parecia ser diferente dos outros pais. Minha mãe costumava dizer que era o jeito dele de amar. Ele se aproximava de mim, fazia um carinho na minha cabeça e sorria. Podia parecer pouco, mas aquilo fazia meu dia melhorar cem por cento. Ele me deixava escolher os filmes nas noites de terça porque sabia que eu odiava seus programas preferidos. Ele me ensinou a lutar porque não queria que eu chegasse machucado da escola outra vez. E em uma quinta feira aleatória, nós andamos 5km diretos para chegar em um lago no meio do mato, estava calor e todos tinham uma piscina em casa. Nós não. Mas, andar com meu pai e escuta-lo dar conselhos de vida era melhor experiência que eu pude ter na época. Sigo seus conselhos até hoje.
Respiro fundo outra vez.
Essas eram minhas melhores memórias com meu pai. Se houvessem outras, eu não me lembrava. Depois disso nos afastamos e eu não queria falar sobre isso.
— O jeito do meu pai de amar era diferente, mas ele estava sempre preocupado com todos, principalmente comigo e com minha mãe. — viro-me para seu retrato. Ele está usando uniforme militar — Eu tenho orgulho do homem que meu pai era, ele serviu com honra esse país e nunca demonstrou medo. Quando nos vimos pela última vez, ele me abraçou forte. Nunca pensei que aquilo pudesse ser uma despedida, mas cá estamos nós. — sorrio triste. Uma lágrima escapa — Ele bateu continência para mim.