Hinata é uma mulher com questões mal resolvidas em sua vida e quando em um dia aleatório da semana ela vê um cara loiro atravessar a porta do bar aonde se apresenta, todos os seus fantasmas voltam a tona. Naruto e Hinata tem uma história mal acabada...
A gente ta em um arco que eu confesso que queria escrever ele todo primeiro antes de postar, mas quem disse que eu aguento? Só vamo na fé!
Fiquem cientes que os capítulos terão pequenos saltos no tempo agr!
Capítulo será narrado por duas pessoas diferentes e terá uma narração especial ! 👀
Boa leitura!
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Minha respiração era lenta e meus ombros doíam com o peso do garotinho acima de mim. Tentei olhar para cima, mas tudo o que vi foi a prateleira marrom a minha frente.
— Jin, você "zá" pegou o biscoito? — perguntei.
— Só mais um pouquinho! — ele respondeu.
Senti meus ombros doerem mais, como se Inojin estivesse se esticando para dar altura. Tentei olhar para cima novamente e tudo o que consegui ver foi o pote de biscoitos a um triz de cair no chão.
— Jin! — o chamei, segurando ainda mais firme seus pés — "Aço" que vai cair!
— O que?! — ele perguntou, inclinando-se para olhar para mim.
Senti seu peso ir para trás e tentei segura-lo firme para impedir sua queda, mas caímos nós dois no chão. Senti meu bumbum e meus pulsos doerem depois de tentar amenizar minha queda. Inojin estava atrás de mim, todo espatifado no chão.
— Jin! — me levantei indo até ele. — Você ta' bem?
Ele abriu seus olhos esverdeados que estavam cheios de lágrimas. A queda deve ter doído muito e eu me senti culpado por não conseguir segura-lo.
— Minha mão ta "dueno"! — ele respondeu, começando a chorar.
— Não chora, Jin!
Senti meus olhos marejarem. A ideia de roubar biscoitos havia sido toda de Inojin, mas fui eu quem não conseguiu segura-lo e agora ele estava chorando. Se nossas mães soubessem iam matar a gente.
Passos soaram pela casa e imediatamente eu soube que a tia Ino havia descido do seu quarto. Com sorte, se Inojin parasse de chorar, nossa travessura seria um segredo só nosso.
— Não "chola"! — eu tentei consola-lo.
Ele assentiu com a cabeça, percebendo o risco que corríamos. Estendi a mão para ajuda-lo a se levantar e o puxei com força. Senti o armário contra as minhas costas e Inojin caiu em cima de mim. O armário tremulou e o som de vidro se estilhaçando soou alto. O pote de biscoitos havia caído no chão bem ao nosso lado. Sobrevivemos a morte por um triz.
— O que está acontecendo aqui? — tia Ino surgiu na porta da cozinha, colocando as mãos no quadril.
Ela e Inojin eram tão parecidas quanto eu me parecia com meu papai. Inojin e Ino eram loiros e tinham os olhos verdes. Mamãe sempre dizia que Inojin era um garotinho lindo, o que me fez não gostar dele no início, já que eu não gostava da mamãe elogiando alguém que não era eu. Mas, nós éramos vizinhos e estudávamos juntos, nossas mães se tornaram amigas e faziam com que a gente brincasse junto. Não era tão ruim assim ser amigo do Jin, embora ele sempre colocasse a gente em enrascadas.