É assim que começa

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Ilustração fazenda
( esconderijo)

Depois de ter ido para cama já tarde, eu não conseguia dormir com aqueles zumbis rodeando o local. Apenas fui dormir quando tive certeza de que eles haviam ido embora.

Os gemidos agoniantes daqueles zumbis eram como um martelo em minha mente. Aquele som que eu repudiava. Era uma tortura tentar dormir com todos aqueles sons.

Depois de tudo aquilo eu nunca mais dormi direito, e como poderia? Medo de dormir e a casa ser invadida por mortos vivos, ou até mesmo outras pessoas... Eu realmente não espero mais nada de ninguém neste mundo.

Desde o apocalipse, as pessoas se tornaram mais egoístas do que eram antes. Matam por esporte. Torturam por diversão. Não podia confiar em ninguém agora... Era solitário, e principalmente perigoso.

Logo já eram 05:00 da manhã, acordei assustada mais uma vez. Me sentei sobre a cama e passei as mãos sobre o rosto, e logo olhei a janela que havia deixado aberta para entrar um ar. Bom, não tinha problemas, já que era uma casa de dois andares.

O vento estava parado, uma leve brisa gélida soprava pelo ar, pouco ar entrava, o clima estava frio e o vento estava remoto. A única coisa que refrescava o quarto, era o frescor de uma noite sem vento.

Vesti um moletom preto pois era muito cedo e estava frio, fui até a janela e pulei para ir ao telhado. A cidade estava completamente arruinada pelo apocalipse. Eu podia ver parte dela pelo telhado esburacado. Era uma completa ruína do que um dia fora uma civilização. E agora a única coisa que sobrou foi os restos do que um dia fora humano.

Havia muito mato pelas ruas, um tipo de capim que crescia sem parar. Os asfalto das ruas aos poucos foram se tornando pequenos buracos ou grandes crateras pela chuva. Era ironia pensar que após tanta gente morrer e o mundo literalmente parar, era como se o clima se tornará mais puro e fresco sem a intervenção da mão humana nele. Não havia indústrias com suas fumaças que só causavam o aquecimento global.

Não havia pessoas desmatando as florestas e nem os animais. Quero dizer, a natureza cresceu e se desenvolveu sem uma grande população. Entretanto com os animais era outra história, os zumbis comiam os animais assim como comia as pessoas. Mas se você tivesse sorte, você veria algum animal correndo pelas florestas.

Era triste saber que os destinos dos animais eram o mesmo que o nosso...

Suspiro pesadamente como se houvesse uma âncora no meu peito.

Olho para a cidade mais uma vez tentando esquecer esses pensamentos auto depressivos. Os prédios que havia na minha cidade estavam se deteriorando aos poucos, assim como as casas. Era tudo tão vazio...

Ali comecei a observar ao redor, queria saber se havia algum sinal de zumbis, não tinha nenhuma. Era sempre assim, ficar em silêncio e manter a guarda alta para sobreviver, ou se você fosse estúpido e abaixasse sua guarda, bom, você assinaria sua carta de morte com uma placa em sua testa escrita "Sou um otário".

Era realmente estranho, eu não estava acostumada com esse silêncio mortal. Estava tudo muito calmo de mais, as ruas mais a frente estavam vazias, a única coisa que se mantinha era brisa gelada da manhã. O céu estava em um tom azul bem escuro, logo já amanheceria.

Então Lauren, decidiu que iria buscar suprimentos, a morena havia feito uma lista de suprimentos e tudo mais que ela precisaria em casa de emergência, como remédios e um kit de paramédicos. E não poderia passar de hoje para conseguir, ela estava sozinha, mas dava conta.

Logo vestiu seus tênis, colocou seus cabelos para dentro do capuz do moletom e pegou sua katana.

A semanas atrás, o casal que morava nesta casa foram mortos. Quando Lauren chegou a casa viu o homem enforcado e a mulher com um tiro na cabeça. O homem aparentava ter seus 38 anos, ele tinha uma barba um pouco grisalha e os cabelos castanhos com alguns fios cinzas. A mulher parecia ser alguns anos mais nova, talvez ela estava na sua faixa etária dos 34 ou 36 anos, ela era loira e estava um pouco magra.

The City of the Dead - The walking DeadOnde histórias criam vida. Descubra agora