É difícil explicar o que se passou em minha mente naquele momento. Eu, definitivamente, tinha um objetivo ao entrar naquele quarto e, por mais tentador que fosse repetir o que tinha acontecido antes na sala, esse não era o foco no momento. Mas, no momento em que ele levantou e veio em minha direção, tudo o que eu fiz e quis foi seguir os meus instintos: o tomei pela cintura, trouxe o seu corpo para o meu e busquei os seus lábios com os meus.
Se houve hesitação foi por poucos segundos: ele respondeu ao meu toque com a mesma intensidade. Suas mãos que antes estavam em meu ombro, logo procuraram a minha nuca e, mais uma vez, ele tomou o controle de nosso beijo. Ele puxava o meu cabelo, movia o meu rosto da maneira que ele queria e tomava a minha boca do jeito que ele queria. Eu precisava de mais. Minhas mãos começaram a buscar o corpo escondido por debaixo daquela camisa e, nesse momento, ele foi diminuindo a intensidade do nosso beijo, deixando pequenos estalinhos em meus lábios. Enquanto ele ofegava, meus lábios procuraram outro lugar para explorar e logo me encontrei em seu pescoço.
"Espe.. Espera.." disse Dunk, tentando recuperar o fôlego. Foi realmente difícil entender e atender o pedido dele, e precisei de um momento, com a minha cabeça ainda encaixada em seu pescoço, para tentar me recompor.
"Você tá bem ai?" ele continuou, agora acariciando a minha nuca e o início das minhas costas.
Respirei fundo e, finalmente, o encarei. Não sei o que ele viu em meu rosto, mas ele soltou uma risadinha, me deu um selinho e disse enquanto corria os dedos pelo meu peito: "Você não acha que precisa de um banho?! Por mais gostoso que você seja, você está cheirando a sangue...".
O puxei para perto de mim novamente, corri meus lábios novamente pelo pescoço dele e senti o seu corpo estremecer, então perguntei: "Vem comigo?!"
Ele se afastou de mim e, por um momento, pensei que ele recusaria. Ele, então, tirou a camisa que vestia e foi andando em direção ao banheiro sem falar nada. Todas as atitudes dele emanavam poder e vontade de estar no controle e, sinceramente, eu não sabia o que estava acontecendo comigo essa noite, pois ceder controle era algo que eu não costumava fazer. Tirei minha calça e o segui. O encontrei fazendo o mesmo, só que embaixo da calça dele não tinha mais nada. A visão que tive daquele homem de costas me fez perder o resto do controle: todo o seu corpo parecia desenhado por músculos e a tatuagem que ornava sua escápula direita era a cereja do bolo. Ele, com toda a certeza, percebeu que eu estava, praticamente, o engolindo com meus olhos e andou calmamente para dentro do box. Diferente dele, os meus passos foram rápidos, as minhas mãos certeiras e os meus lábios precisos: o segurei pela cintura e comecei a percorrer a sua nuca, ombros, costas. Ele estremeceu mais uma vez aos meus toques e senti a água cair sobre nós.
Ele virou, me empurrou em direção a parede e, mais uma vez, buscou assumir o controle. Pegou meu rosto, trouxe para o seu e fez questão de explorar minha boca novamente. Enquanto fazia isso, tentei mover minhas mãos pelo corpo dele, mas ele fez questão de colocá-las em sua cintura novamente. Ele passou a mão pelo meu torso e o toque dele misturado com água que caía sobre nós fez o meu corpo todo se arrepiar. Senti um sorriso de vitória no meio de nosso beijo ao mesmo tempo que ele passou a brincar, agora, com o elástico da cueca que, infelizmente ainda cobria a parte debaixo do meu corpo. Tudo o que passava na minha cabeça era tirar aquela peça de roupa e, por isso, mais uma vez tentei mover as minhas mãos de sua cintura, o que me rendeu uma bela mordida no meu lábio inferior.
"Não mova suas mãos, ou então, vamos parar por aqui", ele disse agora olhando seriamente, ou melhor, sexymente, em meus olhos. O segurei, então, fortemente, pela cintura e o trouxe para perto de mim, fazendo questão de roçar o meu membro, ainda preso, no dele. Um som tão sexy emanou dele e tudo o que passou pela minha cabeça responder o homem foi o quanto eu o desejava: "Tá bom assim?! Farei o que você quiser, mas quero sentir você...", comecei sussurrando em seu ouvido e depois de dar uns beijos em seu pescoço, "Tira pra mim...", disse a ele que parecia completamente fora do personagem. Continuei beijando seu pescoço, seus ombros e percebi que meu pedido estava sendo atendido: os dedos que antes brincavam com o elástico, agora se esforçavam para tirar aquele pano de mim.
Ele procurou novamente a minha boca, meu pescoço e disse em um dos meus ouvidos: "Você tem 10s pra tirar isso..".
E foi o que eu fiz... No começo.
Ao jogar a peça infernal para longe, percebi que a minha visão agora era privilegiada: o membro dele brilhava e pulsava a minha frente. E mesmo gostando de tê-lo no controle, o desejo de tê-lo em minha boca foi maior. Passei a minha língua por toda a sua extensão e senti que as pernas do homem a minha frente bambearam. O segurei, então, pela cintura, como ele queria e o tomei em minha boca. O som que ele emanou, mais uma vez, foi tão insano que fez o meu próprio membro pulsar. Percebi que para manter o equilíbrio, ele agora se apoiava na parede. Então, passei a fazer movimentos com a língua e a trazê-lo cada vez mais fundo em minha garganta. Fiz questão de explorar cada centímetro dele e sabia, pela maneira que ele segurava no meu cabelo e gemia, que estava fazendo um trabalho. O tirei um pouco da boca e passei a língua pelo seu saco e senti que, naquele momento, se eu não o tivesse segurando, ele teria caído. Sorri para mim mesmo e voltei a engoli-lo. Não demorou muito para que ele desse sinais que iria gozar e, por isso, começou a forçar a minha cabeça cada vez mais próxima a seu corpo. Fiz, mais uma vez, o que ele queria e só ouvi, algo do tipo: "Ar.. chen..", antes que o seu líquido preenchesse minha garganta.
Foi a primeira vez que alcancei o meu próprio êxtase sem nenhum toque e também foi a primeira vez que ouvi um som tão sexy quanto aquele. Eu só podia estar ficando louco.
NOTAS DA AUTORA:
DEMOREI, MAS VOLTEI. Nervosa demais com esse capítulo.
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Midgnight City
RomansaDois mundos, dois homens, uma sexta-feira, um golpe. Archen, aka Boto, é um subchefe do tráfico, responsável por uma das áreas mais ricas e violentas. Ele vê na descoberta que o braço direito do seu líder está trabalhando para a polícia a oportunida...