11.

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A mão forte segurava o taco em cima da mesa, Jumpol se curvou observando a bola como se sua vida dependesse disso, suas mãos não tremiam mas seu rosto teimava em lançar um sorriso astuto em minha direção.

Eu não tremi, quando seu taco bateu na bola branca, e não desviei meu olhar de seu rosto presunçoso.

Ele se ergueu me avaliando.

—Sua vez.

Era isso ele tinha errado. Avaliei o jogo a minha frente, agora a bola branca estava ao lado da bola alvo, as duas sozinhas em frente a caçapa.

Seu erro, tinha facilitado meu jogo.

Caminhei ao redor da mesa, traguei um gole do copo de whisky me curvando o suficiente para que o taco chegasse próximo da bola.

Tudo estava em silêncio, quando a bola desceu pela caçapa. Sorri me voltando para Jumpol, ele me observou com seus olhos avaliadores.

—Então eu ganhei. —Disse, colocando o taco em cima da mesa.

—O que você quer Gun?

—Te digo um dia. —Respondi, virando o copo de whisky na boca. Virei de costas para Off saindo da sala. No momento que abri a porta. Os homens amontoados quase caíram para dentro. —Sabiam que ouvir a conversa dos outros é falta de educação?

—Ah desculpe Gun. —Tay respondeu pigarreando em quanto arrumava o terno. O homem atrás de mim caminhou até nós nesse meio tempo.

—Bom o jogo acabou. —Jumpol disse. —Ja está tarde estão todos dispensados.

Ele passou por nós em direção a saída do bar sem mais nenhuma palavra. Sorri para Tay amigavelmente antes de seguir Jumpol porta a fora.

Nam estava sentada em uma cadeira ao lado da porta do bar quando nos aproximamos. Jumpol se virou para um de seus homens e pediu o carro antes de segurar a mão de Nam e a ajudar a se levantar.

—Se divertiu querida?

—Nada é divertido nessas suas reuniões. Como estão os dois?

—Gun ganhou de mim. —Ele respondeu asperamente. Eu apenas revirei os olhos e sorri para Nam.

—Parece que isso o incomodou... —Nam deu uma piscadela em minha direção.

Eu quase ri alto, mas apenas os segui em direção ao carro. Quando chegamos no casarão, Nam subiu para seu quarto, Jumpol seguiu para o escritório e eu voltei para meu quarto.

Sentia que ia quebrar o piso de tanto andar de um lado para o outro, agora depois de um banho e de pijama, eu caminhava tentando clarear minha mente.

Minha cabeça focada naqueles olhos desafiadores, tão seguro de si que nunca imaginou que perderia para mim.

Sentei na cama bufando, afastei o cabelo de meu rosto, como se isso fosse afastar a confusão de minha cabeça.

Passei alguns minutos encostado ali, antes de sair porta a fora.

Respirei fundo algumas vezes, antes de empurrar a porta do escritório e entrar no ambiente silencioso.

O homem que lia algo na enorme mesa, levantou a cabeça impaciente, no momento em que seus olhos me viram, seu rosto adquiriu um tom de choque.

Ele piscou algumas vezes, coçou os olhos, mas não disse uma única palavra. Eu fechei a porta atrás de mim e caminhei em sua direção, desviando do busto de gesso.

Jumpol observou a minha aproximação, largando o papel que segurava na mesa. Dei a volta na mesa parando do seu lado, ele se virou de frente para mim, como se nossos movimentos estivessem interligados.

Nos observamos em silêncio por um momento. A luz da lua iluminava a sala em um tom prateado. Eu podia ver as suas reações com clareza.

—Eu ganhei de você. —Falei, ele assentiu lentamente. —Não vou usar meu passe livre agora, mas tenha em mente que eu ganhei.

—Eu sei. Sei que você ganhou.

—Você tem certeza que me daria qualquer coisa que eu pedisse?

—Sim. —Respondeu sem sequer pensar, a máscara de líder tinha se perdido em algum momento desde que entrei em seu escritório. Agora ele só me encarava com a intensidade algo que ainda me era misterioso.

—Você... Trocaria qualquer coisa que eu quero, por apenas uma noite comigo? —Ele assentiu, eu sorri para aquela concordância maluca. Quem daria qualquer coisa em troca disso? —Porque?

Ele desviou o olhar do meu por um breve instante. Minha mão puxou seu rosto de volta para mim pelo seu queixo. Nossos olhares voltaram a se encontrar eu me curvei em sua direção.

—Não importa o motivo.

Eu não respondi, nossos rostos estavam próximos um do outro. O suficiente para que eu pudesse ler a ansiedade que crescia em seus olhos.

—Khun Jumpol.

—O que?

—Não vai me perguntar porque estou aqui?

—Porque está aqui?

Avaliei seu rosto ansioso por um momento, antes de aproximar minha boca de seu ouvido, o suficiente para que ele ouvisse meu sussurro.

—Eu vou lhe dar o que deseja.

Quando me afastei para ver sua reação, ele me encarava com os olhos arregalados, sua boca estava semi aberta pelo choque.

—Eu, por essa noite.

—O que disse? —A resposta gaguejada dele me fez trazer suas mãos para minha cintura. —Não brinque comigo Gun...

—Eu disse que serei seu essa noite.

—O que? Por que você faria isso? —Jumpol se levantou ficando mais alto que eu, levantei a cabeça para ver seu rosto pasmo.

—Você... Confundiu minha cabeça. Desde o momento em que pisei nessa casa. —O acusei. —Então é minha vez de fazer isso com você.

Seus olhos tentavam procurar o mínimo sinal de piada em meu rosto, suas mãos em minha cintura apertavam minha pele.

—Você vai me confundir Gun?

Se essa era a minha arma contra ele, se eu era exatamente o que ele procurava em um parceiro, então eu a usaria com prazer.

—Sim.

Sua boca tomou a minha, suas mãos me ergueram e me colocaram sentado na mesa, os lábios correram pelos meus com ardor, eu gemi baixinho com suas mãos apertando minhas costas por baixo da camisa.

Nossas respirações saiam com arquejos altos, antes que eu notasse, deitei em sua mesa e deixei que seus dedos abrissem os botões da camisa com pressa, como se eu fosse fugir diante de seus olhos.

Quando ele abriu minha camisa, ele parou por um momento me olhando intensamente.

—Me confunda Gun, ganhe de mim em todos os aspectos. Apenas vença.

Eu sorri para seu olhar faminto. E apenas assenti brevemente.

Liberté • OffGunOnde histórias criam vida. Descubra agora