Por Gun
O clima dentro daquele escritório fazia meu quase sair pela boca, o cheiro do charuto me envolvia tirando meu fôlego.
A boca do comandante tomou a minha e seu corpo moveu-se tão rápido que eu só pude apoiar minha mão em seus ombros fortes, quando suas mãos me ergueram pela minha bunda, me levando a me segurar em seu corpo com as pernas.
O homem que beijava minha boca me colocou sentado na mesa, ainda me monopolizando com sua língua quente e ávida, seu beijo quente terminou com uma mordida no meu lábio inferior.
Minha respiração saia em lufadas fortes, o peito subia e descia e senti minha bochecha corar sob o olhar penetrante do homem a minha frente.
Jumpol se apoiou na mesa ao meu redor, inclinando seu rosto bem perto do meu, seu olhar sério ardia em mim em quanto corria lentamente pelo meu rosto.
—O que está fazendo? —Minha voz saiu em um fio baixo. Deixando o homem sorrindo de lado como um libertino. —Khun Jumpol...
—Saiba que eu não ligo... —A frase desconexa com o que eu disse me fez franzir o cenho, seu olhar ainda estava me deixando ansioso.
Ele parecia só na forma de me olhar, me despir lentamente, sua alma parecia procurar a minha pelo reflexo do meu olhar, mas quando aquela cuidadosa inspeção caía em minha boca Jumpol lambia os próprios lábios lentamente.
Aguentei sua inspeção minuciosa sem mexer um mínimo músculo, permiti que ele me varresse com sua imaginação que parecia ser gritada em voz alta pelos seus olhos.
—Eu quero vê-lo sempre assim Khun Atthaphan.
—Como?
Os olhos famintos de Jumpol voltaram-se para os meus.
Eu começava a me sentir sufocado dentro daquele escritório, como se por um instante ele não fosse minha presa, mas eu fosse a dele.
Senti-me nu diante de seus olhos, mas isso sequer me assustava.
Céus, eu quero, eu sinto o calor tomar meu corpo como se o fogo nascesse do ardor suave que ele deixou em minha boca, que a fazia salivar de fome, por todo meu corpo. Eu estava ardendo em chamas.
—Entregue a mim. —Ele murmurou simplesmente.
—Khun não tem medo? Me conhece a pouco tempo eu posso ter más intenções.
Jumpol riu revirando os olhos, mas não afastou seu rosto que me encarava de igual para igual.
O homem se inclinou em minha direção, pegando algo atrás de mim na mesa, não ousei virar-me para olhar, mas ouvi o som suave do metal, quando minha mão que descansava na mesa foi erguida o suficiente para que o comandante deixasse uma pistola ali.
Deixei que ele manuseasse minha mão sem impedir seu toque, ele me fez segurar a pistola apontando para seu peito.
Nesse momento eu desviei o olhar do que ele fazia em minha mão, olhando seus olhos felinos cheios de uma certeza sólida.
A pistola apontava para seu coração, ele segurava o cano dela ali, como se fosse apenas um brinquedo.
—Atire se quiser Gun.
—Khun Jumpol. —Falei sério, preso nos seus olhos astutos. —O que está tentando fazer?
—Nada, estou te dando o poder.
—Eu sou apenas um membro novo aqui.
—Não, você não é.
Aquele olhar que varria meu rosto se tornou mais duro.
—Eu sei que você sabe.
Silêncio, minha mão não tremia ao segurar a arma ali parada, mas eu sentia ela fria e senti quando começou a suar.
Era óbvio que ele estava me testando, óbvio que não tinha balas naquela arma, mas senti um súbito receio pela primeira vez desde o início de meu treinamento, de chegar ao ponto final de minha missão.
Meu coração ameaçou doer assim que me imaginei apertar o gatilho. Puxei a arma com força de sua mão a jogando de uma vez no chão, o barulho ato do metal no mármore me tirou do topor.
—Como o senhor pode brincar com isso?
—Eu não estou brincando.
Senti o sangue correr rápido, quando o empurrei o suficiente para pular de sua mesa. Off se moveu respeitosamente afastando o corpo de mim mas não desviando o olhar de meu rosto.
A arma no chão parecia brilhar com luz própria, me lembrando de anos de treinamento, da necessidade de proteger a liberdade das pessoas naquele país, de tudo o que eu sabia como certo e errado.
—A próxima vez, que você ousar brincar com algo assim, saiba que eu reagirei de forma definitiva sobre o senhor Khun Jumpol Adulkttiporn.
O brilho perigoso de sempre cruzou seu olhar antes que ele risse cruzando os braços no peito.
—Eu não estou brincando Gun. —A voz séria e perigosa só me deixou mais irritado. —Saiba, que eu espero ansiosamente por isso.
Nos encaramos por um momento com a raiva transbordando de meu coração, caminhei até a pistola a pegando na mão, quando me ergui apontei para ele, com o busto entre nós.
O homem sequer se mexeu diante da pistola, mas era óbvio que ele não sentiria o menor tremor daquele seu teste patético sobre a minha lealdade.
—Eu não serei o seu brinquedinho! Ainda mais dentro do teto que você divide com a sua mulher. —Comecei o discurso sentindo aquela pressão sob a posição de Nam naquela casa sendo acrescentada a minha pilha de desentendimento contra o homem a minha frente. —E muito menos vou aceitar você me tratar como um traidor! Ainda mais depois de ontem, não pensa que o que aconteceu ontem prova minha lealdade?
Jumpol sequer balançou de seu pedestal de líder, ele não se moveu para fugir da mira da arma e sequer tremeu ao me responder.
—O que prazer tem a ver com lealdade? Acha que na história ninguém nunca dormiu com o inimigo?
—Está insinuando o que?
—Nada Khun Atthaphan... Mas saiba que você está no poder disso.
—Poder do que? De apontar uma arma vazia para você?
Meu inimigo riu de novo, deixando as mãos caírem, sendo colocadas nos bolsos da calça.
—Então atire.
A brincadeira sem a menor graça de Off e aquele sentimento que ardia em mim sobre Nam me fez mirar em um espaço a cima da cabeça dele e apertar no gatilho.
Deixei a arma escorrer pelos meus dedos depois de aguentar o recuo, ela caiu com um baque alto no chão, ergui os olhos apavorados para o homem a minha frente.
Ele não moveu um único músculo, mas a fumaça da pólvora ainda saia da arma aos meus pés.
—Você... —Eu não conseguia respirar quando tapei os lábios apavorado. —Você só pode estar maluco!
Nesse ponto, eu comecei a tremer de medo, mas ele não se moveu ainda, ficou ali parado me observando ter aquela reação de choque.
Eu corri até ele, puxando sua cabeça pela nuca, subindo nas pontas dos pés para ver se eu havia ferido o couro cabeludo, mas a bala não havia passado perto dele.
—Seu idiota! —Eu gritei alto, soltando-o, ele ergueu o rosto me olhando com aquele sorriso predatório. —Porra! Fuck! fuck! Son of a bitch! I hate you!
Minha explosão em inglês, fez o homem segurar meu rosto com cuidado entre suas mãos.
—Está tudo bem, você não me machucou.
Meu corpo ameaçou ceder sob meu próprio peso, mas Off me abraçou com força.
Eu só pude tremer em seus braços.
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Liberté • OffGun
Fiksi PenggemarGun Atthaphan, era filho de um tailandês e uma norte americana, membro do serviço de inteligência dos EUA, ele estava prestes a receber a missão de seus sonhos, voltar a Tailândia e destruir antes de se tornar um problema o PCT (partido comunista ta...