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—Tô preocupada com a Maria na escola nova... –suspirou Anahí enquanto dava uma volta no centro da pequena cidade com sua mãe.

—Querida, fica tranquila! A Maria é uma menina que sabe se virar sozinha. –afirmou Marina.

—Eu sei mãe. É mais fácil ela causar contra os outros e esse é o meu medo. –Any disse sincera conhecendo a filha que tinha.

—A Maria vai se dar bem, eu tenho certeza. –sorriu sua mãe acariciando sua costa com uma das mãos.

—ANAHÍ? –uma voz chocada e bastante conhecida fez Any virar-se de uma vez na calçada —Não acredito! Espera aí! Anahí Giovanna Puente Portilla? –a outra loira a segurou pelos ombros como se analisasse cada centímetro do seu rosto afim de ter certeza de que ela era ela mesmo.

—Ange! Meu Deus! –Any sorriu a puxando para um abraço —Como você tá linda!

—E você mulher? Andou dormindo no fermento? –as duas se separam e Angelique desfaz o sorriso acertando um tapa leve no ombro da outra —Como você some por tantos anos sem dar o mínimo de satisfação?

—Ange, você sabe... –Any sorri nervosa.

—É claro que sei mas de mim a senhora não precisava se afastar! –enfatizou.

—Primeiramente senhora tá no céu! –Anahí repreende erguendo o indicador —E segundamente a minha vida ficou muito corrida... Eu acabei me afastando de tudo ainda mais. Mas a história é longa...

—Não seja por isso! Conheço um café aqui perto pra gente fofocar. –enlaçou seus braços.

—Você vem mãe? –Any encarou a mesma que ainda estava ao lado dela.

—Podem conversar a vontade querida! Eu vou dar mais uma volta. –ela sorri para ambas.

Sendo assim, as amigas caminham juntas até o tal café que não era muito longe, ocupando uma mesa para dois assim que chegam lá.

—Pode começar. –Angelique apoiou os braços na mesa encarando Anahí com muita curiosidade.

—Então... Depois que fui embora a minha vida virou de cabeça para baixo. Assim que cheguei na cidade grande conheci um garoto na faculdade, e hoje ele é meu marido. –sorriu erguendo a mão direita e sua aliança dourada e brilhosa.

—Não acredito! –Ange entreabriu os lábios chocada puxando a mão da amiga para ver melhor aquele anel —Any que chique! Isso é coisa fina! Conta mais!

—A gente se casou rápido por conta das... circunstâncias.

—A bebê. –Angelique lembrou —Ela deve estar enorme!

—Pois é... –Any sorriu —Casamos, e tivemos mais dois filhos. Te mostro uma foto. –Any puxou o celular procurando por alguma foto em familia, logo mostrou para sua amiga.

—Que lindos Any! –Ange elogiou —E essa é a mais velha? –puxou um zoom na garota.

—O nome dela é Maria. –Anahí assentiu.

—É a cara do pai... –Angelique sorriu e voltou os olhos para a amiga —Seu marido.

—Ah... Sim... –Anahí concordou puxando o celular da volta e desviando os olhos —Bom, essa é minha família.

—Estão todos aqui? Vieram de férias? Como vai ser? –Angelique apoiou o rosto nas mãos.

—Na verdade... A história é bem mais longa. –Any aperta os lábios —Mas vamos passar um tempo por aqui. Agora me conta sobre você! –insistiu afim de mudar de assunto logo.

—Certo! –Angelique ajeitou sua postura —Bom eu não me casei... ainda. E também não tenho filhos. Mas assim que nos formamos consegui uma bolsa na faculdade de moda. A pouco tempo abri a minha loja no centro da cidade e pretendo crescer cada vez mais! Quanto aos antigos amigos não tenho contato com todos. Com a maioria na verdade.

—Todos... Ainda estão por aqui? –Any aperta os lábios com certo receio. Seu coração palpita forte só com uma certa idéia que lhe vem a mente.

—Estão. Mas não se preocupe, a cidade é pequena mas não é um ovo. Não é tão fácil esbarrar com um conhecido a cada esquina inclusive foi sorte eu ter te encontrado. –apontou —E por falar nisso, quando você sumiu eu te procurei em todas as redes sociais!

—Eu não tenho redes sociais. –Anahí responde franzindo o cenho.

—Oque?? Eu podia jurar que você seria a maior blogueira daquela cidade grande! –disparou Angelique chocada.

—Ah, não mesmo... Acontece que... Eu compartilho um perfil familiar com o meu marido. É ele quem administra. –Anahí não parecia muito animada com aquilo.

—Uau... –Angelique assentiu —Posso perguntar oque o seu marido faz? É que eu to ficando bem curiosa. –apertou os lábios.

—Bom, apesar do tempo longe eu sei que você é uma pessoa de confiança, acho que não existe problema em contar a verdade...

—Anahí eu to ficando assustada. –Ange brincou levando uma das mãos ao peito oque fez Anahí rir.

—O Manuel é governador. –ela enfim revela.

—Ai que susto! Mas oque tem demais nisso? –Angelique franze o cenho sem entender o motivo daquele suspense todo.

—Você sabe... A política é complicada. –Any dá de ombros e vai logo mudando o assunto –Então, você me disse que não é casada ainda. –lembrou —Quer dizer que tem um pretendente na reta? –sorriu de lado.

Angelique também sorriu baixando a cabeça por alguns instantes e levando uma mechinha do cabelo loiro para trás da orelha.

—É... eu tenho!

—E por acaso eu o conheço? Posso saber quem é? –foi a vez de Anahí disparar curiosa.

—Bom acho que... Já faz bastante tempo então... Não vai ser estranho te contar isso. Afinal o tempo passa, as coisas mudam e...

—Fala logo quem é o pretendente! –Any insistiu sorrindo, então Angelique revelou:

—Alfonso Herrera.

E o sorriso de Anahí se desfez.

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NOCAUTE -AyA  (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora