O Domingo para Anahi amanheceu depois do meio dia. Nem mesmo o galo foi capaz de interromper o sono da moça que dormia desde que fechou os olhos no carro de Poncho.
—Olha só... Bom dia flor do dia! –ironizou Maria assim que sua mãe apareceu na porta da cozinha tal como um zumbi.
—Eu to acabada. –ela diz se arrastando até uma das cadeiras, Anahi usava a mesma roupa que estava na festa do dia anterior.
—A senhora desapareceu ontem dona Anahi Giovanna. –Maria estreitou os olhos para a mãe que massageava as têmporas.
—Não briga comigo ainda... me deixa acordar primeiro. –ela pede mantendo os olhos fechados.
—Quem trouxe ocê em casa foi o Alfonso. –seu pai diz apoiado na pia com um copo de alumínio na mão.
O raciocínio de Anahi estava meio lento então foi preciso de alguns segundos para que ela processe as palavras do pai e arregalasse os olhos, "despertando" de uma vez.
—OQUE? –ela berra fazendo Maria sobressaltar na cadeira ao seu lado.
—É querida... A Maria e eu ainda não havíamos chegado com os meninos, por sorte o seu pai estava aqui para te receber. –Marina explicou.
—O Alfonso??? –Anahi pergunta desesperada, ignorando a explicação da mãe e encarando seu pai com os olhos estalados.
—Porque o desespero? Quem é Alfonso? –Maria pergunta de cenhos franzidos enquanto leva um gole de suco natural a boca.
—Ninguém! –ela responde rápido e volta a encarar Enrique —Pai, como eu estava? Eu falava muito? Falava besteiras? Foi rápido? –disparou a moça sentindo seu rosto esquentar só de imaginar tal situação.
—Ocê tava era desmaiada... –ele ri ao lembrar —O Alfonso trouxe ocê montada nas costas dele, deixou na cama e foi embora.
—Ah meu Deus! –Anahi choraminga levando as mãos ao rosto —Não pode ser! –disse com a voz abafada.
—Mas quem é Alfonso? –Maria repete a pergunta olhando para todos de cenhos franzidos.
—Ninguém! –Anahi repete a resposta tirando as mãos do rosto rapidamente.
—Oque aconteceu filha? Oque te levou a beber tanto? Que eu saiba você nem é disso... –Marina pergunta calma mexendo a comida em seu prato.
A familia já aproveitava o almoço quando Anahi resolveu acordar.
—Longa história... –ela suspira tendo flashes dos minutos antes de afundar-se no álcool. A verdade é que nem ela lembrava direito.
—Que coisa feia hein dona Anahi? –Maria lança um olhar acusador a sua mãe.
—Que vergonha... –Any diz encarando o nada. Sua cabeça já estava explodindo e doeu ainda mais ao saber que ela chegou em casa carregada pelo ex.
—Mas quem é o tal do Alfonso? –Maria torna a perguntar, curiosa.
—Ninguém Maria! Ninguém! –sua mãe bufa levantando-se —Podemos não falar mais sobre isso? Preciso de um remédio! E cadê o Manu e o Emi? –disparou Anahi girando igual barata tonta na cozinha.
—Os remédios ficam na caixinha em cima da geladeira. –sua mãe apontou.
—E os menino tão brincando lá fora no galinheiro. –seu pai respondeu.
Todos a encaravam com cara de pena por seu estado.
Anahi pegou um comprimido de dipirona e encheu um copo de água, virando de uma vez na boca. Era como se seu cérebro girasse lentamente a cada movimento que ela realizava.
—Vó, quem é esse Alfonso? –Maria sussurra para sua avó que apenas ri.
Logo a garota bufa contrariada levantando-se e levando seu prato para a pia. Maria odiava ficar curiosa sobre qualquer coisa.
*
—Finalmente atendeu esse celular! –Poncho exclama ao ouvir a voz rouca de Christopher do outro lado da linha.
—Oi cara... –ele parecia ter acabado de acordar.
—Onde você se meteu? Ou melhor, onde você e a Dulce se meteram?? –Alfonso dispara.
—Então... –Christopher aperta os lábios e dá uma olhada para a cama logo atrás dele.
Ou melhor, para a moça ruiva na cama coberta apenas por um lençol branco e o encarando de olhos arregalados.
Dulce Maria.
—Não conta! –ela murmura balançando o indicador para que ele não falasse nada.
—Então oque? –a voz de Poncho trás Christopher de volta a realidade.
—Ah, eu... eu voltei mais cedo porque estava muito cansado e a Dulce... A Dulce... –ele tenta pensar em alguma desculpa coerente mas nada lhe vem a cabeça —Eu sei lá da Dulce! Porque eu saberia da Dulce? –riu nervoso.
—Vou tentar falar com ela... –Poncho suspira preocupado —Pelo que eu me lembro, os dois já estavam bem animadinhos!
—A-animadinhos? Como assim animadinhos? –Christopher coçou a nuca nervoso.
—Bêbados cara! Vocês beberam muito, aliás eu acho que era o único sóbrio ontem a noite. –relatou Alfonso e Christopher pareceu se lembrar de algumas coisas.
—Ah cara... O clima tava estranho, eu tive que beber. –Christopher se defende ouvindo Poncho bufar do outro lado da linha.
—Se souber algo sobre a Dulce me avisa.
—Pode deixar cara, vou avisar mas... Acho que ela está bem. Muito bem. –sorriu de canto dando mais uma olhada na Ruiva em sua cama.
Dulce revirou os olhos e puxou um travesseiro arremessando-o em sua direção.
***
Vondy... 👀❤️
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NOCAUTE -AyA (EM PAUSA)
FanfictionDezessete anos se passaram desde que Anahí terminou com Alfonso simplesmente do nada. Desde que Anahí foi embora da pequena cidade sem aviso prévio mudando todo o destino do casal. Any viveu uma vida completamente diferente dos planos que a garota...