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Durante o resto do dia de trabalho, Any evitou Alfonso o máximo que pode. A mulher ainda sentia vergonha só de imaginar como pode ter agido no Sábado a noite. Fora que Poncho ainda a fazia sentir coisas demais.

A situação era a mesma com ele. Era como se o rapaz houvesse voltado no tempo todas as vezes em que trombava sem querer com Anahi e sentia o seu coração disparar no peito.

Mas é lógico que ambos negavam isso para si mesmos...

Enfim, um novo dia de aulas se iniciava no colégio e Poncho lecionaria para a turma de Maria. Os adolescentes aqueciam na quadra segundo a ordem do professor e hoje a filha de Any não havia ficado de fora. Por isso, lá estava a garota de cara fechada demonstrando todo o seu descontentamento com a aula.

—Você parece um psicopata encarando a menina assim... Dá uma segurada amigo. –Dulce aproximou-se de Poncho na quadra —Você nem sabe se ela é filha da Anahi... Ela nem tem o sobrenome da moça.

—Isso não significa muita coisa. –Poncho cruza os braços.

—Dizem que no mundo temos cerca de sete gêmeos... Talvez ela seja uma das sete da Anahi. –Dulce diz apontando para Maria e sua cara amarrada.

—Isso nem faz sentido Dul. –Poncho afirma —E a Any... Anahi –corrigiu-se rapidamente —Me falou coisas estranhas quando estava bêbada na noite de sábado.

—Oque ela disse? –Dulce o encara interessada.

—Ela me disse que fez muitas besteiras e que eu a odiaria muito se soubesse quais. –ele encara a ruiva de volta.

Dulce aperta os lábios por um instante.

—Bom, não sei... –Dul coça a nuca —As pessoas não tem noção do que falam ou fazem quando estão bêbadas... –sua mente viaja para sábado a noite.

Para o pouco do que ela se lembrava que rolou no apartamento de Christopher e suas bochechas coraram só com a lembrança.

—Não tem noção? –a voz de Angelique a trás de volta para o mundo real —As pessoas falam e fazem oque realmente querem quando estão bêbadas. É ai que são sinceras.

Dulce cora ainda mais. Era como se borboletas rodopiassem em seu estômago.

—Oque você tá fazendo aqui Angel? –Alfonso franze o cenho encarando a Loira e nem percebe Dulce indo embora de mansinho.

—Eu vim te trazer isso como um pedido de desculpas. –Angelique ergueu um potinho em sua mão —É um bolo que eu mesma fiz.

—Eu estou em aula agora. –Poncho diz seco voltando o olhar para seus alunos.

—Poncho... Por favor, só aceita! Eu não quero que esse clima estranho fique entre nós e...

—Professor! Não vamos parar de aquecer nunca? –Maria bufa da quadra.

—Deixa na sala dos professores. –Alfonso se direciona a Angel enquanto se afasta referindo-se ao bolo mas ela mal o escuta.

Estava petrificada encarando Maria e recordando-se muito bem daquele rosto.

—Que lindos Any! E essa é a mais velha? –Angel lembrou-se rapidamente da conversa com Anahi a dias atrás.

—O nome dela é Maria.

—É a cara do pai... Seu marido.

Ela recordava-se muito bem da garota da foto

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Ela recordava-se muito bem da garota da foto. Da filha de Anahi.

—Não é possível. –murmurou para si mesma apertando o potinho em suas mãos.

—Angel? –a voz de Poncho a fez sair dos pensamentos —Você pode por favor... –ele gesticula para que ela saia.

—Ah sim. Claro. –Angelique assentiu —Vou deixar isso na sua sala. –referiu-se ao pote de bolo.

—Obrigado. –Alfonso agradeceu —Vamos lá cambada, separem dois times mistos para o vôlei.

—Professor, posso ficar de banco? –Maria choramingou erguendo a mão.

—Você quer reprovar na minha matéria Maria Delgado? –ele a encara sem paciência.

—Professor, eu estou com uma dor estranha no joelho! –inventou a garota acariciando o mesmo oque faz Alfonsos suspirar apertando os olhos.

—Fica de banco, mas vai levar falta. –afirmou ele sem piedade.

Maria deu de ombros como quem pouco se importava com aquilo e correu para um dos bancos. Correu muito bem para quem estava com uma dor no joelho, aliás.

—Essa Barbie é muito folgadinha... –Caio ri desacreditado encarando a menina de longe —E eu ainda to devendo uma pra ela.

—Devendo? Devendo oque? –Luiz Guilherme franze o cenho ao seu lado.

—Devendo o troco pelo que ela me fez ontem. –Caio estreita os olhos encarando a menina —Ela se irrita fácil, to afim de perturbar ela um pouquinho...

NOCAUTE -AyA  (EM PAUSA)Onde histórias criam vida. Descubra agora