𝙒𝙝𝙮? 𝙈𝙀!-𝙏𝙧𝙪𝙚 𝙗𝙚𝙖𝙪𝙩𝙮

𝐎 𝐏𝐀𝐒𝐒𝐀𝐃𝐎 𝐒𝐄𝐌𝐏𝐑𝐄 𝐄𝐒𝐓𝐀𝐑Á 𝐏𝐑𝐄𝐒𝐄𝐍𝐓𝐄:𝟐𝟕

Após Joo-kyung voltar, Nalí observou Soojin pegando sua mochila, abrindo a porta e saindo sem ao menos dar tchau para a gente.

— O que deu nela?
Joo-kyung dizia, abaixando o celular que estava em suas mãos, encarando Soojin indo embora, confusa.

— Também não sei, a Soojin tem dessas.
Choi-soo-ah dizia, levantando e pondo suas pantufas.

— Para mim, ela quer chamar atenção, só pode. A educação deixou em casa!
Nali dizia pegando sua mochila do sofá.

— Tudo bem então, vamos dormir?
Joo-kyung dizia sorrindo.

— Vamos, onde estão os colchões?
Choi-soo-ah dizia, e assim que ela ia subir, a impedi segurando sua mão.

— Deixa que a Joo-kyung pega para a gente, vamos ficar aqui sentadinhas.
Nali dizia, enquanto Choi-soo-ah resmungava e voltava a se sentar no sofá.

— Poxa, eu queria conhecer o quarto da Joo-kyung...
Choi-soo-ah dizia resmungando como uma criança.

— Deixamos isso para depois.
Nali dizia fazendo carinho nos cabelos de Choi-soo-Ah. Logo, Joo-kyung a encarou ainda mais confusa, arqueando a sobrancelha, mas logo sorriu subindo para seu quarto para pegar os colchões, voltando com dois na mão, quase caindo.

— Você vai dormir aqui com a gente, não é Joo-kyung? Ainda podemos conversar!
Choi-soo-ah dizia se levantando animada, ajudando Joo-kyung a ajeitar os colchões no chão, jogando as cobertas em cima. Nalí observou Choi-soo-ah se jogando sobre o colchão e se sentando.

— Sua bateria não acaba não?
Nali dizia, arrumando as cobertas para você deitar.

— Claro que não. Afinal, eu tenho algo muito importante para falar com vocês.
Choi-soo-ah dizia, puxando a mão de Nali para se sentar, enquanto Joo-kyung se sentava ao lado de Nalí.

— Fofoca? Desembucha.
Nali dizia rindo.

— Na verdade, é mais uma confissão. Quer dizer, vocês ficariam bravas se eu fizesse algo escondido de vocês?
Choi-soo-ah dizia, retirando suas pantufas e franzindo a boca.

— Claro que não, afinal, todos nós temos nossos segredos.
Nali dizia, e assim que Nalí disse, Joo-kyung a encarou pensativa.

— Verdade...
O tom de voz de Joo-kyung era suave e tranquilo; ela parecia concordar com Nalí.

— Bom, vocês ficariam bravas se eu falasse que...
Choi-soo-ah pausou, respirando fundo.

— Que?
Nali dizia, arqueando a sobrancelha.

— Que eu inscrevi vocês no show de talentos de amanhã!
Assim que Choi-soo-Ah soltou aquelas palavras, ela suspirou fundo, arregalando os olhos e posicionando a mão sobre a boca.

— Você... o quê?
Nali a encarou, franzindo a sobrancelha, sentindo a fúria voltar para seu corpo, suspirando fundo.

— Eu vou te matar...
Joo-kyung dizia, pegando um travesseiro e jogando na cara de Choi-soo-Ah, a fazendo cair para fora do colchão.

— O que vamos fazer?!
Joo-kyung a encarou com uma expressão de desespero; observei suas mãos trêmulas.

— Eu sou horrível em tudo!
Nali dizia, passando a mão sobre o rosto nervosa, passando a mão sobre os cabelos.

— Porra, CHOI-SOO-AH!
Nali gritou, tentando avançar em cima dela, e logo Joo-kyung segurou seus braços para trás. Nalí suspirou fundo.

— Um, dois...
Nali dizia, contando, para tentar conter sua raiva.

— Por isso eu não contei antes!
Choi-soo-ah dizia, se ajoelhando e juntando as mãos.

— Me perdoem!
Choi-soo-ah fez um biquinho enquanto pedia perdão.

— Eu não sabia que era em dupla, eu achei que era em grupo!
Choi-soo-ah soltou mais uma mentira que havia escondido de Nalí e Joo-kyung.

— Puta merda, ainda é em dupla!?
Nali dizia, arregalando os olhos.

— Eu não sei cantar!
Joo-kyung dizia, roendo suas unhas de nervoso.

— Eu vou ficar em dupla com a Soojin, e vocês vão ficar juntas.
Choi-soo-ah dizia, sentando novamente.

— Quer saber? Deu por hoje, vamos dormir que ganhamos mais...
Nali dizia, se deitando e se cobrindo, enquanto sentia a ansiedade chegando. Sua respiração ofegante, aquela vontade de chorar incontrolável e aquela sensação de não saber o que fazer primeiro.

04:55 AM.

Estávamos caminhando para ir para a escola enquanto comíamos cachorro-quente no palito. Ao observar uma garota sendo atacada por um grupo de meninas, notei Joo-kyung ficando atrás de mim. Ao me aproximar, vi aquelas garotas familiares brigando com uma garota; uma delas jogava bebida em sua cabeça. Com dor no coração, joguei meu cachorro-quente no chão e me aproximei, pegando em seu pulso e a empurrando.

— Quem você pensa que é para se intrometer?!
Park-Semi dizia, parando de rir e cruzando os braços.

— Eu que te digo, quem você pensa que é para tratá-la assim!
Nali se aproximou, empurrando Park-Semi enquanto Joo-kyung e Choi-Soo-Ah apenas observavam.

— Sua idiota!
Park-Semi gritou, se aproximando de Nali. Joo-kyung interveio.

— Encosta nela, para você ver.
Joo-kyung aumentou o tom de voz, cerrando os punhos.

Park-Semi riu, dando passos e encostando o dedo indicador na testa de Joo-kyung.

— Quem você pensa que é?
Park-Semi dizia pausadamente cutucando a testa de Joo-kyung. Nali entrou na frente de Joo-kyung, empurrando Park-Semi com força.

— Joo-kyung, uma ser humana assim como você, mas com uma grande diferença. Além de ser bonita, é inteligente e educada, diferente de você.
Nali segurava a mão de Joo-kyung, encarando Joo-Hye-Min que estava ensopada de suco com a cabeça baixa.

— Você não deveria deixar que a tratem assim. Eles sentem cheiro do medo.
Nali aconselhou, enquanto Joo-kyung a encarava sem dizer nada.

— Eu tenho medo que... elas façam algo comigo.
Hye-Min dizia com a voz trêmula, sem levantar a cabeça.

— Assim como? Elas já estão te tratando mal...
Nali murmurou respirando fundo.

— Vamos.
Nali e Joo-kyung saíram dali, voltando a caminhar. Choi-Soo-Ah estava boquiaberta, paralisada, e logo correu atrás de Nali e Joo-kyung.

Park Se-Mi observou-as irem embora enquanto encarava suas amigas, paralisadas sem se mover.

— Eu vou achar todos os podres dessa vadia.
Park-Semi deu um sorriso cínico, cruzando os braços. Ao olhar para Hye-Min, a garota abaixou a cabeça novamente e correu.