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Logo depois do episódio na cozinha, fomos para a sala de jantar. Eu ainda estava assustada com o comportamento da minha talvez sogra, mas a ajudei na arrumação da mesa e na preparação dos alimentos que ela ainda queria terminar. Conversamos bastante eu diria, e pra alguém que claramente me ameaçou, ela é um amor.
- Então a senhora é filha de um general, e já até serviu no exército? - Isso explica bastante coisa na verdade!
- Saí quando conheci meu marido, na verdade foi quando decidimos nos casar. Eu já voltei grávida da lua de mel, e o homem me engravidou novamente um ano depois. Tenho quase certeza de que foi premeditado.
- A senhora acha que ele te engravidou de propósito?
- Tenho certeza! Isso é de família querida, e o meu pai, que queria que houvesse um casamento, deixou claro que já queria um neto também. Por sorte, meu marido pensava o mesmo. Foi o jeito dele me prender aqui.
Terminamos de arrumar tudo e colocamos em cima da mesa, fomos chamar os rapazes para comer. Eles estavam montando uma espécie de casa no quintal, segundo eles, as crianças estavam ansiosas de mais para esperar.
Todos entraram, eles foram se limpar e nós fomos atrás das ditas crianças. Essas estavam ocupadas no quarto do Dan, ele estava contando para Tatá o nome de cada uma das formigas de estimação que ele arranjou. Tatá mexia e cutucava os seus brinquedos de pelúcia. Nós os levamos para baixo, eles já sentando a mesa, me sentei ao lado de Tatá para ajudá-la a cortar a carne e minha sogra foi pro lado de Dandan.
- Vocês tem certeza de que isso é necessário? Eu estou aposentado oras, estou aproveitando o tempo pra atormentar aquela mulher que me deu tanto trabalho. - Eles se sentam enquanto conversam e arrumam seus próprios pratos.
- Papai, você sabe que não iríamos pedir se não fosse necessário. Cas não vai ser o carrasco, Carol Miller é que vai ser. Você sabe que não dá para bater de frente com aquela mulher, mas o senhor consegue pai! - Diogo fala terminando de pegar tudo o que estava disponível no cardápio de hoje. E um fato impressionante é que ele conseguiu equilibrar tudo aquilo.
- Diogo tem razão pai, você pode estar aposentado mas ainda dá conta do trabalho muito bem que eu sei. - Cas desiste de um prato e pega a travessa com o que sobrou da salada para montar seu próprio prato.
- E é por isso querida, que eu disse que era melhor nós arrumamos nossos pratos primeiro. Veja só, nem parecem os meninos educados que eu conheço. - Ela entrega um copo de suco de morango para Tatá enquanto fala e eu pego o de uva pro Dany.
- Sim pois é, agora eu entendi a sua insistência em não esperar por eles. - Me ocupava com a minha própria refeição agora.
O almoço foi relativamente tranquilo se excluirmos a mini briga dos irmãos pelo último pedaço de pudim, e a provável guerra em que meu sogro entrou, sem nem estar armado, após declarar que ficaria com toda a travessa de mousse, é foi bem tranquilo. Passamos a tarde toda por lá, os meninos terminaram a casa para as crianças e todos nós ficamos na área livre da piscina rindo e conversando sobre tudo e qualquer coisa, aproveitamos que elas estavam entretidas em seus próprios assuntos.

- Isso foi divertido, podemos fazer de novo? - Tatá pergunta sonolenta enquanto a coloco em sua cama, depois de um bom banho para tirar toda a terra que ela e o Dan cavaram no jardim.
- Não sei se vovó vai gostar de você e o Dandan fazendo buracos no jardim dela...
- Não vamos mais... - Ela fala arrastado, já quase dormindo.
- Vamos conversar amanhã, assim pedimos ao papai para te levar se ele puder.
Saio do quarto dela, ando pelo corredor em direção a cozinha, talvez um copo de leite com açúcar queimada, faça os meus nervos se acalmarem. O dia hoje foi extremamente agitado, e eu ainda estou preocupada com a minha suposta sogra me ameaçando, meu deus aquela mulher não estava para brincadeira com certeza.

- E então, você gostou do dia que passou com a minha família? - Cas pergunta ao entrar no ambiente.

___ Não foi tão ruim quanto eu pensei. Se considerarmos que talvez a sua mãe não vá gostar de ter mais uma mocinha se engraçando pra cima do filho dela.

___ Ela... Vocês conversaram? ___ Ele perguntou como quem não quer nada.

___ Ela meio que me ameaçou na verdade. ___ Eu ri um pouco.

___ Minha mãe não é tão difícil, depois que se conhecerem melhor, vai perceber que ela é uma boa pessoa.

___ Certo, talvez eu só esteja muito impressionada, hoje foi um longo dia, muito estressante.

___ Vem, vamos deitar e dormir um pouco, os outros já foram pra cama de qualquer jeito.

___ Eu realmente gostei de conhecer os seus pais. ___ Disse depois de deitar ao lado dele. Tínhamos adquirido uma rotina, ele ficava de um lado da cama e eu do outro, não nos aproximamos muito na cama mas estava tudo bem. Eu usava o banheiro do quarto e ele o do corredor ou o contrário, depois deitávamos e algumas vezes nos conversamos um pouco mas normalmente a gente só curti um ao outro até acabar dormindo. Até que estávamos indo bem se conhecendo e tals.

___ Eles também gostaram de conhecer acredite, meu pai ficou o tempo inteiro me perguntando como eu faria para te conquistar. ___ Nos encaramos.

___ E como vai fazer isso? ___ Ele me analisou por um momento antes de falar.

___ Não posso te contar, ou não vai dar certo. ___ Ele diz antes de sorri, apagamos as luzes e ficamos quietos. Nem me surpreende quando a porta é aberta e Tatá entra com seu cobertor amarelo se jogando no nosso meio.

___ Papai disse que podia vir pra cá se eu quisesse... ___ Ela diz sonolenta.

___ Tudo bem. ___ Apagamos as luzes e eu a puxo para mais perto de mim enquanto finalmente tenho um descanso.

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⏰ Última atualização: Aug 05 ⏰

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Juiz: Obsessão Por AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora