P.O.V: Castiel
Clarice: Sr. Castiel? O seu irmão quer falar com o senhor. - A secretaria diz pelo telefone com sua voz enjoativa.
- Tudo bem Clarice pode pedir pra ele entrar por favor. - Continuo analisando alguns casos, realmente tenho muito trabalho pela frente, desvantagens de ficar alguns dias a mais sem trabalhar.
Diogo: Que história maluca é essa de que você adotou crianças? - Olho no celular, não são nem nove horas da manhã ainda...
- O que você quer Diogo? - Ele tira os papéis da minha mão, ou melhor os arranca. Irmãos mais novos. Sempre sendo infantis e idiotas independente da idade.
Diogo: Não me faça repetir! Já somos bem grandinhos pra você começar com essa palhaçada de tô viajando. O que foi que te deu? - Ele se joga no sofá que agora que parei para pensar, foi estrategicamente colocado na frente da porta da minha sala.
- São adolescentes, quase já completando a maior idade se quer saber. - O dou o meu melhor olhar de desinteresse para ele parar de falar e me deixar fazer o meu trabalho.
Diogo: O lado bom é que já podem trabalhar. - Ele senta relaxando, brincando com as folhas que antes não estavam amassadas, meu trabalho.
- Até parece que os quero pra isso. Eles já não podiam ficar mais no orfanato... aliás temo que eu precise de mais alguém que queira pelo menos ajudar os que sobraram. Você conhece alguém? Não precisa adotar apenas fornecer abrigo, uma boa estadia e educação.
Diogo: Que tal a mamãe e o papai? - Eu até pensei nisso mas teria que falar com eles para ter certeza. Talvez eles não pensem mais nesse assunto afinal, já estão naquela fase de curtir a vida adoidado.
- Vou ir visitá-los mais tarde e vejo isso. Você ainda não disse se quer alguma coisa? - Ele continua inquieto.
Diogo: Eu preciso de uma babá logo, é urgente! Ontem o Dany cismou que queria dormir até mais tarde, fez até birra, coisa que ele não é de fazer...
- Por isso que não apareceu ontem? Meu sobrinho é muito espertinho. - Sorrio com a careta que ele faz.
Diogo: Como se eu já não soubesse... ele sabe que consegui qualquer coisa de mim... - Começo a rir e ele completa - ...da gente. - Sinto que estou dando aquele sorriso patético que dou sempre que falamos do meu sobrinho, mas ele também sorri todo bobão então me sinto na obrigação de não me conter quanto a isso.
- Tive uma ideia. O que você acha de eu levar uma pessoinha para brincar com ele? - Ele me olha interessado.
Diogo: Quem?
- Curioso. - Me levanto indo até ele.
Diogo: Qual é não vai falar?
- Não. - Me jogo em cima dele e o faço mexer em meu cabelo.
Ele revira os olhos e ficamos por ali assim, conversamos mais um pouco até dar o horário de almoço.
...: O que foi que você disse?
...: Isso mesmo que você ouviu!
Skay: Vai encarar é? Então toma!
Melissa: Sua vacaaaaaa, machucou minha patinha! Calma aê Skay da um tempo pra eu recuperar!
Skay: Nada disso... - A risada dela se espalha por todo lado como se fosse música.
Agatha: Pega ela mamãe! - Essa está pulando no sofá tentando imitar os movimentos das garotas do jogo.
- Peguei! - Antes que ela se esborrache com tudo.
Aghata: Papai! - Sorri e me enche de beijos e eu faço o mesmo.
Kathie: Que horas são? - Me olha intrigada por eu ter chegado.
- Exatas 19:55. - Continuo brincando com Tatá em meu colo.
Duan: Eu disse que ele ía chegar. - Diz vindo da cozinha com um livro nas mãos e óculos no rosto.
Skay: Você gorô a gente isso sim! - Ela ri. - Tatá você quer comer agora?
Tatá: Não! - Skay se levanta, desamassa o vestido amarelo florido e vem até onde estamos, parando bem a nossa frente estando extremamente séria.
Skay: Lembra o que te falei? - Tatá abaixa a cabeça tentando desviar de seu olhar reprovador. - Não adianta abaixar a cabeça e ouvir, se vai continuar fazendo isso. - Tatá olha pra ela pondo um biquinho nos lábios. Me sinto indefeso pela primeira vez depois de um tempo. Não sei se fico amuado pela Tatá ou se fico mais intimidado com o olhar de Skay . - Você sabe muito bem que comer é importante, te faz ficar forte, saudável...
Tatá: E bonita como você! - Ela diz rápida e elas dão uma risadinha.
Skay: Você não quer ficar bonita pro Dandan? - Tatá balança a cabeça positivamente. Que bonitinha ela quer ficar bonita pro Dandan... 'Quem é Dandan?' Faço uma careta. - Então você tem que comer. Se não o Tio Dio não vai deixar ele brincar com você, porque você vai está muito fraquinha e não vai poder correr com ele.
Tatá: A gente vai ver o Tio Dio e o Dandan mamãe? - Ela saí do meu colo indo para o de Skay enquanto eu tento processar essas informações que estão sendo muito de mais ao me atingir.
Skay: Acho que sim. Dandan nunca faltou as aulas de violão nem de piano... - As duas vão sumindo pela cozinha. 'Quem diabos é Tio Dio???' Vou atrás delas com a tática de conseguir informações sobre quem são esses dois já formada e analisada em minha cabeça.
- Vocês tem... - Fingindo que não quero nada em 3, 2, 1. - Alguma coisa pra fazer amanhã? - Olho atentamente a bancada de mármore escuro, achando interessante a minha imagem sendo refletida nele e o pensamento de que ainda vou usá-lo como cama para Skay se passou em minha mente me causando leves tremores.
Tatá: Eu e a mamãe vamos á uma escolinha perto do orfanato. - Ela diz enquanto Skay a solta perto de mim em cima daquela bancada.
Skay: Eu dou aulas lá, quarta e sexta. - Fala arrumando o prato de bichinhos com compartimentos com comida para Aghata.
- Hum! Aulas de quê? - Seguro essa que tenta pular do balcão para o banco ao meu lado.
Tatá: Violão e piano, eu até sei tocar um pouco não é mamãe? - Sorri animada e orgulhosa de si mesma.
Skay: É sim meu amor! Agora come. - Ela dita a última parte séria e saí da cozinha. Mas que... Ela volta. - Se estiver com fome, eu fiz uma lasanha. - Saí novamente. Me sento ao lado de Tatá.
- Quem é Dandan? - Tento novamente como quem não quer nada. - E esse tio Dio?
Tatá: Dandan é o meu namorado papai.
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Juiz: Obsessão Por Amor
General FictionEla é tão doce e gentil, enquanto ele se tornou um homem ignorante por coisas do passado que o deixaram amargurado e insensível se privando do convívio familiar frequente. Ela sendo tranquila com relação a vida e esperançosa de dias brilhantes, ele...