O r f a n a t o
P.O.V. Castiel:
Fico sentado no banco, digerindo tudo o que ela me disse. Devo dizer que essa garota me enfeitiçou. Não acredito. Pensei que isso nunca mais fosse acontecer. Mas como dizem: Nunca diga nunca! Eu sou mesmo um imbecil. Marta entra, e me encara um pouco temerosa.
Marta: O que... o que aconteceu? Ela... saiu um pouco nervosa daqui! - Diz receosa, não sabendo ao certo o que deveria fazer.
- Quero adota-lá! - Digo um pouco aéreo ainda, não raciocinando direito perante pensamentos tão pecaminosos com certa cacheada.
Marta: O-o quê? - Ela se sobresalta. - Vc vai... adotar... só ela? - Diz como se não conseguisse entender.
Pensando bem, não posso adotar só a ruiva. Tinha outros planos, mas já que posso parecer um pedófilo, por só adotar ela, melhor adotar os outros... Ou melhor ainda! São oito, adoto três, e vejo mais alguém que gostaria de adotar adolescentes já na fase adulta. Mas Quem vou adotar? Pessoas que não a machuquem é claro. Mas talvez...
- Vou adotar três! Mas ela... Não vou adotar. - Digo dando uma pausa, pensando em uma possível estratégia. Ela suspira, parecendo aliviada. Não é segredo pra ninguém que ela me quer. Tá na testa dela isso. Pra ser mais chamativo que isso, só uma melancia na cabeça, com pisca-piscas em volta de preferência. Mas para o azar, dela, eu não quero nada com sua pessoa. A verdade é que Marta nunca me interessou como mulher, e é difícil acreditar que alguém a queira, pelo menos não depois de conhecê-la como conheço.
Marta: Que bom! Pensei por um momento que... - Fala baixo, mas não o suficiente para eu não ouvir.
- Ela vai morar comigo! - Digo a fazendo me olhar. Mesmo não a encarando sei que ela me olha, provavelmente ela me vê como se eu fosse um bicho de sete cabeças.
Marta: Como? - Confusa ela se aproxima. Vou deixar passar. - Não entendi. Não vai adota-lá, mas vai levá-la pra sua casa.
- Não, não vou adota-lá. Ela irá morar comigo, - Me espreguiço no banco. - mas não vou adota-lá. - Digo abrindo a boca de repente com muito sono.
Marta: Como assim? - Diz um pouco nervosa. Tem gente que nasceu lerda e tem aquelas que se fazem, eu ainda não decidi qual dessas Marta é.
- Já estou perdendo a paciência. E olha que eu nem a tinha. - Suspiro jogando minha cabeça para trás um ato que normalmente faço em ocasiões estressantes ou quando estou cansado. Neste caso, são os dois. - É como uma estudante, Universitária. Tanto faz! Quero todos aqui. Peça alguém para chama-los! E depois temos que conversar!
Marta: Si-sim senhor! - Ela sai correndo para fazer o que mandei. Não posso adota-lá! Se eu adotar, não vamos poder ter nada, além de amizade, e o famoso relacionamento filha e pai. Que é o que eu não quero. Pelo menos, não com ela. Além disso, sou juiz e conheço muito bem as leis. Isso pode me dar uma dor de cabeça. Vou cuidar para que dê certo.
Marta: Pronto! - Diz ofegante. Não sei porque tanta pressa. - Todos já estão na sala. De menos a Skay.
- Quem é essa? - Mando alguns e-mails para algumas pessoas.
Marta: A menina, que saiu daqui chorando. - Diz se aproximando. Ficando muito perto pro meu gosto. Essa eu não deixo.
- Então esse é o nome dela. - Falo pensativo. É um nome bonito, e sua dona é semelhante aos céus.
Marta: O que foi? - Pergunta muito mais próxima do que deveria.
- Primeiro: Fique longe de mim. Não gosto das pessoas muito perto. - Ela se afasta um pouco, mas ainda não o suficiente. - Segundo: Não te interessa! Então não se intrometa! Terceiro e último: Você deveria se por em seu lugar! Você é a diretora, deveria fazer algo por seus órfãos, deveria procurá-la! Onde é o quarto dela?
Marta: No-no final do corredor tem um-uma escada, que... dá pro sótão! É- é lá! - Diz ainda em falso choque. Ela já me conhece a tempo de mais para se surpreender com meu jeito de agir.
- Não acredito. Eu te pago para quê? Eu mando milhões, bilhões de euros, pra esse lugar, pra quê? Se vc não faz nada, além de negligenciar suas tarefas! - Vou para perto da saída. - Depois vamos conversar seriamente sobre isso também! E pode ter certeza de que haverá consequências. - Saio deixando-a para trás. Quem ela pensa que é? Eu vou acabar com essa mulher. Ela que me aguarde! Só aturei sua presença por causa de minha mãe, que gosta da mocréia.
Vou até onde ela me falou no final do corredor e subo as escadas. Passo pela pequena porta do teto e entro no lugar, é escuro e sujo, ando mais um pouco e vejo outra porta de madeira clara envernizada. Bato, mas ninguém responde. Decido entrar e lá está ela, deitada na cama, e só agora reparei em como ela está linda em seu vestido branco estampado com rosas vermelhas partir dos joelhos, de alça amarradas em um perfeito laço. Feito um anjo.
Observo o que ela está fazendo mas logo olho em volta. Esse pequeno lugar, ao contrário do outro é bem arejado e limpo. Tem uma cama de solteiro, um criado mudo com um abajur roxo, e uma cômoda. Tem apenas uma janela consideravelmente grande, que estava meio aberta com uma cortina clara levemente aberta.
Skay: O que faz aqui? - Pergunta assustada ao se virar e me pegar observando o lugar.
- Eu vim te... chamar. Também quero... falar com você! - Engulindo seco, vejo os fones serem retirados calmamente de sua volta, me aproximo calmamente, evitando movimentos muito bruscos. Me chamem de gaguinho.
Skay: Vc não pode falar aqui? Não quero descer! - Diz brincando com seus dedos.
- Eu quero que todos ouçam, o que vou dizer! Inclusive... Você. - Tento ganhar a coragem que perdi quando a vi. - Você tem... amigos? - Me sento na cama, vendo sua reação.
Skay: Tenho, Duan Jr. e Keith! - Hum... - Por que a pergunta?
- Nada de mais! - Ótimo. Agora já sei quem vou adotar! Só falta mais uma. - Quem aqui não gosta de você, quer dizer... pra ter alguém te maltratando, deve de ter alguém no comando além da Marta. - Estou realmente interessado, em descobrir, tudo que posso sobre ela, mas me incomoda também que alguém se sinta confortável e torturar os outros de seu convívio.
Skay: Ângela, Angelina, Ângelo, Bárbara, Bruno e Carlos.
- E quem mais manda? Sabe, no grupinho? - Ela pensa um pouco fazendo um breve biquinho fofo.
Skay: Angelina. - Diz por fim. - É ela que dita o que deve acontecer com cada um que, ela acha, necessário receber uma punição.
Pronto! Já sei quem mais vou adotar. Me levanto da cama, e afago seu belo rosto, olhos claros, Verde-Esmeraldas, longos ruivos, pele de mogno e macia. Sorrio e digo:
- Bom, já devem estar nos esperando. - Digo me levantando e lhe estendendo a mão. - Vamos?
Skay: Eu acho que não seria... - Diz virando o rosto.
- Pequenina! Vamos lá Humm. - Ela sorri, um sorriso fraco, e pega minha mão. Vamos pro salão de mãos dadas, e nesse momento, me sinto tão, ou mais, completo. Estou louco pra te ter por inteira minha pequena menina! Entramos e todos nós olham, ela tenta soltar minha mão, mas seguro a puxando pra mais perto. Ela me olha mordendo os lábios, e a vontade de beija-la me invade, como se a qualquer momento eu fosse explodir se não conseguisse isso. Aha Baby, vou te ensinar a não me provocar. Mesmo que não tenha essa intenção. Afinal, já sei bastante coisa sobre minha menina.
Marta: Bom, já estão todos aqui!- Diz me tirando do transe, te amaldiçoo sua vaca dos infernos!
- Bom eu decidi, e vou adotar três de vcs, apenas um não vai ser adotado, e sim vai morar comigo. Já sei quem vou adotar, mas irei trazer um casal aqui.- Eles começam a coxichar entre si.- Vamos lá?... - Espero eles prestarem atenção."Nem tudo acontece como queremos, mais é sinal de força, quando vcs aprendem a seguir em frente, cheios de esperanças de dias melhores, sorrindo de cabeça erguida, sozinhos, ou acompanhados!
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Juiz: Obsessão Por Amor
General FictionEla é tão doce e gentil, enquanto ele se tornou um homem ignorante por coisas do passado que o deixaram amargurado e insensível se privando do convívio familiar frequente. Ela sendo tranquila com relação a vida e esperançosa de dias brilhantes, ele...