9 - "O que é feito de ego, na rua dos tolos gera frustração"

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Emma

A alguns dias atrás, ocorreu a exposição que eu estava organizando e bem, foi um grande sucesso e já estou planejando outra, mas não seria por agora, pois preciso de criatividade e por agora eu não estou tendo.

O que dá lugar a uma Emma desocupada. Bem, não que seja ruim, pois agora estou sentada no meu sofá enquanto acabava com uma tijela de batata frita, assistindo série.

Havia um tempo que eu não assistia, pois estava ocupada demais com o trabalho, mas agora a única coisa que eu quero é relaxar e madrugar assistindo, dormir de madrugada e acordar de tarde, sem ninguém para me perturbar.

Se não fosse pelo interfone, seguida de batidas na minha porta, quem em sã consciência bate em sua porta as 23 da noite? Só poderia ser um doido. Naomi eu sei que não é, afinal desde que começou a namorar, ela dá mais atenção a mulher dela. Suspiro, pausando a série e me levantando, caminhando até a porta, destrancando-a para logo depois abri-la.

Me pergunto pra que eu fui abrir? Só para dar de cara com Jenna. A encaro confusa, o que essa mulher queria uma hora dessas?

Emma: O que está fazendo aqui? - pergunto, de maneira nem um pouco amigável.

Jenna: É assim que você trata as visitas? - ela perguntou da maneira de sempre, com seu ar cafajeste, mas dessa vez estava diferente, digo... Ao olhar para o rosto dela com mais atenção, vi seus olhos vermelhos e inchados, ela estava chorando a pouco tempo atrás.

Me perguntou o porquê...

Emma: Apenas estou esperando você me dizer o que caralhos está fazendo aqui? Vai dá meia noite, Ortega - eu disse a ela que apenas ficou séria, abaixando seu olhar, parecia triste e cabisbaixa, de uma forma que eu nunca tinha visto.

Jenna: Se eu te pedisse algo agora, você me negaria? - franzi o cenho em confusão, o que ela estava tramando?

Emma: Depende... O que você quer? - perguntei a ela, que me olhou por um instante.

Jenna: Um... Abraço... - ela disse baixo, mas foi o suficiente para eu ouvir e, comi assim ela queria um abraço? Qual é o sentindo daquilo? Era mais uma tramóia para cima de mim?

Emma: Tá zuando né? - perguntei, ainda meio desacreditada.

Ela me olhou nos olhos e negou.

Jenna: Não, não é brincadeira - ela disse olhando em meus olhos e, eu vi que suas palavras não tinham nem um pingo de mentira.

Suspirei.

Emma: Tá, vem aqui - revirei os olhos, abrindo os braços em sua direção. Ela me olhou por um segundo, ainda sem acreditar que eu estava me oferecendo para isso - Eu não tenho a madrugada toda - disse a ela, que logo após se jogou contra os meus braços, se encolhendo nos mesmos.

Fechei o abraço, sentindo seu corpo contra o meu e sua respiração na curva de meu pescoço. Mas o que mais me surpreendeu, foi quando minha blusa começou a ficar molhada e quando um soluço se fez presente.

Ela estava chorando, nos meus braços. CHORANDO!!

O que eu faço agora? Tipo? Eu não sei me consolar, imagina consolar outra pessoa?

Emma: Ei, ei, calma... - eu falo, enquanto dou leves batidinhas em suas costas.

Ela nada diz e a única coisa que eu fiz foi ficar ali parada, com ela em meus braços enquanto a mesma chorava incessantemente.

Algum tempo depois, ela ficou mais calma, então afrouxou seu aperto, para logo depois se afastar um pouco.

Jenna: Desculpa... Por isso - ela pediu, com um tom de voz baixo e entrecortado.

Until I Conquer YouOnde histórias criam vida. Descubra agora