11 - Lovely

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Emma

Eu... Sinceramente pensei que eu tinha encontrado um caminho, que eu tinha encontrado uma saída, uma saída para esquecer a merda do meu passado.

Mas você nunca se vai, não importa quanto tempo se passe, ele vive me assombrando e eu odeio isso. Então, talvez eu deva tentar superar-lo, superar meu passado, onde parece que eu vivo, vivo nele, relembrando tudo, como se estivesse acontecendo nesse exato momento e, eu realmente espero que um dia eu consiga sair, mesmo que demore uma noite ou cem anos... Queria deixar tudo para trás.

As vezes, acho que preciso de um lugar para me esconder, mas não consigo achar nenhum por perto. Eu... Sinceramente queria me sentir viva e, um dos motivos para gostar de me refugiar em minha casa é porque lá fora eu não consigo enfrentar o meu medo.

Não é adorável? Está completamente sozinha? Sinto que meu coração é feito de vidro e minha mente, muitas vezes feita de pedra...

Meu passado conseguiu me rasgar aos pedaços, da minha pele aos meus ossos.

Olá, bem vindo ao meu lá...

Lembro-me vagamente de quando eu estava saindo de minha cidade natal, procurando um lugar melhor, eu tinha alguma coisa na minha cabeça e...

Naomi: Emma!!! - volto a mim quando a minha amiga me chama.

Emma: Oi...? - a olho confusa, quando foi que ela entrou aqui? - Desde quando...? - deixei as palavras no ar.

Naomi: Você apagou outra vez não foi? Eu já não te falei para procurar uma ajuda? Quando é que você vai me escutar?! - ela me enchia de perguntas e, eu apenas respiro fundo.

Emma: Você não respondeu a minha pergunta - tento mudar de assunto.

Naomi: Não tente mudar de assunto, poxa! Não entende que se você não procurar uma ajuda psicológica isso pode piorar?! - ela me disse e em resposta, eu desvio o olhar - Respondendo a sua pergunta, estou aqui a algum tempo, bati várias vezes na porta e você não falou nada, então resolvi entrar e te vi olhando para um para a parede... Eu te chamei várias vezes Emma... - ela me disse.

Emma: Uhm, certo - digo a ela, Naomi iria me contrariar, mas logo a corto - Olha, não importa o que você me diga, eu não vou procurar ajuda, eu não quero e por favor, para de falar sobre isso - pedi para ela, que me olhou por alguns segundos antes de concordar vagarosamente.

Naomi: Tudo bem... - ela se sentou em uma das cadeiras a minha frente.

Eu realmente não sei o porquê disso acontecer comigo... Às vezes, eu fico perdida, olhando para um ponto fixo, sem piscar e, por mais irreal que pareça, eu não consigo ver ou ouvir uma voz, mesmo que esteja a minha frente.

E isso tem mais chance de acontecer quando lembro do meu passado ou estou sozinha...

Emma: O Hunter está voltando não é? Ele já disse quando chega - perguntei a Naomi, tentando deixar o clima mais confortável.

Naomi: Hoje a noite, ele quer que nós vá encontrar ele no aeroporto - ela me contou e eu revirei os olhos.

Emma: Aquele gay não sabe pegar um táxi? - eu perguntei a ela que riu.

Naomi: Foi o que eu perguntei quando ele me pediu isso e advinha o que ele respondeu? - ela me disse, sorrindo mais calma.

Emma: Provavelmente um "se eu tenho duas amigas que tem carros e são mais desocupadas que eu, pra que caralhos eu pegaria um táxi e gastaria meu dinheiro suado?" - eu disse e ela gargalhou.

Naomi: Foi exatamente isso - continuou a rir.

Hunter Doohan, um amigo nosso que está com nós duas desde o segundo ano do ensino médio, mas a algum tempo teve que viajar para Paris por conta do seu estudo e agora ele finalmente estava voltando.

Narrador

Elas continuaram a conversar, até que a Ogawa teve que ir embora, deixando a Myers novamente sozinha.

Ou foi o que ela achava, pois em menos de 30 minutos, a porta de seu escritório abriu de supetão, assustando a loira. A Myers iria olhou atônita e sua expressão se tornou tediosa quando viu quem era.

Jenna: Loira do chaann! - depois que a Myers chamou a Ortega de "morena" a mesma começou a chamar a mais nova assim, para a infelicidade da mesma.

Emma: Você não tem o que fazer não? As vezes acho que você não trabalha - ela falou a Ortega, que não deixou se abalar com a pequena raiva da loira.

Jenna: Eu apenas vim lhe agraciar com a minha nobre presença! - pôs uma das mãos sobre seu peito, de forma vangloriosa.

Depois daquele dia em que a Ortega dormiu na casa da loira, a mesma tem procurado mais a Myers e conversando mais com a mesma. A loira já parou de se importar com a presença da Ortega, afinal não importa o que fazia ou como a tratava, a mesma continuava no seu incalço.

A melhor opção para a Myers foi aceitar e então sua convivência com a morena ficou melhor e, a mesma notou que Jenna, não era uma pessoa tão ruim assim, muito pelo contrário.

Emma: Pronto, agora vaza - disse a ela, que torceu os lábios para o lado e logo após sorriu, aproximando-se mais da mesa da loira.

Jenna: Não faça assim! Eu sei que está feliz em me ver - sorriu brincalhona.

Emma: Não viaja, morena - encostou suas costas na sua cadeira, observando as bochechas da Ortega corar levemente.

A Myers achava adorável quando a Ortega chorava com aquele simples apelido.

Jenna: Uhm, vamos sair? - convidou a Myers.

A loira levantou uma de suas sobrancelhas.

Emma: Para onde? - perguntou a ela.

Jenna: Não tenho um lugar específico dessa vez, sorry - encarou a Myers, sorridente.

A mais nova olhou para ela de forma pensativa, para depois revirar seus olhos.

Emma: Tudo bem, vamos - abriu uma de suas gavetas, pegando uma câmera e logo após se levantou.

Jenna: Isso, loira do chan! Você não vai se arrepender prometo! - ela se levantou animada, olhando fixamente para a Myers.

Emma: Já estou me arrependendo - pegou sua bolsa e começou a andar em direção a porta.

A loira passou rapidamente pela morena sem olhar-la, a deixando para trás.

Jenna: Você é muito apressada sabia? - andou rapidamente para alcançar-la

Emma: Você que anda devagar - respondeu para ela.

Jenna: Pra que você está levando uma câmera? - perguntou, notando o objeto pendurando no pescoço da Myers.

Emma: Ao contrário de você, eu trabalho - respondeu, chegando ao primeiro andar de sua galeria.

Jenna: Epa! Eu trabalho sim, Loira do chan! Apenas tenho plena liberdade para entrar e sair quando eu quiser, porque quem manda lá sou eu - falou bem humorada.

Emma: Da para parar de me chamar assim? - exbravejou, semicerrando os olhos, olhando rapidamente para a Ortega, a mesma pôs uma de suas mãos sobre o queixo, como se estivesse pensando.

Jenna: Uhm, então eu vou te chamar de... Esquentadinha! - ela riu baixinho.

A Myers tinha certeza que a Ortega estava fazendo aquilo apenas para irritar-la.

Emma: Desisto - continuou a andar.

A única coisa que a Ortega fez foi a seguir.

Jenna: Espera aí, esquentadinha!! - riu e a Myers bufou em raiva.

Aquela seria uma longa tarde...

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Bem cedinho dessa vez, n sei se vou postar outro hj, mas pelo menos eu postei o cap prometido

Agora é hora de começar a construir essa relação hehe

Não estranhem se começar a ter muita quebra de tempo, pq o prazo de caps pra essa fic não é tão grande assim, ent as vezes tenho que adiantar as coisas 👍🏻

Bye colegas

Until I Conquer YouOnde histórias criam vida. Descubra agora