O que eu não faria por Park Jimin?

Salvando um dançarino

Mais um dia como Jeon Jungkook, CEO de duas empresas enormes e bem sucedidas, quando eu poderia estar sendo quem eu verdadeiramente me orgulho, o Goo do Jimin. Eu não podia porém, deixar meu império nas mãos dos outros, então assinar papéis seria tudo que eu faria nesta sexta feira, como em todas as outras. Pensei em chamar Jimin pra sair, e chamei, tudo para ser vergonhosamente recusado hoje de manhã. Tudo bem, meu coração tem coisas a fazer. Trabalho.

O telefone do meu escritório tocou enquanto eu colocava meu nome em mais um dos papéis autenticados em cartório. Era o telefone fixo, ramal da empresa. Era alguém da empresa. Atendi com um tédio indescritível, seria Namjoon mais uma vez tentando me convencer a jantar? Deveria ser, já que ninguém além dele, dos seguranças, funcionários de manutenção e limpeza estavam no prédio a essa hora da noite.

— Diz Namjoon— Respondi entediado, forçando minhas vistas para não deixar nenhuma linha sem minha supervisão naquele papel.

— Tem um tal de Kim Taehyung fazendo barraco querendo te ver— Ele disse se segurando para não perguntar. Eramos o mais próximo do que eu poderia ser dos meus funcionários, então resolvi sanar essa curiosidade que ele nem quis demonstrar.

— Ele é melhor amigo do meu futuro namorado— Eu havia explicado toda situação para que ele me ajudasse devido a minha ausência da empresa no período da manhã. Então o promovi a COO. Demorei mesmo que ele merecesse a tempos o cargo de importância na empresa— Pode deixar subir.

Desistindo por hoje de tentar entender os laudos dos meus engenheiros de petróleo, simplesmente guardei os documentos e esperei, com a curiosidade e ansiedade gritantes, o que o melhor amigo do meu futuro namorado queria. Ele sabia quem eu era, então Jimin sabia também. Só isso que eu conseguia pensar enquanto juntava minhas coisas para poder me explicar pro meu coração assim que seu amigo saísse daqui.

Esperei alguns minutos até ele chegar no andar que meu escritório ficava, a empresa era gigante. Deixei a porta aberta para que ele entrasse sem bater,  o que ele fez assim que chegou no corredor do meu escritório.

— Jeon Jungkook— Cumprimentou meio aéreo, entrando em minha sala como se ela fosse costume. Eu o mandaria se colocar em seu lugar, se ele não fosse amigo do Jimin obviamente— Posso saber porque meu amigo pensa que você usa cueca furada e anda de Fiat Uno, sendo que claramente usa Calvin Klein e tem camaro?

Que? Que maneira maluca de dizer que eu menti minhas condições financeiras. E Camaro? Aquele carro custa o valor das rodas cromadas dos meus outros carros.

— Eu não queria mentir, só que ele disse que não se envolveria com ricos e virou uma bola de neve...— Não tentei me explicar muito, guardaria as palavras pra quem eu realmente devia dize-las— Como chegou aqui? Jimin sabe?

— Seu Instagram. Você segue Namjoon, abri o perfil dele e tinha uma foto do ano passado numa conferência que ele te marcou e tinha a legenda " CEO de ouro" e o nome da empresa. Comecei a desconfiar pelas suas roupas e relógio, e aquela historinha de anel foi bem mal contada.

Não parou de falar, até se sentar na cadeira em minha frente, me olhando como se quisesse me fazer confessar meus pecados.

— Jimin não sabe.

O suspiro que dei não foi pauta da conversa, que tomou um rumo estranho.

— Eu devo ser o pior amigo do mundo fazendo isso, mas não consigo não fazer nada...

Ele parecia dizer para si mesmo, ele estava me cantando? Pelo contexto só podia ser isso. Sexta a noite me visitando na empresa dizendo coisas assim. Que amigo hein, Jimin?

— Olha só Kim Taehyung, eu não vou ficar com você— Me expressei severamente, sendo firme para ele entender que meu interesse em qualquer outra pessoa era menos que nulo— E saiba que Jimin vai ficar sabendo.