Tô pegando um rico?

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Eu ainda estava em cima do palco ouvindo as vaias mesmo após alguns minutos. Estava estático, sentindo o suor gelado cair pelas minhas costas ainda sob o olhar cauteloso de Jungkook. O que ele fazia ali? Ele seria meu cavalheiro da armadura brilhante querendo me salvar de punheteiros ricos? Mas não podia, ele não sabia da conta do hospital, devia estar achando que estou aqui por capricho. Não, isso não faz o tipo dele.

— Goo, eu preciso dançar— Indiquei as cortinas atrás de mim com o queixo para ele se retirar— Nós conversamos depois, por favor.

— Você não está sem opções Jimin, eu posso ajudar— Ignorou o fato de estarmos discutindo em cima de um palco na frente de várias pessoas enquanto estou semi-nu— Você quer dançar aqui?

Neguei sem precisar responder, voltando meu olhar para aquelas pessoas curiosas que agora pareciam tentar escutar a conversa, se xingando por não poder compartilhar a fofoca com os companheiros já que estavam numa boate. Eu não queria aquilo.

— Não— Respondi mesmo assim.

— Então me deixa te ajudar, Coração— Me implorou com os olhos, se aproximando até pegar minhas mãos entre as suas. Elas tremiam, não as minhas ou as dele, mas as nossas ao se juntarem. Todo frio que eu senti ao subir naquele palco sumiu ao tocar suas mãos, a sensação de não estar sozinho me fez querer chorar— Não me pergunta como agora, só confia em mim.

Eu não podia deixa-lo se endividar por mim, por meu pai, por um problema que não era seu. Eu sei melhor do que ninguém o que dívidas fazem com a cabeça de alguém. Foram noites sem dormir, crises de ansiedade, ameaças... tudo que eu não queria pra mim, mas preferia que fosse comigo do que com ele. Eu nunca o traria algum mal.

— Eu não posso te endividar Goo— Olhei para seus olhos brilhantes e era tão óbvio o quanto ele me admirava. Ele me olhava com aquele sorriso pequeno e sem fim de gente apaixonada, era irritantemente claro porque eu não queria soar tão presunçoso sobre seus sentimentos— Nunca traria problemas pra você... e a conta saiu mais cara do que você acha, então meio que tô aqui, né? Mas eu juro que só dançando...

Isso pareceu acender algo nele. Eu dizer que não queria nada, pelo menos financeiramente. Sua expressão não era de surpresa, mas de uma agradável confirmação que fez seu nariz se franzir. E para completar a onda de reações a minhas afirmações mais verdadeiras, assim que me ouviu falar que não tinha intenção de me envolver com ninguém além dele, não para me explicar, mas para acalma-lo, ele me puxou, e me beijou. Em cima de um palco de uma boate com uma plateia potencialmente pervertida, mas que no momento apenas comemorava.

Seus lábios eram doces assim como sua saliva. Eu não pensei que nosso primeiro beijo seria assim, tão afoito, mas foi, e não poderia ser melhor. Sua língua entrou em minha boca quase antes dos nossas lábios se tocarem e eu já a esfregueguei com a minha . Parecia que eu tinha dito a mais excitante das frases sussurradas em seu ouvido num momento íntimo para deixa-lo assim, mas tudo que eu fiz foi ser sincero.

A mão de Jungkook apertava minha cintura escorregadia pelo suor, sua língua lambia dentro da minha boca e seus lábios eram mordidos por mim. Eu tinha uma estranha fixação por chupar algo, eu não percebia muito bem, mas as vezes me pegava sugando a parte da frente de minhas camisas em momentos de distração. O fato é que agora a nova fonte de minha obsessão era o lábio inferior de Goo, sua língua, o ponto salgado entre seu pescoço e ombro, tudo nele me fazia querer te-lo entre meus lábios e puxar para dentro, num movimento de sucção que traria prazer em nós dois.

— A gente tá em cima do palco— Eu disse enquanto ele apertava meus mamilos com seu indicador e polegar, esfregando as auréolas até ter o bico duro, assim como outros lugares mais ao sul. Seus lábios que estavam devolvendo o favor deliciosamente em minhas claviculas não pararam— Goo, vai lá, depois a gente conversa.

O que eu não faria por Park Jimin?Onde histórias criam vida. Descubra agora