Eu também estou a um passo de sucumbir. Meus olhos ardem com o gás e tudo que me mantinha de pé é a necessidade de salvar o Jungkook. Sei que em algum lugar dessa sauna está o cano que solta o vapor para o ambiente, eu precisava tampa-lo. Com isso em mente puxei a toalha dos quadris do Jungkook, apalpando a parede com azulejos quentes. Eu não conseguia encontrar, e já sentia meus pulmões doerem querendo ar e meus sentidos gradativamente ficando mais lentos.Sei que não quero morrer, mas se por acaso meu destino for esse, eu sou grato. Grato por meu pai estar vivo, por minha mãe e Tae terem em quem se apoiar e grato por amar. Foi pouco tempo mas foi lindo. Eu amo Jungkook e esse foi o sentimento mais intenso que já senti na vida. Minha única tristeza é estar indo junto com ele, meu amor é altruísta o bastante para querer ir sozinho.
Poucos minutos depous eu estava quase desistindo de tudo para abraçar Jungkook e morrer junto com ele quando algo queimou minha perna, era o cano.
Senhor me ajude a salvar meu moreno, por favor.
Com a esperança renovada, parti a toalha até conseguir encaixar o tecido no cano, impedindo de mais gás tóxico entrar. Só faltava eu encontrar algum tipo de janela de emergência, não foi difícil, sempre tinha janelinhas em lugares assim. A dificuldade estava em abri-la, mas consegui, mesmo tendo me custado um ferimento grande e dolorido na mão. O ar refrescante começou a entrar a medida que a fumaça saia, deixando minha respiração tranquila. Fui conferir o Jungkook, sentindo minhas pernas moles de medo, que no momento me causava mais efeitos que o veneno que inalei.
- Acorda amor- Beijei seus lábios, soprando ar puro para seus pulmões, respeti o ato até conseguir arrastar seu corpo pesado para mais próximo da parede onde tinha a janela. Ele tinha a respiração fraca, mas estava vivo.
Estava com medo, cheio de medo. Jungkook inalou muito gás. E se isso causasse algum tipo de sequela nele? Eu até agora, enquanto tento abrir a porta de diversas maneiras ainda me sentia dolorido, meu nariz queimava e além das minhas mãos sangrentas e queimadas, o líquido vermelho agora escorria do meu nariz. O quão fodido eu estou?
A porta é de um material pouco duro e estava amassada em diversos pontos, chutei com força em um canto em específico até conseguir estourar a fechadura, não foi tão difícil, porém Jun já tinha seu estado bem debilitado quando tentou, acho que nele foi pior porque eu cobri meu nariz com o pano úmido e ele fez esforço físico.
Arrastei meu moreno para fora da sala, me enrolando novamente com a toalha e corri para procurar onde tinham deixado nossos celulares. A ambulância seria minha primeira opção, mas preferi seguir meus instintos e telefonar o Hoseok. Tenho certeza que o Jun estaria melhor no hospital da família sendo cuidado por um tio que tem prêmios e não o odeia.
- Alô? Hoseok, vem na empresa agora- Disse assim que ele atendeu sem nem esperar que ele respondesse- Jungkook inalou fumaça tóxica e está desmaiado.
- Que? Ok, entendi! Preciso levar cânula de oxigênio?- Perguntou, antes que eu conseguisse responder tossi gotas de sangue no porcelanato branco- Eu estou no hospital, tem uma sobrando dos acadêmicos, você também precisa?
Ele demoraria achar outra, Jun não tem tempo.
- Estou bem, foi só ele que inalou, estamos no trigésimo quarto andar...- Olhei para o corpo desacordado, minha mão estava em seu peito que batia devagarinho- Posso fazer algo até você chegar?
- Se ele tem sinais vitais então não a nada que possa fazer além de elevar suas pernas- Eu rapidamente apoiei as panturrilhas dele na minha mochila, sabia que era importante para circulação sanguínea na cabeça-Vocês vão me explicar tudo quando eu chegar.
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O que eu não faria por Park Jimin?
FanfictionJungkook sempre teve tudo que o dinheiro pode comprar e uma convivência nula com pessoas de classes sociais diferentes. Até que um dia, movido a um engano da sua mãe, foi parar no mercadinho Tanajura, onde trabalhava Jimin, o homem mais bonito que j...