Visitando a empresa

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Desde que me entendo por gente, esses corredores requintados e luxuosos são minha casa. O rei do petróleo herdou esse lugar do meu avô, que foi quem cavou com seus próprios recursos  primeiro poço de petróleo a quase cem anos atrás. Cada barril vendido naquele tempo nos trouxe aqui. Cada gota de sangue, suor e lágrimas que meu avô derramou ergueu essa empresa.

Eu posso ser egoísta em muitos aspectos da minha vida, mas eu nunca fui negligente com a Black Golden. Bom, nunca era, não é?

— Uau Goo, aqui dá cappuccino grátis?— Perguntou espantado com a máquina de café na recepção, ainda nem havíamos entrado direito e ele já havia apontado cinco coisas diferente que nem eu havia percebido ali— Posso?

Eu sorri todo bobo, ele realmente disse esse " Posso?" como se eu não fosse capaz de dar até meu sobrenome se ele aceitasse. Então com a única palavra que eu diria a todos os seus pedidos respondi:

— Claro.

Com um copinho de café em mãos, nós dois entramos no elevador junto a uma terceira pessoa, Nara. A senhora que Jimin havia dado uma marmita um tempo atrás.

— Anjo?— Ela chamou com um sorriso enorme. Jimin não pareceu reconhece-la a princípio sem uma camada grossa de sujeira, mas assim que o fez aceitou o abraço que ela ofereceu, tomando cuidado com o café para não queima-la.

— Nara, que surpresa!— Me olhou com um sorriso largo. Meu coração sempre batia muito forte quando ele sorria para mim, era uma dor forte e viciante que eu não abria mão, afinal se fosse para morrer, que seja de amor por Park Jimin.

— Seu namorado me deu um cartão da empresa aquele dia— Contou com um sorriso.

Jimin parecia ter ficado afetado com a notícia, ele ficava estranhamente excitado quando percebia algum ato de bondade vindo de mim. E se ele tinha fetiche em caridade eu me tornaria a própria Madre Teresa.

Eles conversaram mais um pouco, até chegar no andar do presidente da empresa, no caso eu. Jimin ainda olhava tudo como uma criança nas luzes do Natal, seus olhos mais lindos do mundo brilhando enquanto via a cidade pelas paredes de vidro.

— Tudo bem querido?— O abracei por trás, beijando seu ombro enquanto tocava casualmente o piercing do umbigo na barriga nua. Viva o calor que fazia nesse mês— Quer alguma coisa?

— Só tô pensando no papai— Virou o rosto para beijar minha boca, acho que para distrair a si mesmo dos pensamentos desagradáveis. E quem sou eu na fila do pão para negar um beijo nessa boquinha de boneca?

Quando o beijo ficou mais quente, com sua fixação oral dando as caras na maneira que ele parecia querer engolir a minha língua, a merda do telefone fixo da empresa começou a tocar. Como o bom empresário que sou, apenas ignorei e tratei de inclinar minha cabeça na direção contrária da dele para aprofundar ainda mais o contato Afinal para gente, se a língua não estiver na garganta do outro então está pouco.

Com um suspiro insatisfeito, de quem preferia estar indo pra forca do que parar Jimin empurrou meu peito. Quis rir porque mesmo me afastando ele aproveitava para apertar meu peitoral com suas mãozinhas safadas. Para incentivar esse seu lado, coloquei minhas mãos em cima das dele e desci pelo meu abdômen, fazendo-o sentir meus músculos definidos da barriga por cima da blusa social fina. Meio injusto para ele mas cada um joga com o que tem.

— Agora não Jun— Então parei. Me afastando do seu corpo no mesmo segundo.

— Desculpa coração, acho que me empolguei, não vai mais repetir— O que eu não queria repetir era o fato de não ter entendido suas vontades, mas acho que Jimin não levou por esse lado.

O que eu não faria por Park Jimin?Onde histórias criam vida. Descubra agora