Mais que amigos, friends

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Comentem pra me animar se puderem 😀 vou voltar mais rápido.



Eu não podia acreditar na audácia que aquele homem tinha, não entrava na minha cabeça. Como ele podia simplesmente tentar me matar e depois vir me ver no hospital, provavelmente para terminar o serviço?

— Vim ver como você tá— Coçou a nuca sorrindo envergonhado, nas mãos uma coroa de flores pequena, acho que ele já comprou adiantado pro que pretendia fazer— Trouxe flores.

Sim, com uma faixa escrita " Descanse em paz"

— Porra tio, você não ama ninguém?— Perguntei incapaz de me conter. Essa era a única explicação plausível do porque ele era tão irremediavelmente ganancioso— Você quase me matou. Outra vez, quase matou uma pessoa, e porque? Por causa de dinheiro?

No fundo do meu coração eu gostaria de um motivo maior que esse. Algo como uma traição imperdoável ou vingar a morte de alguém. Pode ter acontecido alguma coisa no passado dele e do meu pai. Se fosse só por mim, como tantas vezes aconteceu eu não estaria assim, mas caralho. Meu Jimin. Meu homem ainda estava ali ao meu lado. Mesmo assustado não me deixou sozinho, eu sabia que não deixaria. Poderia soar egoísta mante-lo perto correndo risco, mas meu tio já tinha conhecimento do meu amor por ele, era tarde demais. E eu sempre faria tudo possível para ficarmos juntos.

— Amor?— Ele deu uma risada assustadora de vilão, tô falando que é igualzinho o lorde Farquaad, enfim tirando a mascara de bom moço que não convencia ninguém— Se ama tanto esse garoto, sugiro que passe a empresa pro meu nome, aí terá toda paz que deseja, comendo pão com ovo, usando chuveiro lorenzeti... essas coisas aí dos menos afortunados.

Um arrepio gelado percorreu minha coluna com essa ameaça implícita ao meu Jimin. Estava pronto para entregar até minha cueca se isso significasse que ele deixaria Ji em paz. Mas ele não deixaria. Eu o conheço desde que nasci e sei que me odeia por ter herdado tudo que ele mais ambicionava e ainda zoar seu cabelo. A única maneira de nos proteger no momento era o dinheiro.

— Quanto mais tomar, menos terá— Eu disse sabiamente, acariciando os cabelos do meu ruivo sentado ao meu lado.

— Uau...Platão?— Meu futuro marido perguntou impressionado com minha sabedoria.

— Mestre Oogway, do Kung-fu panda— Respondi sorrindo pra ele— Ele tem umas frases maneiras.

— Eu não vou escutar conselhos de uma tartaruga— Ele respondeu, deixando as flores no pé da cama— Vou sair daqui, que Deus te elimine, ops, te ilumine, tchau.

— Já vai tarde seu brocha— Gritei com a voz rouca, sentindo um gosto horrível de sangue na garganta— Caraca, parece que eu comi um absorvente usado.

Jimin tentou se levantar mesmo sob meus protestos, indo até o monitor e conferindo meus sinais vitais, parando pra pensar eu não tinha muita ideia do que aconteceu, eu apaguei? Grande herói que eu sou.

Alguns minutos depois uma médica tia minha apareceu na porta, seguida de dois seguranças que tentavam conter Taehyung, Seokjin e uma moça esquisita que se debatia mais que os dois.

— Machista, você sabe quem eu sou?— Ela gritava

— Não.

— Graças a Deus.

Jimin parecia envergonhado então entendi que aquele barraco tinha algo a ver com ele, gracinha, derrubou um hospital todo só pra me ver.

O que eu não faria por Park Jimin?Onde histórias criam vida. Descubra agora