twenty two, fire

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2 0 2 3, december.

Choi Jisu viu seu apartamento em chamas. O fogo se espalhava pelo prédio antigo, e a loira não sabia o que fazer. Como salvaria todos?

Não deu tempo de pensar, pois seus pés já caminhavam para fora do apartamento. O cheiro de fumaça fazia seu cérebro demorar a assimilar ao redor, o raciocínio estava mais lento.

Abanou o ar e escutou gritos, correu até uma porta aberta, que deveria ser o lar de alguém. Viu uma mulher ruiva desmaiada e um homem tossindo, tentando reanimá-la.

── Ajuda! ── o moreno exclamou, fazendo Lia entrar dentro o mais rápido possivel, se agachando perto da ruiva.

── Ah, meu deus... ── sussurrou, sem saber como agir, com seus olhos lacrimejando pelo ar pesado.

── Moça, salva minha noiva, por favor. Eu imploro, ela é tudo que eu tenho. ── o homem chorava muito, deplorável.

── Mas, e você? ── perguntou, apreensiva.

── Eu dou um jeito. Salva Chaeryeong, por favor. ── Jisu prensou os olhos. Ele não conseguiria sair dali, isso era certeza.

── Não. Ela precisa de você. ── derramou uma lágrima solitária. Só necessitava medir sua força. Colocou a garota em seu colo, levantando sem esforço algum. ── Segura em mim. ── ele assentiu, meio a contragosto. Não tinha escolha.

Lia correu com eles até a escada de emergência do prédio. Se virou para o homem, entregando sua noiva.

── Corre o mais rápido que conseguir. Vá! ── apressou o garoto, que assentiu e começou a correr escada a baixo.

A Choi passou os próximos vinte e cinco minutos mandando os moradores descerem as escadas e escaparem do incêndio.

Quando achou que tinha acabado, escutou um barulho no apartamento ao seu lado.

── Ryujin! ── lembrou da garota, abriu a porta que já estava com uma fresta aberta.

Assim que entrou, a garota estava caída no chão, não totalmente inconsciente. Correu até ela, que respirava pesadamente.

── Mantenha os olhos abertos. Vamos, Ryu. ── Lia pedia, com os olhos cheios de água.

── Onde... está meu irmão? ── tossiu, com dificuldade.

── Ele não está no prédio. Fica tranquila. ── só de lembrar que isso foi sua culpa, Choi sente vontade de morrer novamente.

── Lia, Soobin realmente te ama. ── sua visão embaçou e lágrimas cairam.

── Eu sei. ── sorriu para Ryujin.

── Se eu não sobreviver, diga à meu irmão achar alguém pra colocar juízo na cabeça oca dele. E também diga... que o amo demais. ── engoliu em seco.

Como diria a Soobin, que depois de o rejeitar, botou fogo no prédio e colocou todos que ele ama em perigo? É inaceitável.

── Não fala assim, Ryu. Você vai sair dessa. ── acariciou seu rosto, que estava pálido mesmo com o fogo.

── Eu... não... ── seus olhos fecharam lentamente.

CHOI SOOBIN

Ser rejeitado não era a parte mais difícil. Era conviver com isso, saber que poderíamos ter sido algo. Todos os meus 'e se', agora me assombram.

Eu havia saído do prédio para pegar um ar, colocar meus pensamentos em ordem.

Neste momento, estou voltando para o apartamento. Preciso conversar com Lia. Não é certo acabar com nossa amizade só porque eu gosto dela, e não é recíproco.

Assim que cheguei nos arredores do prédio, fiquei extremamente confuso. Todos os moradores estavam para fora, ofegantes e alguns desmaiados. O que diabos aconteceu aqui?

Arregalei os olhos quando avistei Ryujin inconsciente no colo de um estranho, que estava sentado no chão, tentando se recuperar.

── Ryu! ── eu gritei, me aproximando deles. ── O que você fez com ela?

── Calma aí, mano. Eu não fiz nada. ── pausou, suspirando. ── Não conheço ela. O prédio pegou fogo e uma garota loira pediu para que eu ajudasse sua namorada. ── arregalei os olhos, virando meu olhar ao prédio que exalava fumaça.

── Namorada? Ela é minha irmã. ── disse, indignado, fazendo o mesmo soltar um suspiro de alívio. Entretanto, travei ao reparar em uma parte. ── Garota loira?

── É, uma bem baixa. Nunca havia a visto antes, mas ela estava ajudando todos a saírem. ── comecei a soar frio, isso não pode estar acontecendo.

── Quê? ── exclamei, com o coração na mão. ── E onde está essa garota loira?! ── meu grito foi estridente, para que os moradores me olhassem estranho.

── Ela não saiu de lá.

unusual christmas, sooliaOnde histórias criam vida. Descubra agora