unusual christmas, soolia

eighteen, reveal

2 0 2 3, december

CHOI JISU

Soobin havia saído para comprar o sushi, então decido apenas assistir alguma coisa na televisão, que aprendi a usar pouco tempo atrás. Coloco um filme de natal qualquer e começo a assistir enquanto ele não chega.

Sou interrompida aos cinco minutos quando escuto um barulho vindo da varanda. Me levanto lentamente do sofá, desligando a televisão e correndo até o quarto. Tranco a porta, correndo até o banheiro. Sei que pode ser simplesmente um gato ou algo do tipo, mas sempre tive muito medo de tudo, então não vou me arriscar.

── Jisu? ── Ouço uma voz suave, que por algum motivo, me passa muita segurança. ── Você pode abrir a porta, por favor? ── Pede, e quando eu digo que essa voz me passou muita segurança, não estou mentindo. Caminho até a porta, abrindo-a e tendo a visão de uma jovem com cabelos castanhos e vestido e asas brancos. Que? Eu estou realmente vendo um anjo?

── Olá? ── Digo, sem reação. Não é possível.

── Olá, querida. Estávamos à sua procura. ── Ao ouvir aquilo, reparo nos outros três anjos presentes ali e meus batimentos começam a acelerar. Procurando por mim?

── E qual seria o motivo que vos trouxe aqui? ── Pode parecer que eu estou falando formalmente por conta deles, mas por algum motivo, sinto que sempre falei assim.

── Bom, nós precisávamos lhe contar algo, mas peço que você se sente antes ── Eu o faço, e então uma anja de cabelos loiros se aproxima.

── Lia, você é um anjo. ── Arregalo meus olhos. Oi? ── Nós trouxemos você no angenion em 1853, e acabamos por cometer um erro, então eu e Kai ── Aponta para o mais alto ali. ── Acabamos sendo presos, e como nós lhe trouxemos, você não conseguiria sair daqui até que nós fossemos libertos. ── Explica, e logo eu sorrio.

── Isso significa que... ── A morena se aproxima de volta, pegando em minha mão. Ela me guia até a porta, enquanto eu a acompanho em silêncio. Quando chegamos, ela para por um segundo e sorri, passando pela entrada e me levando junto. Lágrimas começam a se formar em meus olhos. Eu consegui!

── Você está livre, meu bem. ── A mais velha me olha, com um sorriso cativante.

── É uma sensação incrível. Ainda não consigo acreditar. ── Admito, repassando tudo que elas falaram em minha mente. Enquanto faço isso, me lembro de ouvir que eu estava na terra em missão. ── Espera, eu estou aqui em missão? ── Questiono, preocupada.

── Sim. ── Kai, o único que eu sabia o nome até então, assente. 

── E qual seria essa missão? ── Pergunto, provavelmente meu nervosismo era visível.

── Primeiro eu acho melhor sairmos do corredor. Os moradores irão estranhá-la se ficar “falando sozinha” aqui. ── Reparo no único que ainda não havia falado, e aí percebo que foi ele quem eu vi naquele dia. Assinto, entrando de volta para o apartamento e sendo acompanhada pelo quarteto. 

── Eu já te vi antes. ── Afirmo, olhando para o rapaz. ── Já esteve aqui, não é?

── Eu estou aqui todos os dias. Sou o anjo da guarda de Soobin. ── Explica, logo eu balanço a cabeça, sinalizando que eu havia entendido.

── Bom, ── Interrompe a morena, com seu belo sorriso. ── A sua missão é parar um incêndio que ocorrerá aqui. ── Conta, gesticulando algumas vezes enquanto falava.

── Quando isso vai acontecer? ── Pergunto, empenhada em conseguir cumpri-la.

── Em 48 horas. ── Responde, sorrindo constrangida. Como eu vou impedir que um incenso aconteça em 48 horas?!

── Desculpe, mas não sei se eu consigo. ── Digo, sentindo as mãos da loira passarem pelos meus cabelos alguns segundos depois.

── Raziel não teria lhe passado essa missão se tivesse alguma dúvida de que conseguiria. ── Yuna afirma, tentando me passar confiança.

── Estaremos aqui pra te ajudar com o que estiver ao nosso alcance. ── O mais alto diz, com um sorriso.

── Assim como Raziel, nós sabemos que você consegue. ── Yeonjun diz, e Yeji concorda com a cabeça.

Eles passam mais alguns minutos me passando confiança, a fim de que eu aceitasse cumprir a missão. Bom, se seres divinos acham que eu consigo, quem sou eu para discordar? Suspiro, temendo me arrepender de minha decisão.

── Está bem, eu irei cumprir a missão.