21. você precisa saber.

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"Antes que você vá... você precisa saber."
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Deixei que ela entrasse primeiro na cabine. Era um espaço pequeno, ao mesmo tempo em que não era. Mas não importava. Observei se sentar do lado esquerdo, enquanto observava ao redor, com um sorriso bonito no rosto, como uma criança que finalmente estava fazendo o que queria há muito tempo. Me sentei ao seu lado, me sentindo bem por estar te proporcionando uma felicidade tão genuína. Fazê-la feliz me fazia feliz.

- está pronta? - eu sussurrei, atraindo sua atenção para mim. Ela me olhou, as pupilas ainda dilatadas, assentindo enquando segurava a minha mão em seu colo e a apertava.

Alguns poucos minutos depois, sentimos a cabine começar a se mover, devagar, fazendo Enid dedicar sua atenção para o modo como subíamos. Eu assisti, suas expressões, a forma como sorria e observava o pequeno espaço, admirada. Entrelacei nossos dedos, mais do que satisfeita com a escolha que havia tido, agradecendo a minha própria mente por me lembrar de pesquisar sobre aquele lugar. Não era muito fã de lugares altos, isso era um fato, mas ao seu lado, todos os medos pareciam diminuir o tamanho.

- isso é simplesmente incrível, Willa. - ela disse, quando já estávamos em uma altura significativa do chão. Sua voz demonstrava todas as suas emoções. Seu sorriso era tão intenso que acertava meu peito com milhares de sentimentos bons e indescritíveis.

Seu olhar encontrou com o meu, os ombros antes encostados se separaram quando decidiu se virar para mim, a mão que estava livre indo de encontro ao meu rosto, deslizando o polegar por meu queixo. Eu sorri, observando todos os seus detalhes, sentindo em cada parte de mim o quanto amava cada um deles, com toda a força que existia em mim. Poderia passar a noite contando e admirando cada pintinha que havia em seu rosto, o seu sorriso, seus olhos azuis, que se escondiam pelas pupilas que ainda o consumiam.

Senti sua boca na minha, lábios macios, perfeitos para os meus, que estavam desenhados em um pequeno sorriso antes que fosse desmanchado para que me beijasse da forma em que queria. Quando entreabriu meus lábios, invadindo minha boca como tantas vezes antes, pude sentir o gosto do algodão doce. Senti o coração bater mais depressa, afetado pelo contato, nunca acostumado com todas as sensações que eram trazidas através do seu beijo. Era como se sempre fosse a primeira vez, indescritível, confortável, perfeito, era tão bom beijá-la que com certeza aquele havia se tornado o meu vício.

Quando o beijo se desfez, com ela ainda próxima daquela maneira, observei os olhos no qual era tão apaixonada, e ali, naquele momento, decidi que faria o que planejava. Era o certo, e eu precisava. Precisava fazer aquilo por nós, somente ela e eu, para que pudéssemos ter finalmente um palavra para pudéssemos dizer para nós mesmas o que éramos.

Levei a mão livre para o seu rosto, deslizando o polegar por sua bochecha, sentindo as linhas do sorriso que se formava. Me aproximei devagar, me certificando que admiraria todos os detalhes de perto, com um olhar curioso e brilhante em minha boca. Beijei seu nariz. Beijei sua bochecha esquerda. Beijei a bochecha direita. Beijei sua testa. Beijei seu olho esquerdo. Beijei seu olho direito. Beijei seu queixo. Deixei um pequeno selar por fim em seus lábios. Me afastei apenas o suficiente para que pudesse olhar em seus olhos outra vez.

- você sabe o quão apaixonada eu sou por cada parte sua, Enid? - sussurrei. Meus olhos ardiam, as lágrimas querendo sair, transbordarem por meu rosto. Enid negou, ainda sorrindo, como se aquilo fosse tudo que pudesse fazer naquela noite.

Before you go | WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora