Prenha

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Para as pessoas que caíram de para quedas nas minhas fics :) A melhor ordem de leitura seria essa:

Muito mais que a encomenda

Repeteco

Origens (Indico como última pois está recheada de ironias que vc só vai entender se tiver lido as outras, mas se não liga para isso não tem nenhum problema de cronologia se quiser ler antes ;)

Prenha?! (Pretendo deixar como história paralela e independente das outras)

A "festa" (o mesmo de Prenha?!)

Coloquei esse mesmo aviso em todos os primeiros capítulos ;)

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— Obrigada Minas, por nos convidá pra prová sua nova receita di conserva di piqui.

Matinha falava animada, agradecendo também em nome do irmão que a acompanhava.

— Uai sô, eu qui agradeço ocês terem vindo sê minha cobaia.

— Eu num mi importo di sê cobaia sua não. Ocê cozinha bem. — Olhou para o irmão sentado timidamente ao seu lado. — Num é Matin?

O maior levou um mini susto.

— S-sim. — Estava com a cabeça baixa, somente levantou um pouco o olhar em direção ao mineiro, que sorria brilhante para si. Desviou os olhos tímido. — O Minas cozinha bem.

MG amava ver aquela expressão no moreno, abriu mais o sorriso e se virou para o balcão de sua cozinha, disfarçando um pouco seus pensamentos.

— Si ocês tão falando intão eu acredito. — Conferiu o café no fogão, estava pronto, trouxe o bule para a mesa, já servindo os convidados. — Ocês tomam cum açúcar?

— Hoje eu vô aceitá Minas. — A mulher falou casualmente, pegando o pote oferecido e servindo duas colheres do granulado em sua xícara. Comentou, criando conversa. — Ingraçado qui eu num tomava cum tanto açúcar assim.... Mais di uns tempos pra cá eu tô prefirindo cum um pouquinho mais.

O mineiro voltou sua atenção para ela.

— Um tiquin mais num faiz mal não sô.

Matin se pronunciou.

— O problema é qui num tá sendo só um tiquin.... — Tomou um gole do seu café. — Otro dia ela quase acabô cum a rapadura la di casa sô. — Olhou contrariado para a irmã. — Í as bolacha qui eu tinha acabado di compra também.

— Ai Matin, num precisa ficá assim cumigo. — A garota apoiou a mão no braço dele. — Eu ti compro o dobro da próxima veiz qui eu fô lá.

— Acho bão mesmo.

O timer disparou, imediatamente Minas se levanta animado.

— O pão di queijo deve tá pronto! — Andou apresado pro forno, conferindo. — Inda não.... — Os irmãos viram divertidos o derrubar de ombro do anfitrião, levemente desanimado. — Mais um poquinho. Num dorô ainda du jeito qui eu gosto. — Voltou igualmente sorridente. Com um pote nas mãos. — Já qui a Matinha tá cum vontadi di doce tem esse aqui qui eu fiz no otro dia. Doce di leite. Ocê qué?

— Oia as pergunta! — Olhou falsamente indignada pro irmão, cutucando seu braço com o cotovelo. — Claro qui sim! Passa pra cá.

— Minas, ela vai acabá cum o pote.

— Num tem problema sô. Leite pra fazê mais é o qui num falta.

Entregou uma colher e um pratinho para a amiga, que prontamente se serviu, logo enfiando o doce na boca, feliz. Os outros dois sorriram com a cena, ela estava muito animada com aquilo. Um momento de silêncio e o mineiro pergunta, com a voz baixa.

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