Era cedo ainda e Santa Catarina estava na porta de Mato Grosso apertando a campainha.
— Já vai! — Matinha abriu a porta automaticamente, não se surpreendeu com a presença da amiga. — Oi Catarina.
A loira exibiu a mala que carregava.
— Vim passar uns dias aqui contigo guria, espero não atrapalhar. — Forçou um pouco a entrar na casa da morena, não queria deixar espaço para que ela a recusasse.
— Podi entrá. — Destilou um pouco de ironia. — Vô ajeitá o quarto di visita procê. — Suspirou cansada.
— Trouxe umas coisinhas pra ti também. Só não vinho dessa vez. — A loira sorria tentando ser simpática. Só conseguiu um olhar irritado da amiga.
_____ _____
Goiás apertava a campainha com o a mão trêmula. Espero que não seja cedo demais. Apertou novamente, ouviu ruídos e passos do outro lado da porta.
— Já voy. — Uma voz masculina?!
A porta abriu e Buenos Aires apareceu na sua frente com o cabelo desalinhado e sem camisa. Os dois se encaravam confusos. Goiás deu um passo para trás conferindo sua anotação num papel e o número do apartamento e olhando em volta. Estava no lugar certo.
— Tu no és o food delivery....
— O qui ocê tá fazendo aqui?
— Quien és bebe? — A voz de Brasília veio de dentro do apartamento.
— É o Goiás! — O cantor respondeu em voz alta sem esperar que a capital argentina respondesse.
A mulher apareceu rapidamente na porta de entrada. Vestia somente uma camisa masculina mal abotoada, tinha o cabelo precariamente preso num coque bagunçado e sua cara não mentia, tinha as bochechas um pouco coradas.
— O que você tá fazendo aqui! — Conferiu o celular. — A essa hora?!
Foram interrompidos pelo barulho do vizinho saindo de casa. A mulher pareceu despertar. Puxou o goiano para dentro e fechou a porta. Os três se encaravam cada vez mais confusos.
— Y-yo voy a tomar una ducha. — O estrangeiro se pronunciou, parecia que o que quer que fosse aquilo seria problemático. Saiu rumo aos seus planos deixando os dois sozinhos.
Brasília colocou a mão no rosto constrangida e falou com a voz séria e fria.
— O que está acontecendo Goiás?
O maior sentiu um frio descer na espinha, mas ainda era melhor que suas outras opções.
— A-asilo. — A secretária o encarou afiada por entre os dedos exigindo que continuasse. — T-talvez Matinha esteja p-prenha. — GO suava frio. — Í o Matin vai mi matá sem nem querê cunversá.
A mulher fechou os olhos e respirou fundo cansada. Realmente era caso de urgência.
— Tá. — Concordou resoluta e sem escolha. — Senta aí no sofá véi que eu vou me arrumar. — Pareceu lembrar de algo e voltou energética pra cima do goiano. — E não fala nada sobre isso. — Apontou genericamente em direção ao banheiro que o outro ocupava. — Bico fechado ouviu bem. — Gesticulou energeticamente um zíper na boca. — Calado.
Nesse momento Buenos Aires sai do banheiro e vê a cena da mulher avançando no recém chegado. Por um momento torceu a expressão descontente, mas logo colocando seu sorriso polido de escritório na cara. Brasília se afasta apressadamente e o puxa para dentro do quarto fechando a porta em seguida.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Prenha?!
FanfictionE se Matinha engravidasse? [ MT x GO ] 📢 Baseado nos OCs da @nikkiyan_ Arte das capas feita por mim.