Abre a porta

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— ABRE A PORTA DISGRAÇADO!!! — Matin batia violentamente na porta da casa do Goiás. — SI OCÊ NUM ABRI AGORA EU VOU DIRRUBAR ESSA PORTA!!! — Ainda teve a decência de avisar antes de realmente começar a tentar arrombar o imóvel.

Como só recebeu silêncio em resposta Matin procede em executar sua ameaça despedaçando a porta e entrando de rompante na casa alheia.

— É MIÓ OCÊ APARECÊ AGORA! — Avançou pela sala em direção aos outros cômodos da casa procurando o fugitivo. Abria violentamente todos os móveis que talvez pudessem abrigar uma pessoa. — EU VOU DIRRUBÁ ESSA CASA INTEIRA!!!

O rastro de destruição era muito claro atrás dele. Matin acabou arrancando algumas portas de armários e derrubando alguns itens mais frágeis no chão os quebrando sem querer. Não que se importasse.

— VIRA HOMEM E APARECE GOIÁS!!! — MS bufava fortemente. — OCÊ TEVE CORAGEM DI TOCÁ NA MINHA IRMÃ INTÃO TEM QUI INCARÁ AS CONSEQUÊNCIAS!!!!

De repente foi agarrado por trás sendo imobilizado, reconheceu a camisa xadrez do Minas. Virou agressivo para trás, realmente era seu namorado.

— MI SOLTA MINAS! QUI EU TENHO QUI INCONTRÁ ESSE DISGRAÇADO!!!

— NUM VÔ TI SOLTÁ INQUANTO OCÊ NUM SI ACALMA! — Precisou falar alto também.

Fez força quando o maior se debateu em seus braços. Aos poucos Matin foi obrigado a acalmar de sua fúria. Bufava irritado como um touro, ainda tentava se soltar de vez em quando. Minas se manteve firme no lugar.

Catarina e Matinha também haviam ido junto e olhavam a destruição e bagunça em volta preocupadas. A morena estava num estado frágil. Não queria que aquilo tivesse chegado naquele nível. Não se conteve em pegar o violão dele com carinho chorando sentida, sentia muita falta do cantor nesse momento. Ainda bem que o instrumento escapara ileso do ataque de raiva do irmão. Decidiu levar o objeto consigo.


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Sem nenhum motivo aparente Goiás sente um frio na espinha repentino, parecia que conseguia ouvir a voz de Matin gritando consigo. Cruz credo. Olhou em volta preocupado, já estava sozinho no apartamento que Brasília arranjara para si. Local nem um pouco familiar e extremamente apertado. Precisava dar uma volta depois daquela sensação desagradável.

Levantou e pegou a chave energético, ainda tinha que ir no mercado comprar alguns mantimentos. Faria isso então. A capital havia lhe indicado o local, era no térreo do prédio ao lado. Não muito distante e fácil de achar. Ainda usava as roupas emprestadas, portanto saiu imediatamente. Antes de trancar a porta e se afastar gravou bem o número do apartamento e o andar, a última coisa que precisava era se perder.


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— Ocê tá sabendo qui vai tê qui fechar a porta di novo né Matin? — Minas falava um pouco condescende com o namorado, precisava fazê-lo pensar e ter as respectivas consequências de seus atos. — Foi ocê qui arrombou aqui, Intão é ocê qui vai fechá.

O maior bufava contrariado, estavam sentados no sofá do goiano decidindo o que fariam a seguir. Matinha abraçava o violão dele melancólica, estava agradecida que o moreno não estava em casa, mas também triste ao não saber onde estava nem quando iria vê-lo de novo. Catarina acariciava suas costas tentando consola-la, sabia onde o homem estava, mas não podia falar no momento para Matin não descobrir também.

— Larga esse violão Matinha. — MS falou irritado. — Já tá na hora docê superá aquele gado. Ele nunca foi bão procê.

— Com todo o respeito Matin. Cala a boca. — Catarina interferiu. — Só porque tu não gosta dele não quer dizer que Matinha não o ame! Nem que ele seja uma pessoa ruim!

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