Mais í si dé positivo?!

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— Oi, Catarina?

— Brasília? Tudo bem?

— Foi você que falou da Matinha pro Goiás?

— Sim, que ela pode estar grávida. — Ouviu um suspiro do outro lado da linha. — Mas ela ainda não fez o teste. — Olhou para a morena de longe e se virou cobrindo a boca e falando baixinho. — Na verdade ela está morrendo de medo disso, estou tentando ir devagar daí.

— Não... Tudo bem, eu entendo. É só pra avisar que o Goiás veio me procurar mesmo. Por enquanto eu fico de olho nele, mas não é uma situação sustentável. — Suspirou cansada de novo. — Você sabe que é essencial que ela faça logo esse teste né?

— Com certeza! Mas não podemos negar que é um assunto delicado.

— Sim, sim, totalmente. Como tá a situação com o Matin?

— Ele não suspeita de nada, só acha que ela está doente mesmo.

— E o Minas?

— É o mais preocupado, mas ele sabe manter a boca fechada. — Parou pra pensar. — Quando se esforça.

— Vai ter que dar.... Acho que já vou falar com o Brasil, deixar ele a par da situação, porque se algo desandar ele não vai ficar como barata tonta sem saber das coisas.

— Acho uma boa ideia, ele vai conseguir parar o Matin se for necessário.

— Exatamente. — Não tinham mais o que falar e um silêncio se formou, antes que ficasse desconfortável a capital encerra o assunto. — Acho que é isso Catarina. Faz ela fazer o teste o mais cedo possível por favor e mantém segredo do Matin. — Fez menção de desligar, mas lembrou. — Obrigada por ajudar.


_____ _____


— Matinha tu precisa fazer isso amiga!

— Num dá Catarina! É muita pressão!

A loira andava atrás de MT pela casa carregando a caixinha do teste na mão. Tentava convencê-la a fazer de uma vez mas a morena fugia de si sempre mantendo sua distância.

— Mas sem saber fica mais difícil ainda guria!

— Mais í si dé positivo?! — Cobriu o rosto com as mãos e agachou chorosa. — Eu nunca mais vou ver o Goiás! — Soluçou sentida. O amava.

Ao ver aquilo a sulista imediatamente apoia o teste na mesa e vai ao seu encontro a abraçando.

— Claro que vai amiga! Ele te ama! — Passava a mão em suas costas tentando consola-la. Mas não tinha muito mais argumentos que aquele, o cantor era medroso afinal de contas. — Eu tenho certeza que ele volta! Ainda mais se realmente tiver uma criança de vocês dois!

Isso reacendeu o desespero da morena, que voltou a soluçar fortemente.

— E-eu num tô pronta pra sê mãe Catarina! O qui eu faço?! — Voltou a soluçar, não conseguindo mais falar nada.

— O qui tá acontecendo aqui?

A voz forte de Matin assustou as duas que olharam para ele quase com medo, mas a expressão do homem era de preocupação. MS olhava em volta tentando entender a situação e o ambiente até que viu o teste em cima da mesa. Pegou a caixinha e leu. A mudança de expressão aconteceu à medida que encaixava as peças no lugar. Arregalou os olhos e encarou a irmã para logo em seguida a ira apossar de si. Matinha pula do lugar e se agarra em suas roupas.

— N-não Matin!

Mas era tarde demais, o maior estava cego de raiva, sequer via a irmã tentando o impedir. Catarina rapidamente envia uma mensagem para Minas pedindo ajuda e tenta argumentar com o maior.

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