Já estava no entardecer quando Brasil e Brasília precisaram ir embora, aparentemente tinham uma viagem à noite que já havia sido postergada por causa daquela confusão.
— Tchau pessoal. — A capital se despediu abanando suavemente a mão para todos.
— Tchau cambada! — O brasileiro foi mais espalhafatoso. Se virou para o Goiás. — Te cuida mano. — Olhou divertido para Matin. — Não mata ele Matin, quero ele vivo amanhã.
— Num preocupa qui eu mato ele depois di amanhã intão.
O mais forte estendeu a lata de cerveja em direção ao chefe, estava claramente bêbado e de bom humor por causa da companhia dos amigos e do namorado. Mas não deixou de provocar uma reação de pavor no goiano, lhe rendendo um olhar de medo.
— Relaxa Goiás, ele não vai fazê isso. — Matinha assegurou.
— Eu qui num quero apostá.
— Tu podia tocar alguma coisa pra gente neh Goiás. — Catarina se aproximou com o violão na mão, introduzindo outro assunto. Estendeu o instrumento para ele. — Por favor? — Sorriu simpática.
O cantor não resistiu sorrindo encabulado de volta e aceitando o pedido, se pôs a dedilhar alguma coisa alegre e calma, acompanhando o clima da reunião.
— Bah, finalmente algo mais alegre.
Sul comentou divertido encarando Matinha, que se encolheu um pouco sem jeito. Goiás não deixou de perceber e lhe lançou um olhar interrogativo, ela negou com a cabeça, mais embaraçada. Paraná também acompanhava a rodinha e explicou com um sorrisinho no rosto.
— A Matinha tocou mais cedo pra gente. — Sorriu mais quando viu a mulher corar e esconder o rosto com as mãos. — Foi triste pra caramba, mas foi um dos dedilhados mais bonitos que eu já ouvi.
Goiás encarava surpreso a namorada sem parar de tocar. Sabia em seu âmago que havia sido para ele. Seu coração estava explodindo de felicidade com aquilo, derretendo e se revirando, era de certa forma raro para ela declarar essas coisas. Pena que não estivera presente para ouvir.
— É mesmo Matinha? — O goiano perguntou suave para a morena. Mas sua vontade era de sair pulando por aí e gritando a plenos pulmões que a amava. — Eu queria di tá aqui pra tê ouvido isso....
A mulher corava fortemente, dava para ver suas orelhas vermelhas.
— Eu gravei. — Paraná falou rapidamente encarando de volta o olhar surpreso e embaraçado da morena.
GO parou de tocar.
— Me passa isso agora! Eu tenho qui vê!
Matinha abraçou seu braço e escondeu o rosto em seu ombro envergonhada.
— N-não Goiás.
— Como qui não? Eu quero vê isso agora!
— Calma xirú. — Sul interrompeu. — Olha como tá a guria. Deixa pra ver depois, quando tiver vocês dois a sós. — Sugeriu sorrindo de canto.
O goiano olhou novamente para a amada e se convenceu, aquele seria um momento íntimo deles. Suspirou aceitando a sugestão e voltou a dedilhar de improviso seu violão.
Era inegável o clima romântico que estava no momento. Paraná se recostava no peito do gaúcho, assim como Minas no ombro de Matin. Catarina estava feliz em ver os amigos daquela forma, segurava vela, mas não se importava muito no momento. E Matinha estava encostada o máximo que conseguia no goiano sem o atrapalhar de tocar, volta e meia recebia olhares desconfortáveis do irmão mas ele não dizia nada, estava fazendo sua parte em aceitar aquela relação deles.
O grupo permaneceu daquele jeito por mais alguns minutos ou horas, ninguém estava realmente contando. Até que finalmente Goiás parou, na deixa Minas se levanta e sugere.
— Agora nois podi colocá as músicas no aparelho di som.
Sul também se levantou, se espreguiçando.
— Eu vou pegar mais sobremesa, alguém quer alguma coisa?
— De novo paixão? — Paraná brincou. — Assim tu não vai perder essa tua barriga aí.
— Que foi piá de merda? Tá me chamando de gordo? — Puxou o menor e o abraçou forte.
— Gordo não. — O paranaense ficou sem ar pelo aperto. — Fortinho. — Abraçou de volta em sua cintura evidenciando o que insinuava. Se esticou e falou malicioso e baixinho em seu ouvido. — Mas se tu largar o sagu agora eu te ofereço outra coisa no lugar.
Aquilo definitivamente desencadeou um arrepio no loiro, havia reprimido sua libido até agora afinal de contas. Levantou a cabeça e anunciou com um sorriso maroto.
— Tchê, a gente vai ali e já volta. Não nos esperem e não nos procurem. — Nem esperou resposta, saiu arrastando o namorado para fora da casa.
Catarina revirou os olhos ao mesmo tempo que Matinha ria da situação. Minas viu eles passarem pela sala e saírem na varanda em direção ao jardim já engolido pela noite.
— Uai sô? Eles vai onde? — Sua pergunta era genuína.
— Transá. — Matin respondeu sem nenhuma delicadeza, o álcool definitivamente tinha soltado sua língua.
O mineiro ficou um pouco constrangido e Goiás precisou soltar uma risadinha concordando.
— Pela cara do Sul é isso mesmo sô.
— Ai. — Catarina apoiou a mão no rosto. — Eles só me trazem vergonha.
— Deixa eles uai. — Matinha interferiu. — Parece qui eles foro pra beira do lago, num tem problema. — Olhou divertida para os presentes. — Í eu acho qui ninguém aqui vai atrás deles.
— Credo, não mesmo. — A loira replicou.
Matin se levantou e aproximou insinuante do namorado, tentava ser discreto, achara a ideia dos dois sulistas muitíssimo interessante. Pegou o tecido da camisa xadrez do mineiro chamando sua atenção. Minas demorou um pouquinho para entender, mas bastou olhar a expressão do maior para se derreter todinho.
— A-acho qui nois vai ali também rapidim. — Falou isso sendo puxado pela mão para o outro lado da casa, também ao ar livre porém em outra direção, Matin conhecia a propriedade e seus vários cantinhos escondidos.
Catarina encarava aquilo descrente, olhou para o último casal com essa expressão, já até esperando que eles saíssem também.
— Num preocupa amiga qui nois num vai saí agora. — Goiás concordou com a cabeça. — Não tão cedo depois desse susto, né xuxu?
Ao mencionar a confusão e seu quase falecimento compulsórioo cantor concordou com a cabeça. Precisavam esfriar um pouco as ideias antes deconseguirem aproveitar suas atividades íntimas plenamente.
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*insira cap extra 2 e cap extra 3 aqui* hahaha é claro que eu escrevi o Sul e o Paraná se pegando, assim como o Minas e o Matin.
Mas como eu esclareci no cap anterior, só vou postar isso depois de ter o hot merecido do Goiás com a Matinha depois de toda essa confusão.
sim, existe o cap extra 1, mas vou deixar de conteúdo surpresa pra vcs muahahahaha
como é de se esperar estou atrasando um pouco a postagem dos caps regulares aqui pq estou escrevendo os extras em ordem cronológica porém postando pulando essas partes, então parece q travou um pouco mas sou só eu escrevendo muita coisa pra postar depois mesmo hehe.
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Prenha?!
FanfictionE se Matinha engravidasse? [ MT x GO ] 📢 Baseado nos OCs da @nikkiyan_ Arte das capas feita por mim.