22| MÉDICO

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— ANY GABRIELLY —15

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— ANY GABRIELLY —
15.07 — 08:00

Liz passou mal de novo.

Depois que Josh saiu, passou algumas horas e ela colocou tudo para fora novamente; se é que tinha algo no estômago dela. Fiquei muito preocupada, eu não sabia mais o que fazer e ainda era muito cedo para marcar a pediatra, então tive que esperar dar 7 horas da manhã para pelo menos tentar marcar a consulta para hoje.

Mandei mensagem cedo, mas ainda não recebi retorno da clínica. Eu estava ficando cada vez mais nervosa, com medo de não conseguir uma consulta, afinal estava usando o convênio do orfanato.

Liz também acordou cedo, desde as 5 da manhã ela já está de pé, mas deixei ela ficar entre as cobertas assistindo um desenho em meu celular. Como hoje é sábado, as crianças não vão para a escola, o que faz eu ter um esforço redobrado ao dar atenção para ela e as outras crianças.

Liz tomava seu café calmamente — depois de eu insistir para ela comer — eu estava do seu lado lhe fazendo companhia enquanto Daniel secava a louça sozinho, já que recusou minha ajuda quando me ofereci.

Não havia avisado a Josh sobre a pediatra ainda. Meu celular não era nem mais meu, só pra ter uma noção; desde cedo ele só passa uns desenhos aleatórios do YouTube que entretia Liz.

Quando ela terminou, levou o prato até a pia e Daniel agradeceu lhe dando um abraço e brincou que ela estava com bafo terrível; ela levou a brincadeira meio a sério e me puxou para que fossemos ao banheiro.

Liz já fazia muita coisa sozinha, mas algumas vezes faz de mal jeito e temos que dar aquele puxão de orelha básico.

Quando ela terminou, afirmando que agora não estava mais com bafo, fomos até a sala, onde todos estavam, se não brincando, estavam assistindo TV.

— Está melhor, Liz? — Marco pergunta e ela balança a mão fazendo um meio termo.

— Barriga ainda dói? - Clara pergunta.

— Não, ‘agola é a cabeça.

Fomos até o sofá e parei para prestar atenção no desenho besta que passava na TV, era sobre dois cachorros que eram super-heróis.

Liz apoiou seu rostinho em meu peito e assistia o desenho concentrada. Agradecia que ela pelo menos não está chorando de dor.

— Se sentir algo você me diz, okay? - sussurro para ela que apenas confirmou em silêncio.

Eu fazia um cafuné em seus cabelos encaracolados e havia me entretido na conversa dos adolescentes. Estavam falando da briga que havia acontecido na escola; até onde entendi, criaram uma conta de fofocas e uma garota não gostou do que falaram dela e foi tirar satisfação com outra garota, nisso saíram no tapa, puxão de cabelo e xingamentos.

Não demorou muito e Laura apareceu na sala, com a carranca no rosto — qual não é surpresa para ninguém — e não dei tanta bola para sua cara fechada, continuando a conversa com os adolescentes.

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