Blaise não pôde evitar. Desde o início do jantar, ele batia as pontas dos dedos na mesa de jantar, balançava a perna e mordia o lábio. Ele podia sentir o olhar pesado e irritado de sua esposa sobre ele, mas não foi o suficiente para fazê-lo parar.
Silencioso e imerso em seus pensamentos, ele refletiu novamente sobre seu encontro com o Ministro da Magia – algo que vinha fazendo quase obsessivamente há dias.
Ele não conseguia parar de pensar nisso.
Ele repetiu cada palavra que o Ministro lhe dissera, procurando uma brecha em seu plano vicioso. Blaise odiava política e tentava ficar longe dela tanto quanto possível. Infelizmente, era inevitável nesta situação. Ele precisava de informações que servissem à sua causa sem complicar a situação ou sem que o Ministro percebesse.
Ele não fez...
"Certo, qual é o problema?" disse Pansy de repente, largando o garfo ruidosamente de volta no prato.
Para ser honesto, Blaise ficou surpreso por sua esposa não ter perguntado antes, por mais insuportável que ele estivesse desde a reunião. Incapaz de dormir a noite toda, seus movimentos bruscos na cama a acordaram diversas vezes.
"Nada", ele mentiu, no entanto.
Ele ainda não estava pronto para contar tudo a ela. Ele ainda precisava de tempo para pensar sobre isso e permitir que seus pensamentos descansassem para conceber o plano perfeito.
"Não minta para mim, Blaise Imogene Zabini!"
O traidor! ele pensou. Pansy prometeu nunca usar o nome do meio do qual ele tinha tanta vergonha. Segundo sua mãe, seu pai biológico o escolheu por considerá-lo muito nobre.
Bobagem!
Ele fez uma careta, então suspirou e largou o garfo também.
"O ministro me fez uma oferta há três dias", anunciou sombriamente.
Pansy franziu a testa, uma expressão preocupada cruzou seu rosto enquanto ela colocava a mão sobre a do marido. Ela sabia tão bem quanto ele o que havia acontecido com Kingsley Shacklebolt.
"Ele me ofereceu um lugar no Wizengamot", continuou ele, puxando ansiosamente a gola da camisa. "Com a condição de que eu o apoie em todas as suas propostas legislativas."
Pansy não escondeu sua surpresa, as sobrancelhas subindo rapidamente em sua franja e seu rosto corando de raiva.
"Que idiota!" ela rosnou com os dentes cerrados. "Você não pode deixar ele te manipular assim, Blaise! Poderíamos perder muito!"
"Eu sei", ele respondeu com um suspiro. "É por isso que demorei tanto para te contar. Eu precisava pensar em uma solução."
Pansy ergueu uma sobrancelha para convidá-lo a continuar. Blaise engoliu em seco. Ele esperava que essa ideia funcionasse. Era o único que ele tinha em mente.
"Vou aproveitar esta oportunidade para subir na hierarquia", anunciou ele, olhando nos olhos da esposa. "Vou dar tudo o que tenho para adquirir mais do que um lugar no Wizengamot."
O sorriso orgulhoso de Pansy era tudo que ele precisava para pular naquele atoleiro.
oOo
Atormentar,
Nunca pensei que lhe enviaria uma carta como esta. Eu caí da carroça.
Como vai você? Como vão as coisas com o Theo? Estou com muita saudade de você, espero ver você e aquele que faz seu coração bater o mais rápido possível.
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Basorexia
Fanfiction(Tradução) Após a guerra, todos os Comensais da Morte marcados são presos em Azkaban por um período mínimo de quinze anos. Depois de uma dura luta, Harry Potter e Blaise Zabini conseguiram libertar alguns dos Comensais da Morte sob certas condições...