Capítulo 41: Realização

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Harry agarrou a mão de Theo e Theo soltou um longo suspiro que ele não sabia que estava segurando. Ele estava usando a técnica que seu curador havia lhe contado, mesmo sem perceber. Primeiro, ele pressionou o polegar no dedo indicador, depois no dedo anular, no dedo médio e, finalmente, no dedo mínimo. Então ele o fez novamente. De novo e de novo. Até que tudo em que ele conseguia pensar era nos dedos.

O marido passou o polegar pela mão e Theo fechou os olhos por alguns segundos. Ele não estava mais prestando atenção à conversa ao redor. Ele excedeu seus limites.

"Vamos sair?" Harry sugeriu.

Theo assentiu evasivamente e o seguiu até a entrada da casa. Mecanicamente, vestiu o casaco comprido e saiu. Harry puxou-o para seus braços e Theo aninhou sua cabeça em seu pescoço, fechando os olhos.

Ele então respirou fundo várias vezes para acalmar as batidas erráticas de seu coração, o único sinal de que estava em pânico.

"Você quer conversar sobre isso? Você sabe o que te deixou neste estado?" Harry perguntou.

Theo balançou a cabeça e jogou os braços em volta dos quadris do marido para ficar ainda mais perto dele.

Ele simplesmente... entrou em pânico. Ele ficou impressionado com o barulho da conversa, o olhar insistente de Draco e a presença de Granger e Ginny na mesma sala. Muitos estranhos, muitas possibilidades de imprevistos, muitos... Muitos.

"Eu deveria ter ficado em casa", ele murmurou no pescoço do marido.

"Você quer ir para casa?" Harry se preocupou, pegando o rosto entre as palmas das mãos para olhar para ele.

Theo balançou a cabeça novamente, afastando as mãos e enfiando-as nos bolsos.

"Eu não quero estragar a sua noite. Posso dar um passeio lá fora ou pedir ao Draco para me emprestar o quarto dele, não é um-"

"Theo," Harry o interrompeu com um olhar sério. "Diga-me o que está incomodando você. É Natal, eu me recuso a me separar de você esta noite."

Ele não ousou olhar para o marido novamente. Theo voltou os olhos para a janela da casa, que dava diretamente para a sala bem iluminada. Ele encontrou o olhar de Ginny, que os observava por dentro. Ele sentiu como se estivesse voltando no tempo.

oOo

11 de novembro de 2005

"Você me prometeu, Theo!" Harry exclamou, lágrimas brotando de seus olhos.

"Prometi recebê-la aqui, não torná-la minha melhor amiga", respondeu Theo.

Ele acendeu um cigarro com a ponta da varinha e foi até a janela saliente do quarto para fumar. Ele odiava esse tipo de discussão com seu marido, tendo que fingir indiferença para mostrar a Harry que suas tentativas de irritá-lo não o afetavam. Ele se sentia como um monstro de coração de pedra, embora não suportasse ver Harry chateado com isso.

"Há uma diferença entre recebê-la e encará-la sempre que ela fala comigo, ou chamá-la de lado para falar com ela sempre que tiver oportunidade!"

Theo cerrou os dentes e exalou com raiva uma longa coluna branca de fumaça.

"Ela merece", ele rosnou.

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